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11/04/19

Sociedade - Já não são o Catecismo e a História Sagrada os mentores domésticos da educação, as fontes onde vão extrair as luzes da formação moral.



«A educação doméstica...

"A degradação dos costumes já avançou tanto que chegou a penetrar os recintos mais puros e sagrados murchando o belo jardim da inocência infantil.

O lar já não se guia pelos divinos ensinamentos... A maioria dos lares modernos tomou para exemplo o centro universal da degenerescência e exploração judaica - Hollywood. 

Já não são o Catecismo e a História Sagrada os mentores domésticos da educação, as fontes onde vão extrair as luzes da formação moral. São aos figurinos, revistas e jornais indecentes que se acurvam na ânsia louca de executar todos os desígnios pormenorizados das modas mais estúpidas e desumanas, fazendo disto o centro de convergência de todos os interesses e preocupações."

Retirado do jornal “A Acção”, 18/07/1941.» in https://www.facebook.com/groups/monastab/?multi_permalinks=2198890843498038&notif_id=1554990724868099&notif_t=group_highlights

21/05/17

Sociedade - O Meu colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler interpela-nos com os perigos de um igualitarismo escravo dos poderes dominantes.



«Igualdade na escravidão

"Mas cultura é liberdade, e não há liberdade sem cultura... Sem ela, a democratização do ensino e da cultura deslizam pela pendente de um igualitarismo que leva fatalmente a uma submissão das massas a um poder totalitário, seja qual for a modalidade que se configure. 

O igualitarismo puro, a morte da inteligência, da cultura e da liberdade, é a igualdade na escravidão".» in https://www.facebook.com/groups/monastab/?multi_permalinks=1390096817710782%2C1389123774474753&notif_t=group_activity&notif_id=1495275262640994

25/04/17

Sociedade - Numa palavra, eliminou-se a dor moral e a angústia metafísica mediante a abolição do espírito; trata-se do regresso do homem a uma existência puramente animal, pelo meu colega e amigo, Professor Guilherme Koehler.



«A anulação do espírito

«Aldous Huxley quis mostrar uma sociedade “científica” que não deixou rasto do direito natural nem da velha preocupação da justiça, uma sociedade na qual o ingénuo se sacrifica à colectividade, onde se encontram todas as comodidades materiais e já não se experimenta a necessidade de algum tipo de assistência espiritual, porque, com uma sagaz utilização dos reflexos condicionados, se suprimiram as tendências espiritualistas do homem. 

Numa palavra, eliminou-se a dor moral e a angústia metafísica mediante a abolição do espírito. É o regresso do homem a uma existência puramente animal».

Alfredo Saenz em “A Nova Orden Mundial no pensamento de Fukuyama”» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206771459324453&set=gm.1366703660050098&type=3&theater

06/12/16

Sociedade - Nos Estados actuais, por um lado cresce a comiseração para com o criminoso e por outro aumenta a opressão sobre os justos, texto de Heraldo Barbuy, que o meu Colega e Amigo, Professor Guilerme Koehler.



«O criminoso perante o sistema actual

A subversão da ordem, ou a desordem organizada e planificada atingiu a tais extremos que os Estados modernos, como frutos agora maduros do positivismo e do materialismo, se servem do poder da coacção psíquica, não para reprimir o crime, mas para sufocar o justo impulso da natureza humana no uso da liberdade natural. (…) 

Nos Estados actuais, por um lado cresce a comiseração para com o criminoso e por outro aumenta a opressão sobre os justos. Isto é o resultado ainda bem vivo das escolas materialistas do século XIX, segundo as quais o criminoso, pessoalmente, é um irresponsável, vítima de taras hereditárias, ou do meio, ou da conformação física.

Psicólogos, criminólogos, sociólogos pouco se interessam pela vítima do crime. Mas todos, como carpideiras filantrópicas, se curvam sobre o destino do criminoso; tratam de o reajustar, de o readaptar, de o inserir de novo no seio da sociedade; mas pouco se interessam pela viuvez e a orfandade em que um vulgar assassino possa ter projectado uma família. Porquê tanto interesse pelo criminoso e tanto desinteresse pela vítima?

A existência da liberdade implica a responsabilidade do criminoso. (…) É hora de largarmos o pensamento marxista, segundo o qual o crime tem uma explicação económica, como se o crime fosse produto do capitalismo e se nalgum paraíso comunista o crime pudesse ser abolido. 

Durante muito tempo abusou-se do senso comum com a teoria de que a sociedade é responsável pela conduta dos criminosos; então, a vítima indefesa, o honesto pai de família, o transeunte assaltado e assassinado, são responsáveis e culpados pelo acto do facínora?

Heraldo Barbuy em “Revista Brasileira de Filosofia” – extracto adaptado de resumo da obra “Psicología y Criminología” de Miguel Herrera Figueroa.» in https://www.facebook.com/groups/monastab/1221089991278133/?notif_t=group_activity&notif_id=1480859688119614

08/04/16

Sociedade - Desde o Império romano que todas as noivas que davam o nó eram obrigadas a usar véu no dia do seu casamento, mas a verdade é que a cor utilizada estava longe de ser o branco.



Na época do Império Romano era tradição as noivas usarem um véu colorido como símbolo de proteção.

