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03/07/23

Plantas - Em Abrantes, há uma com mais de mil anos à espera de padrinho ou madrinha.


«Em Abrantes, há uma oliveira abandonada, com mais de mil anos, à espera de ser apadrinhada

Nove anos depois de nascer em Teruel, Espanha, o projeto “Apadrina un olivo” nasce agora em território português, com o mesmo objetivo: recuperar oliveiras centenárias e milenares,  através de um programa de apadrinhamento, e criar postos de trabalho, evitando o êxodo rural. Em Abrantes, há uma com mais de mil anos à espera de padrinho ou madrinha. Mas há outras 10 mil abandonadas e que precisam de ser salvas, divulgou a organização deste projeto em comunicado.

Segundo a mesma fonte, Conecta é o nome da oliveira milenar portuguesa (a idade é estimada em mais de mil anos) com um diâmetro de cerca de 5 metros na sua base e que se encontra abandonada, em Abrantes, à espera de um padrinho ou madrinha.

O projeto “Apadrinha uma Oliveira” surge agora na região, inspirado na versão espanhola que já deu nova vida a mais de 15 mil árvores desta espécie no país vizinho. O objetivo é simples: recuperar 10 mil oliveiras numa área de 200 hectares da região de Abrantes.

Como? Através de um programa de apadrinhamento, com um custo de 60 euros anuais. O padrinho ou madrinha pode acompanhar o desenvolvimento da oliveira à distância (através de fotografias) ou de perto (visitando a árvore no local) e recebe em casa 2 litros de azeite produzidos pela própria árvore. O nome desta árvore (Conecta), em particular, simboliza a ligação do meio rural aos grandes centros urbanos – uma meta que o projeto pretende alcançar brevemente.» in https://greensavers.sapo.pt/em-abrantes-ha-uma-oliveira-abandonada-com-mais-de-mil-anos-a-espera-de-ser-apadrinhada/ 

(Oliveira: Um Guia Completo Sobre Essa Árvore)


#portugal    #abrantes    #oliveira    #apadrinhar

21/10/22

Plantas - Os investigadores da Universidade de Yale descobriram que a erva daninha é uma “super planta” que poderá ajudar a desenvolver culturas fortes e resistentes à seca.


«Cientistas consideram erva daninha “Portulaca oleracea” uma “super planta”

Os investigadores da Universidade de Yale descobriram que a erva daninha é uma “super planta” que poderá ajudar a desenvolver culturas fortes e resistentes à seca. A Portulaca oleracea, também conhecida como beldroega, foi descoberta como tendo um mecanismo único de fotossíntese que a torna mais resistente à seca.

O estudo detalha as características únicas da erva daninha e a razão pela qual pode ser utilizada para a futura engenharia genética de outras culturas.”Esta é uma combinação muito rara de características e criou uma espécie de ‘super planta’ – uma que poderia ser potencialmente útil em projetos como a engenharia de culturas”, disse Erika Edwards, professora de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Yale e co-autora do trabalho.

Segundo a mesma fonte, a fotossíntese está no centro da forma como as plantas sobrevivem a secas e doenças. Diferentes plantas desenvolveram formas de melhorar a sua fotossíntese. Por exemplo, o milho e a cana-de-açúcar utilizam a fotossíntese C4, o que permite às plantas permanecerem produtivas mesmo a temperaturas elevadas. Por outro lado, as plantas suculentas, como os catos, utilizam um tipo de fotossíntese conhecida como CAM. Permite que as plantas prosperem em desertos e outras regiões secas.

C4 e CAM são, assim, sistemas avançados de fotossíntese que têm sido alcançados pelas plantas através de anos de evolução e adaptação. Embora tenham funções diferentes, utilizam as mesmas vias bioquímicas para agir como “suplementos” à fotossíntese convencional.

Inicialmente, pensava-se que a fotossíntese C4 e CAM funcionavam de forma independente. Os investigadores por detrás do estudo relataram ter encontrado C4 e CAM para funcionar perfeitamente bem nas mesmas células. Esta revelação abre agora o caminho para uma nova engenharia genética.

“Em termos de engenharia de um ciclo CAM numa cultura C4, como o milho, ainda há muito trabalho a fazer antes que isso se possa tornar realidade”, disse Edwards. “Mas o que temos demonstrado é que as duas vias podem ser integradas de forma eficiente e partilhar produtos”. O C4 e o CAM são mais compatíveis do que pensávamos, o que nos leva a suspeitar que há muito mais espécies de C4+CAM por aí, à espera de serem descobertas”.

Tal descoberta poderia ajudar a salvar o mundo numa altura em que as alterações climáticas aumentaram a insegurança alimentar. Os cientistas estão a tentar encontrar formas de aumentar a resiliência das principais culturas.» in https://greensavers.sapo.pt/cientistas-consideram-erva-daninha-portulaca-oleracea-uma-super-planta/

#ambiente    #ecologia    #plantas    #portulacaoleracea    #superplanta

#beldroega

08/02/22

Plantas - A presença destas árvores permite a passagem de material genético para as futuras gerações que as tornam mais resilientes e adaptáveis.


«As árvores antigas são mais importantes para as florestas do que se pensava

A presença destas árvores permite a passagem de material genético para as futuras gerações que as tornam mais resilientes e adaptáveis.

Um número muito pequeno de árvores — menos de 1% da população — chega à idade avançada. Por vezes, estas árvores tornam-se entre 10 e 20 vezes maiores do que a altura média das árvores na sua floresta, revela um novo estudo publicado na Nature Plants.

As árvores mais velhas são muito importantes para a diversidade e saúde de toda a floresta, mostrou ainda a pesquisa, que usou modelos extrapolados de vários estudos anteriores para perceber como é que muitas destas ultrapassam as fronteiras da idade avançada e o impacto que têm na restante flora, escreve o Science Alert.