Desde o Império romano que todas as noivas que davam o nó eram obrigadas a usar véu no dia do seu casamento, mas a verdade é que a cor utilizada estava longe de ser o branco.

De acordo com o site Bustle, nesta época as noivas eram cobertas com um véu gigante, que as tapava da cabeça aos pés. O flammeum, propositadamente de cor vermelha ou amarela, tinha como objetivo fazer lembrar uma chama. O motivo? De forma a parecer que a noiva esta a arder afastando assim os maus espíritos que poderiam amaldiçoar esta união e futura vida a dois.

Para além disso, o peso, a extensão e a própria cauda do flammeum preveniam uma eventual fuga por parte da noiva caso desistisse do casamento.

Outro dos seus propósitos relacionava-se com o fator surpresa. Ou seja, este pano era colocado pelas noivas de forma a que o seu futuro marido só pudesse ver a sua face no final da cerimónia. Recorde-se que nesta época os casamentos arranjados eram uma prática bastante comum, sendo normal que os noivos não se conhecessem antes do dia do casamento.

Com o passar dos tempos a tradição do véu manteve-se mas foi sofrendo algumas modificações, como é o caso da cor do véu, que atualmente é branco e nalguns casos poderá ser mais curto.

Apesar de nos dias que correm as noivas mais tradicionais ainda adotarem o uso do véu durante a cerimónia religiosa, a verdade é que nos casamentos modernos este deixou de ser obrigatório, reduzindo-se apenas a uma questão de gosto.» in http://lifestyle.sapo.pt/moda-e-beleza/casamentos/artigos/porque-e-que-as-noivas-usam-veu

06/04/16

Sociedade - O Meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com o paradoxo entre a representatividade política, numa sociedade de massas, como a nossa...



«A sociedade de massas e a representação da sociedade perante o governo.

O desejo da constituição substituir o sistema natural da nossa sociedade em que muitos tinham grandes expectativas para a estabilidade do país, foi feita com base em retalhos e cedências contraditórias, cuja eficiência real depende das interpretações momentâneas que os partidos que governam queiram dar-lhe.

Delineou-se um esquema em que os interesses reais não podem ser representados, pois estes encontram-se na Família em que cada um vive, na profissão que exerce, na comunidade local em que mora e todas estas expressões da vida social desapareceram no plano representativo. Ficaram apenas os indivíduos que, no seu conjunto, constituem o Povo soberano. Mas este Povo é o "povo de administrados" e os indivíduos são absorvidos cada vez mais na engrenagem estatal. 

Quando podem exprimir a sua vontade e escolher os seus representantes, são dirigidos pela máquina da propaganda e, por isso, a representação torna-se a manipulação da sociedade pelo poder, ou seja, a manipulação exercida pelo Estado e pelos detentores dos meios de fabricar a opinião pública, em lugar de ser a ligação da sociedade com o poder.

Com isto as instituições representativas entraram em decadência e começaram a ser apenas decorativas. Na sociedade de massas não há governo representativo, nem representação da sociedade perante o governo.» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204428626435095&set=gm.1034920916561709&type=3&theater

31/03/16

Sociedade e Política - O Meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com um excelente texto de Rafael Gambra Ciudad em “La propriedad: sus bases antropológicas”.



«Sobre a propriedade.

“Eliminar a propriedade privada é cortar definitivamente as bases económicas da família e também de outras muitas instituições que servem de contrapoderes ao Estado e tornam possível a liberdade política. 

Como escreveu Hilaire Belloc, “tal solução seria como pretender cortar os horrores de uma religião falsa com o ateísmo, os males de um matrimónio fracassado com o divórcio, ou as tristezas da vida com o suicídio”. 

Entregar toda a riqueza possível a um só administrador universal – o Estado – supõe o definitivo desenraizamento do homem, reduzindo-o à sua condição meramente individual. Supõe também romper todo vínculo espiritual com as coisas que deixarão assim de ser horizonte ou ambiente humano para se converterem em fonte indiferenciada de subsistência. 

Paradoxalmente o coletivismo potencializa ao máximo o individualismo e, através de um processo minucioso de massificação, elimina do coração humano toda a relação com o mundo à sua volta que não seja a cobiça, a revolta e a inveja".

Traduzido de “La propriedad: sus bases antropológicas” de Rafael Gambra Ciudad.» in https://www.facebook.com/groups/monastab/1031201733600294/?notif_t=group_activity&notif_id=1459424233643439

Mais sobre este e outros assuntos:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204392494811827&set=gm.1031201733600294&type=3&theater

15/03/16

Sociedade - O Meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com excertos de um texto de José António Primo de Rivera, que nos faz refletir no status quo sócio-político...



«O segredo do triunfo.

“O que esperam agora as juventudes na tempestade? Renunciarão a toda a esperança? Irão retrair-se para torres de marfim? Chegarão a confiar, de novo, em vozes partidárias que outra vez as seduzam para as desiludir? 

Se a nossa geração procedesse deste modo ficaria como uma das mais cobardes e estéreis. A sua missão é outra e bem clara.

(...) Esta geração, depurada pelo perigo e o desengano, pode buscar nas suas próprias reservas espirituais extremos de abnegada austeridade. Quando se aprendeu a sofrer, sabe-se servir. No desejo de servir está o segredo do nosso triunfo (...) 

Arrojados à intempérie pelas tribos acampadas à sombra dos partidos, queremos erguer o novo refúgio forte, claro e alegre em cujas estâncias se identificam a honra e o serviço.”

José António Primo de Rivera» in https://www.facebook.com/groups/monastab/1018063711580763/?notif_t=group_activity

19/02/15

Sociedade e Tecnologia - Estaremos a acompanhar o ritmo de evolução das máquinas, ou a tentar adaptar o nosso biorritmo ao processamento eletrónico, ou a perder o controlo disto tudo?...



«A REDE EMPAREDADA

Joana e Patrícia, de seus nomes. Joana tinha 16 e a Patrícia 15 anos de idade, ambas frequentavam o 8.º ano de escolaridade. Mas a escola não fazia parte dos seus planos imediatos de vida. Consideravam-se miúdas da moda, vestiam quase sempre roupas típicas de pronto a vestir juvenil, sapatilhas, calças com o mesmo corte, num estilo urbano e bastante agressivo. Nos adereços e penteados seguiam igualmente a mesma tendência. Um estilo de vanguarda e simultaneamente descontraído, que criava uma sensação de pertença a uma tribo mais alargada de jovens rebeldes e prontos para incorporar o que resta da espuma dos dias: malta cool.

Uma delas, a Joana, chegou mesmo a ser convidada para uma sessão fotográfica, através de um amigo comum, que a viu desfilar num bar da moda na cidade e que a considerou muito fotogénica. Posteriormente, tem sido convidada para outros eventos e já foi capa na promoção de uma coleção de roupa juvenil, num género de vestir em que se revia, com gangas rasgadas, maquilhagem muito escura e depressiva, onde ser jovem parece ser uma seca, a vida parece morte e a depressão saúde…

Já ambas tinham sido iniciadas no tabaco, álcool, drogas e sexo. Para elas a vida não tinha segredos em qualquer das suas dimensões perigosas. Pelo menos, era isso o que queriam aparentar, na escola, nos bares e discotecas que frequentavam. O que poderia alguém ensinar-lhes, se elas conheciam a face mais negra da noite, a versão mais oculta dos seres humanos, o lado errado das coisas, tudo o que se não deve fazer, uma exaltação dos amargos e obscuros recantos da vida... o resto, para elas, mais não era do que tédio e uma valente seca!

Na escola, embora frequentassem a mesma turma, durante as aulas trocavam mensagens escritas, numa vontade infinita de fintar a solidão que as unia. A ligação em rede em que todos vivemos, nos dias que correm, não encobre os receios de quebra de corrente de afetos, pois não é disso que se trata. É antes, uma enorme vontade de ter interlocutor, para partilhar o nada em que vivem, o seu vazio existencial, a sua demanda de afetos que nunca experimentaram e uma estranha rebeldia que mais não será do que uma prisão de paredes bem maciças, inexpugnáveis. E, nessa ilusão de corrente, de linha, de rede, até se criou uma linguagem muito própria, formada por abreviaturas e caracteres iniciais das palavras, para se teclar mais rápido e se não dizer nada de significativo, mas mais depressa, com a ilusão da omnipresença de alguém do outro lado, do estar sempre online, de feedback imediato.

Fui criado numa aldeia, em que um casal do lugar tinha telefone no seu lar, algo que se constituía então num verdadeiro luxo e os vizinhos davam esse número a familiares e amigos, para ligarem em caso de grande urgência. Eram autênticos telefones comunitários, mas a rede era mais assertiva e direcionada: comunicava-se para falar mesmo, havia uma mensagem, um conteúdo, um sentido na comunicação, um propósito bem definido, uma parcimónia de palavras fúteis, pois o recurso de comunicação era caro e não generalizado.

Será que podemos classificar como conversa efetiva, o envio de ícones e de caracteres estranhos, numa linguagem minimalista e desprovida de conteúdo e, não raras vezes, de sentido. Dois seres humanos fechados numa sala qualquer, entre quatro paredes, a simularem uma gama de comunicações e de sensações fictícias estranhas, tipo rir, chorar, cair, comer… tal poderá ser comunicação, mas será sempre vaga e desligada de raciocínio. Eis o drama da sociedade atual, está-se sempre em rede, mas pouco se comunica, se partilha, se interage, se relaciona… o mesmo se passava igualmente com a Joana e a Patrícia, numa rede de equívocos, de conversas ocas, de relações superficiais... mas, que lhes davam a sensação de conexão intemporal, em sincronia e constante.

Se um nosso amigo do facebook, inopinadamente, se coloca em estado triste, toda a gente tende a perguntar o porquê e a enviar mensagens de acalento, mas quase sempre, debalde… a partilha do sentimento não corresponde a um desabafo entre duas pessoas com ligações afetivas autênticas, logo não existe catarse, pois não se cura o que não se conhece e não se entende, percebe, ou se partilha cara a cara. A comunicação, assim, corresponde ao aumentar do vácuo, da depressão, da falta de senso, da dispersão, nunca se indo ao fundo dos problemas, das questões.

É como estar muito tempo a assistir a programas de televisão onde se vêm pessoas que não conhecemos, a interagir dentro de uma casa, encenando polemicas fúteis, revelando corpos jovens, musculados e tatuados, como o seu ser, artificial e fútil. Não são, nem de longe nem de perto, atores em palco, logo não é de Teatro que se trata. Nem sequer é um filme de amadores, pois o esforço de representação, com alguma elevação, é realmente nulo. Trata-se de mostrar vegetação humana em estado natural, sem ficção, a realidade torpe de seres ocos. As relações são superficiais, não há sequer tribo, existe uma rede de equívocos provocados ou não, por seres vazios de conteúdo, de afetos, de redes verdadeiras, numa ecologia relacional e de troca de afetos, verdadeiramente, inóspita e miserável.

Tudo isto vem a propósito das relações humanas, cada vez mais intermediadas por processadores e memórias cada vez mais rápidos, potentes e embutidos em interfaces, cada vez mais incorporadas nos nossos membros e cérebros. Temos a rapidez de processos e uma elevada potência de comunicação que, ainda não estão a ser correspondidos pela capacidade de trocar conhecimentos e afetos. A Joana e a Patrícia sofriam deste mal consubstanciado na interação da sociedade atual, ausência de inteligibilidade e de inteligência emocional.

Estaremos então numa época de regressão no domínio cognitivo e no domínio da inteligência relacional e emocional?... Sinceramente, acho que não! Trata-se, penso eu, de uma fase de adaptação a uma nova forma de existir, numa era em que o ser humano está a ser convidado a viver num ritmo superior ao natural, numa linguagem quase binária que não se coaduna com as nossas capacidades cognitivas e relacionais, bastante mais complexas e encadeadas.

Não há gerações superiores! Todas são reflexo dos valores que se transmitem, de umas para as outras. A nossa história não o desmente e comprova uma evolução tecnológica altamente acelerada dos últimos trinta anos. Nunca, em toda a nossa civilização, se evoluiu tanto em tão pouco tempo. Será que a nossa capacidade de integração e assimilação desse desenvolvimento entrou em debacle?... E se pudéssemos parar para pensar? Tal também não me parece possível, a máquina de desenvolvimento tecnológico já não se pode parar, entrou em fase de aceleração exponencial. Entretanto a Joana e a Patrícia continuam infelizes... a brincar às comunicações com a rede quebrada... pretendem ser famosas, no seu nada existencial... estão até a ponderar ser noivas de dois Jihadistas que lançaram um pedido de casamento através das redes virtuais, repentinamente, descobriram uma causa para as suas vidas!

Será que se pode retirar alguma moral disto tudo, ou a conclusão é que a moral já não existe, ou que se perdeu a noção de moral… algo que se pode reter pela constatação imediata é que a evolução relacional e emocional, parece estar ao invés da tecnológica e que a ética não se deveria desligar da evolução científica, pois a evolução poderá ser transformada em involução humana, num retrocesso civilizacional. 

Mas e para terminar, a Joana e a Patrícia continuam agarradas ao seu dispositivo de comunicação móvel, seguem a novela da vida real na TV, vivem em profunda solidão, mas não percepcionam a sua situação, pois estão de tal forma presas à rede e às teias da solidão disfarçadas em likes e de estados de espirito traduzidos em bonecos animados intuitivos... a má notícia é que começamos a ficar rodeados por muita gente assim... vazia, mas sempre online! E depois, qualquer moda estúpida, poderá ser sempre a única causa de uma vida vazia!»

Cronica publicada em: http://birdmagazine.blogspot.pt/2015/02/a-rede-emparedada.html

30/10/14

Sociedade - A crise da Educação em Portugal radica, a meu ver e em primeira análise, na dissolução da Instituição Família!



«Crise na Instituição Família...

Enquanto docente do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário, não posso deixar de revelar alguma perplexidade e até preocupação, com a crescente degradação, muito próxima já do precipício, da Instituição secular que se consubstancia na Família.

É sempre cómoda a desculpa da falta de tempo e da recorrente alusão ao ritmo bastante acelerado da sociedade atual, por parte dos pais que, de uma forma geral, tentam postergar e deixar para segundo plano, a tarefa nobre de Educar os seus filhos. São sempre desculpas de mau pagador...

A Família é uma Instituição que sempre foi nuclear e de grande importância, desde as sociedades pré-históricas, em que a noção de tribo se cumpria de forma plena. Por esse tempo, o sentido gregário dos humanos, começava-se a cultivar no seio familiar e expandia-se à Tribo. Saliente-se o papel preponderante dos mais velhos de então, sempre os mais ouvidos e respeitados, verdadeiros anciões do templo... 

Pelo que tenho lido e ouvido, se recuarmos aos primeiros tempos da fundação da nossa nacionalidade, torna-se possível constatar que na organização sócio-política de então, estribada numa Monarquia Tradicional, a Família era também um dos pilares mais importantes da sociedade. Repare-se que, desde que somos nação, vivemos muito tempo nesse regime político.

O modelo de organização social vigente em Portugal, com uma forte inspiração nos arquétipos seguidos pelos países do Norte da Europa e da América, privilegia o culto do individualismo, liberalismo político, económico e dos costumes. Penso que essa característica marcante vai contra a nossa maneira de ser, a da nossa Portugalidade e é, a meu ver, quase contranatura.  

A nossa forma ancestral de viver em família e em lógicas de cooperação onde prevalecia o espírito de entreajuda grupal, em que a noção de boa vizinhança, de cumprimentar quem passa, de conversar em grupos, que nem Salazar e a PIDE calaram, tem muito mais a ver com o nosso espírito latino e Português.

Este vasto introito para referir que, quando qualquer Pai ou Mãe, no papel efetivo de Encarregados de Educação dos seus filhos, decidem irromper por uma qualquer sala de aulas, de uma qualquer escola portuguesa e agridem um Professor, devido a um putativo abuso deste no exercício das suas funções docentes, baseados apenas na versão que os seus educandos lhes apresentam; nem sonham o mal que lhes estão a fazer, por via do seu péssimo exemplo, de negação da Educação...

E não, não sou monárquico, afirmo-me republicano e democrata, mas consciente que todas as grandes civilizações terminaram um dia... e a nossa caminha muito depressa para a destruição, num processo autofágico, e se não arrepiarmos caminho, um dia poderá ser já tarde demais! 

Não sou é maniqueísta, procurando nas raízes da nossa história os aspetos que mais nos elevaram e os princípios que estiveram na base da sustentabilidade da nossa velha e grandiosa nação, embora pequena em dimensão territorial, mas que sempre teve um ímpeto expansionista, ao nível da conquista de novos lugares e de novos saberes, acrescentando sempre mais mundo ao Mundo!

Mas, a parte negra disto tudo, é assistirmos a inúmeros casos deste género nas Escolas Portuguesas e, não havendo recorrentemente consequências, estamos a lançar as sementes, não da Educação e da Formação integral dos nossos jovens, mas a preparar a germinação da ruína da nossa nação e da correspondente Portugalidade.

Helder Barros, 30 de outubro de 2014.» in http://birdmagazine.blogspot.pt/2014/10/crise-na-instituicao-familia.html


Cranberries - "Zombie" - (Live 1995 -Official Video)



"Zombie
The Cranberries

Another head hangs lowly
Child is slowly taken
And the violence caused silence
Who are we mistaken?

But you see, it's not me, it's not my family
In your head, in your head they are fighting
With their tanks and their bombs
And their bones and their guns
In your head, in your head, they are crying...

In your head, in your head
Zombie, zombie, zombie hey, hey
What's in your head? In your head
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...

Another mother's breaking
Heart is taking over
When the violence causes silence
We must be mistaken

It's the same old theme since nineteen-sixteen
In your head, in your head they're still fighting
With their tanks and their bombs
And their bones and their guns
In your head, in your head, they are dying...

In your head, in your head
Zombie, zombie, zombie
Hey, hey. What's in your head
In your head
Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, oh, oh, oh

Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a..."

03/08/13

Sociedade - Cristina Espírito Santo, 44 anos, decidiu retratar-se depois de ter comparado as suas férias na Herdade da Comporta "a brincar aos pobrezinhos".



«“Fui infeliz na forma como me expressei”

Cristina Espírito Santo, 44 anos, decidiu retratar-se depois de ter comparado as suas férias na Herdade da Comporta "a brincar aos pobrezinhos". "Fui infeliz na forma como me expressei", escreveu a empresária ontem na sua página do Facebook.

A empresária, em entrevista à revista do jornal ‘Expresso’, provocou polémica, ao referir-se às suas férias na Comporta, como "brincar aos pobrezinhos". Agora, declara: "Não penso o que saiu publicado no ‘Expresso’, nem me revejo na síntese da declaração que lá vem feita. Por isso peço desculpa a todos a quem ofendi inadvertidamente".

Familiar de Ricardo Salgado, presidente do BES, e filha de Jorge e Kiki Espírito Santo, a empresária fez ainda questão de pedir desculpa aos entes mais próximos.

"Lamento ainda pela polémica em que envolvi a minha família de forma escusada e involuntária", escreveu.» in http://www.vidas.xl.pt/noticias/nacionais/detalhe/fui_infeliz_na_forma_como_me_expressei.html?a
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E se nós brincássemos aos burgueses patetas do final do século XIX, que Eça de Queirós tanto satirizou na sua obra... mas ainda há muitos, pululam como a ignorância...

Sociedade - Duas amigas correspondentes por carta, encontraram-se esta quarta-feira pela primeira vez no Aeroporto Internacional de Corpus Christi no Texas, ao fim de 74 anos.

Amigas correspondentes encontram-se ao fim de 74 anos

«Amigas correspondentes encontram-se ao fim de 74 anos

Duas amigas correspondentes por carta, encontraram-se esta quarta-feira pela primeira vez no Aeroporto Internacional de Corpus Christi no Texas, ao fim de 74 anos.

Norma "Kitty" Frati, de 87 anos, é natural do Texas e tinha apenas 13 quando se tornou amiga por correspondência de Audrey Sims, da Austrália, hoje com 83 anos.

Tudo começou no âmbito de um projeto para a escola, mas o tempo quis que fosse muito para além disso. As duas mantiveram o contacto ao longo dos anos, trocando experiências de vida através das cartas.

E se, ao início, Frati nem sabia onde ficava a Austrália, hoje afirma que "é como se as duas amigas "tivessem famílias paralelas".» in http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_Amigas-correspondentes-encontram-se-ao-fim-de-74-anos_16739.html

26/07/13

Sociedade - A modelo israelense, Bar Rafaeli, adepta das redes sociais, publicou na Instagram uma foto sua a beijar na boca Orna Elovitch.

Foto: Instagram

«Bar Rafaeli beija amiga na boca e partilha foto

Ex de Leonardo Di Caprio causa polémica nas redes sociais.

Bar Rafaeli, adepta das redes sociais, publicou na Instagram uma foto sua a beijar na boca Orna Elovitch.

Uma amiga muito próxima que já foi citada noutras ocasiões pela ex de Leonardo Di Caprio nas redes sociais, está a causar rumores sobre as novas tendências sexuais da top.

A modelo israelense é capa da edição de agosto da revista Elle espanhola e foi eleita a mulher mais sexy do mundo pela revista masculina Maxim em 2012.» in http://mulher.sapo.pt/glamour/celebridades/artigo/bar-rafaeli-beija-amiga-na-boca-e-partilha-foto


(Bar Refaeli Sexy Mix)


(To Bar Refaeli Tribute)


(Bar Refaeli SI Swimsuit 2009)

25/07/13

Sociedade - O pico da felicidade ocorre entre os 23 e os 69 anos, assegura um estudo do Centro de Desempenho Económico da Escola de Economia de Londres, em Inglaterra.

Pico da felicidade ocorre entre os 23 e os 69 anos

«Pico da felicidade ocorre entre os 23 e os 69 anos

O pico da felicidade ocorre entre os 23 e os 69 anos, assegura um estudo do Centro de Desempenho Económico da Escola de Economia de Londres, em Inglaterra.

Segundo os dados do estudo, a esperança é a palavra chave dos 20 anos, sendo que a mesma começa a esbater aos 30. A partir dos 50 as expectativas descem paulatinamente, já que os feitos alcançados são geralmente analisadas de forma negativa.

«As aspirações não-satisfeitas são sentidas de uma forma dolorosa na meia-idade, mas desaparecem beneficamente anos mais tarde», revelou o investigador Hannes Schwandt ao Daily Mail.

O mesmo salientou ainda que, a partir dos 60 anos, o nível de felicidade aumenta um pouco, já que aceitamos o que a vida nos deu, mas desce novamente aos 70, pois estamos mais próximos da morte.

No total, o estudo comparou os níveis de felicidade de 23 161 pessoas, com idades entre os 17 e 85 anos.» in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=646576

23/07/13

Sociedade - Chegou este fim-de-semana a Portugal mas já está presente em 29 países e conta com mais de 20 milhões de infiéis, o site Ashley Madison tem onze anos e o objectivo de incentivar, à descarada, casos extraconjugais.

'Facadinhas' no casamento dos outros rendem fortunas

«Site 'Facadinhas' no casamento dos outros rendem fortunas

Chegou este fim-de-semana a Portugal mas já está presente em 29 países e conta com mais de 20 milhões de infiéis. O site Ashley Madison tem onze anos e o objectivo de incentivar, à descarada, casos extraconjugais. Por ano, o criador do site ganha 91 milhões de euros com o negócio.

O próprio Noel Biderman tem 41 anos, é canadiano e ganha em média 91 milhões de euros por ano. Poderíamos dizer que é mais um jogador de futebol de um grande clube, mas não. É ‘apenas’ o criador de um site que incentiva ‘facadinhas’ nas relações.

O próprio Noel Biderman não tem pudor em falar da sua criação. “As pessoas não se querem divorciar, nem encontrar outras pessoas para ter filhos e um lar. Querem só encontrar alguém que vá para a cama com elas, num ambiente íntimo e apaixonado”, conta o canadiano.

De acordo com o Jornal de Notícias, o Ashley Madison (nome do site) existe desde 2002 e já marca presença em 29 países. Nele estão registados mais de 20 milhões de infiéis que procuram um caso extraconjugal sem que ninguém, além dos inscritos na plataforma, saiba. E só os homens é que pagam.

O site chegou este fim-de-semana a Portugal e em apenas dois dias foram 200 mil os portugueses que tentaram dar uma ‘facada’ no casamento. A expectativa do seu criador é que, no espaço de um ano, 300 mil infiéis estejam envolvidos num caso extraconjugal.» in http://www.noticiasaominuto.com/pais/92605/facadinhas-no-casamento-dos-outros-rendem-fortunas#.Ue7wNtK1Hzw

20/04/13

Sociedade - Está muito difícil a relação de Miguel Veloso com o pai, António Veloso, questões financeiras levaram o internacional português do Dínamo de Kiev a pôr em tribunal o progenitor, antigo capitão do Benfica.



«Miguel Veloso: “Neste momento não tenho pai”

Internacional explica porque processou o antigo jogador. “António Veloso roubou os filhos”, acusa.

Está muito difícil a relação de Miguel Veloso com o pai, António Veloso. Questões financeiras levaram o internacional português do Dínamo de Kiev a pôr em tribunal o progenitor, antigo capitão do Benfica.

A situação foi tornada pública ontem, quando o Correio da Manhã noticiou que Miguel Veloso tinha apresentado uma queixa no Tribunal de Oeiras contra António Veloso. Em causa, segundo o jornal, estaria uma dívida de 200 mil euros, que o filho reclama ao pai. Esta segunda-feira, em declarações ao mesmo jornal, António Veloso acusou Miguel de ser “um menino rico que não quer saber do pai”. Esta tarde, foi Miguel Veloso a expor o seu ponto de vista na sua página pessoal no Facebook. O Relvado mostra alguns excertos:

- “Sinto-me envergonhado, triste, magoado, acima de tudo desiludido por ter perdido uma pessoa que via como exemplo, como ídolo e que chamava de pai. Infelizmente, neste momento não tenho pai”

- “António Veloso roubou os seus filhos. Não fiquei tanto magoado por me ter roubado 5 mil euros a mim, mas sim por ter roubado 25 mil euros a uma filha menor que tem. Nem pensou no futuro dela, pois era o único dinheiro que a minha irmã tinha para um seu futuro. Só mesmo uma pessoa egoísta, maldosa é que consegue fazer uma coisa destas a um filho”

- “E depois desrespeitar uma mulher que esteve sempre do seu lado, a minha mãe (Teresa), que sempre trabalhou, sustentou uma casa com 2 filhos e um marido desempregado e falido, que foi roubado por um sócio. As dívidas, a minha mãe teve de as suportar. Neste momento, Teresa trabalha como sempre fez, alugou uma casa para si e para sua filha. O pai António Veloso não ajuda ou não contribui com nada, ficando e habitando na casa que era da família”

- “É algo a que estou habituado, pois ele fala em 2 filhos mas ele tem 3 filhos. Nunca ajudou um filho fora do casamento, não lhe ligava nenhuma”.

- “O ‘menino rico’, como me chamou o meu pai, sempre o ajudou. O carro que ele tem neste momento quem o ajudou a comprar foi o seu filho... O ‘menino rico’ ajudou-o a pagar as dívidas que ele tinha”

- “O que mais magoa é ver um pai culpar todos os outros pelos seus erros e não dar valor a nada, nem àquilo que é mais importante da vida... O dinheiro não é tudo na vida, existem princípios”

- “É verdade que processei o meu pai, pois ele é tão correto que com uma procuração que em tempos ainda era válida colocou a casa em meu nome e no da minha irmã, para sermos nós, os seus filhos, a pagar o imposto autárquico. É onde habita e onde diz ser a sua casa, mas quem paga as contas são os seus filhos e quem usufrui é ele... Realmente a definição desta pessoa é pai!????”.» in http://relvado.sapo.pt/diversos/miguel-veloso-neste-momento-nao-tenho-pai-450959


(Miguel Veloso - Os gestos valem muito)


07/02/13

Sociedade - A CARAS confirmou que o casamento entre a apresentadora, Marisa Cruz, e o ex-futebolista, João Vieira Pinto, chegou ao fim

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«Marisa Cruz e João Pinto separados

A CARAS confirmou que o casamento entre a apresentadora e o ex-futebolista chegou ao fim.

Marisa Cruz e João Pinto estão separados. Segundo fontes próximas do casal contactadas pela CARAS, o casamento chegou mesmo ao fim, apesar de os dois continuarem a manter uma boa relação, até porque a principal preocupação de ambos é o bem estar dos filhos, João, de sete anos, e Diogo, de três.

Marisa Cruz e João Pinto casaram-se em maio de 2009, no Porto, quando já viviam juntos há cinco anos.» in http://caras.sapo.pt/famosos/2013/02/07/marisa-cruz-e-joao-pinto-separados#ixzz2KDnhIyeE


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Com o pai, no dia do seu casamento com João Pinto - 200


(João Pinto Fala Sobre Marisa Cruz / Nilton / 5 Para a Meia Noite)

13/09/12

Sociedade - Uma civilização que não respeita, mal trata e não escuta os seus anciãos... está próxima do fim!



«Os anciãos vilipendiados do século XXI na nação lusitana…

Todas as grandes civilizações do passado tinham como referência os saberes dos seus anciãos no processo de tomada de decisão, quer em situações simples, quer em casos mais complicados… além disso, os seniores eram respeitados como sendo pessoas importantes na tribo, mas nunca por uma reverência imposta; havia a noção clara de que a sua sabedoria construída muito à custa das agruras do tempo, se constituía como que um reservatório de experiência e de conhecimentos, que seriam um garante de tomadas de decisão mais acertadas e seguras.

Vem isto a propósito do tratamento inferior que é prestado, hoje em dia, aos nossos mais experientes cidadãos. Já pouca gente se levanta para ceder o lugar a um idoso, por exemplo, nos transportes públicos, e, há uma clara tendência para os fazer sentirem-se, como que um estorvo, alguém que já não tem mais nada a acrescentar, nem sequer uma palavra a dizer, quando se sabe que, até em contexto familiar, muitos são permanentemente desconsiderados. Mas estamos mal, pois são Pessoas que merecem sempre uma palavra nossa, um cumprimento caloroso, como apreciam; uma atenção especial, como merecem.

A sociedade atual cultiva o novo e o belo, a imagem do jovem musculado e bronzeado, mesmo que seja à custa do Photoshop… tudo se faz para que a aparência seja perfeita. O saber, a cultura, a história de vida do indivíduo, pouco ou nada importam… o culto do Belo e da Perfeição acima de tudo, basta atentar na nossa publicidade. O velho não serve, está longe desse arquétipo definido pelo mainstream social, onde realmente o saber parecer, vale mais do que o ser e de que o saber. Como poderá quem percorre o início da estrada, ter a ilusão de que já a conhece toda?… 

Acontece ainda que, em Portugal, como em quase toda a Europa, a população tem envelhecido de forma exponencial, o que levou a um aumento significativo da população sénior. Decorre disto tudo que, um grande número de pessoas muito úteis e sábias são constantemente vilipendiadas, por uma sociedade que anda equivocada, estribada em falsos valores sociais e morais, em conceitos de um putativo modernismo, que revelam uma atraso civizacional gritante. Desperdiçamos assim, sobranceiramente, uma massa crítica relevante para o nosso bem-estar social, que muito poderia contribuir para uma sociedade mais sábia, justa, educada e honrada.

Quantos de nós, não ouvimos nos últimos anos, um alerta constante para a nossa situação sócio económica insustentável, por parte de algum familiar mais velho… diziam eles que Portugal não podia continuar a viver acima das suas possibilidades, que isto ia acabar mal para nós. Como se sabe, na política nacional, também foi um político sénior e honesto, daqueles que não andaram a servir-se do país, mas a servi-lo, que nos foi preparando para esta dura realidade que vivemos na atualidade: um estado sem soberania, falido e com poucas perspetivas de sair do poço… chegaram a adjetivá-lo como demente, Dr. Medina Carreira…

Eu só conheci a minha Avó materna, a D.ª Arminda Babo, da Quinta da Aldeia, na Gateira, em Mancelos. Na minha adolescência, chegava a ir de bicicleta desde Fregim, só para ver a minha Avó em Mancelos. Era uma Mulher marcada por uma vida difícil, de quem enviuvou cedo e que num tempo em que os homens reinavam, ela teve que se bater com armas e dentes, para sobreviver num mundo avesso a Mulheres de iniciativa. A nossa adoração era recíproca, o nosso convívio, um delírio de troca de saberes e de carinho. Hoje sou pai e observo o mesmo, na relação muito profícua em todos os aspetos, entre eles e os seus Avós. Como poderá a nossa sociedade continuar a desprezar o contributo e a sabedoria ancestral dos nossos mais velhos cidadãos, não os sabendo ocupar em prol da criação de uma sociedade mais madura, sapiente e íntegra?

E é muito infeliz, o que não raras vezes se ouve para aí em surdina: há muitos jovens e potenciais investidores que referem o facto de este aumento da população sénior, ser uma enorme oportunidade de negócio, designadamente, na criação de lares e de serviços ligados á geriatria… até aqui o Deus dinheiro vai dominar, comprando carinho, sentimentos e afetos. Que sociedade é esta que não considera os seus anciãos?... Que putativo modernismo é este que inverte a ordem de valores humanos básicos, com critérios dignos da sobrevivência nas selvas mais profundas e duras?... Que ser é este em que se transformou o Homem?...

Nas muitas vezes que tive o prazer de privar com um grande ancião de Amarante, o Sr. Manuel Catão, tio da minha esposa, Procurador da Casa de Pinheiro, procurava escuta-lo com muita atenção. Homem sábio, sensato e com muito gosto em falar com gente mais nova e que, não raras vezes me dizia: “Sr. Helder, como pode um País viver com toda a gente a pedir empréstimos, pouca gente a produzir e muita a receber subsídios?”. Este Senhor dizia-me isto há mais de vinte anos… mas, agora, não faltam “doutores” a darem explicações para a nossa crise… talvez se tivessem dado mais atenção às pessoas simples e sábias, que tinham a Universidade de “uma Vida difícil”, nós não nos tivéssemos afundado tanto; digo eu que nada sei! Dizia também o ancião António Aleixo (Poeta Popular): “Eu não tenho vistas largas; nem grande sabedoria, mas dão-me as horas amargas; Lições de Filosofia.”

Helder Barros (http://informaticahb.blogspot.com)» in (Artigo a sair na próxima edição do Jornal de Amarante)


Mafalda Veiga - "Velho"


"Velho
Mafalda Veiga

Parado e atento à raiva do silêncio 
de um relógio partido e gasto pelo tempo 
estava um velho sentado no banco de um jardim
a recordar fragmentos do passado

na telefonia tocava uma velha canção 
e um jovem cantor falava da solidão 
que sabes tu do canto de estar só assim 
só e abandonado como o velho do jardim?

o olhar triste e cansado procurando alguém 
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém 
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver 
a imagem da solidão que irão viver 
quando forem como tu 
um velho sentado num jardim

passam os dias e sentes que és um perdedor 
já não consegues saber o que tem ou não valor 
o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim 
pra dares lugar a outro no teu banco do jardim

o olhar triste e cansado procurando alguém 
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém 
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver 
a imagem da solidão que irão viver 
quando forem como tu 
um resto de tudo o que existiu 
quando forem como tu 
um velho sentado num jardim"



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