Estes outliers podem chegar a uma idade tão avançada entre espécies que não têm esperanças de vida definidas. Quanto mais tempo estas árvores vivem, maior é também a probabilidade de que espalhem os seus genes para uma nova geração.

“Examinamos os padrões demográficos das florestas com árvores velhas ao longo de milhares de anos, e uma proporção muito pequena de árvores emerge como ‘vencedora da lotaria’ e chega a idades mais avançadas que podem fazer a ponte entre ciclos ambientais que duram séculos“, revela o botânico Chuck Cannon.

As conclusões são de que estas raras árvores antigas são vitais para a “capacidade adaptadora a longo prazo das florestas, alargando substancialmente o período temporal da diversidade genética geral da população“.

Para além da aprendizagem que passam geneticamente às restantes árvores, os exemplares mais antigos são também importantes por darem abrigo às espécies ameaçadas e por serem melhores a absorver carbono do que as árvores mais jovens, apontam os investigadores.

Estas árvores mais velhas estão também sob grande ameaça devido às alterações climáticas e à desflorestação. “Quando se abatem as árvores velhas e antigas, perdemos o legado genético e fisiológico que elas contém para sempre, assim como o habitat único para a conservação da natureza”, alerta Cannon.

Os investigadores comparam o desaparecimento destas árvores à extinção de espécies animais, visto que eventualmente as árvores não crescerão tanto e não terão a mesma história evolutiva, e apelam a que o ser humano volte a respeitar e até venerar as árvores antigas como forma de garantir a sua preservação.» in https://zap.aeiou.pt/arvores-antigas-importantes-florestas-461454

17/03/21

Plantas - O prémio da Árvore Europeia do Ano de 2021 foi entregue hoje à Azinheira Milenar de Lecina, de Espanha, com 104 264 votos, tendo o representante português a concurso, o Plátano do Rossio, em Portalegre, ficado em 4.º lugar.


«Árvore europeia do ano é a Azinheira Milenar de Lecina, em Espanha

A representante portuguesa, o Plátano do Rossio, de Portalegre, ficou na quarta posição deste prémio atribuído anualmente.

O prémio da Árvore Europeia do Ano de 2021 foi entregue hoje à Azinheira Milenar de Lecina, de Espanha, com 104 264 votos, tendo o representante português a concurso, o Plátano do Rossio, em Portalegre, ficado em 4.º lugar.

Os vencedores foram revelados durante a cerimónia de premiação online durante a conferência "Plantando para o Futuro: 3 mil milhões de árvores na Europa". O segundo lugar foi atribuído ao Plátano de Curinga, de Itália (78 210 votos), e o terceiro ao Plátano antigo, da Rússia (66 026 votos).

O Plátano do Rossio, de Portugal, contabilizou 37 410 votos, seguindo-se a Tília de São João Nepomuceno (35 422 votos) da Polónia, a antiga Árvore-mãe da Holanda (34 244), uma macieira da República Checa (32 028), a Árvore de Judas da Hungria (31 867), a Pouplie de França (31 594), a árvore de chocolate da Croácia (31 283), a árvore sobrevivente do Reino Unido (31 197), o sobrevivente de quatro troncos da Bélgica (30 886), o Carvalho Antigo da Eslováquia (30 058) e a velha Amoreira da Bulgária (30 055).

"As árvores são tão importantes para a nossa sociedade, elas são seres bonitos e sensíveis. Elas formam o nosso ambiente, mas também as usamos como memoriais vivos de eventos históricos significativos e essa é a essência do nosso concurso", frisa o eurodeputado e embaixador do concurso, Michal Wiezik.

A vencedora Azinheira Milenar de Lecina encontra-se na pequena localidade de Alto Aragón, que tem apenas 13 habitantes, e estima-se que tenha cerca de mil anos. É também conhecida por árvore das bruxas porque, reza a lenda, houve tempos em que as bruxas povoavam a Serra da Guará, onde dançavam e festejavam em torno da azinheira.

O representante português, o Plátano do Rossio, foi plantado em 1838 e é o maior da Península Ibérica. Debaixo dos 37 metros de diâmetro de copa do ex-libris de Portalegre nasceram clubes, associações e bandas filarmónicas.

Os vários países reuniram-se em torno das 14 árvores candidatas que competem pelo título "Árvore Europeia do Ano", promovendo os seus candidatos favoritos durante o mês de fevereiro.

O concurso foi organizado pela Environmental Partnership Association (EPA), uma associação fundada por seis países: Bulgária, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, que apoia projetos comunitários locais que têm como objetivo proteger o ambiente e capacitar comunidades locais.

Nos últimos 20 anos, a EPA forneceu 10 milhões de euros de financiamento para estes projetos. Este consórcio de fundações nacionais independentes, autónomas e sem fins lucrativos organiza o concurso de Árvore Europeia do Ano desde 2011 sob a premissa de que numa árvore há uma história que pode unir a comunidade.» in https://www.dn.pt/local/arvore-europeia-do-ano-e-a-azinheira-milenar-de-lecina-em-espanha-13468773.html

(2020 Tree of the Year Spain - The Millennial Carrasca of Lecina)

19/08/20

Plantas - A bioluminescência é um fenómeno provocado por organismos de Fitoplâncton, avistado em ambientes marinhos ao redor do mundo, em países como o México e o Reino Unido.


«Espetáculo de luminescência surpreende habitantes de Cork, na irlanda

A bioluminescência é um fenómeno provocado por organismos de Fitoplâncton, avistado em ambientes marinhos ao redor do mundo, em países como o México e o Reino Unido.

No passado dia 17 de agosto os cidadãos da cidade de Cork, na Irlanda, ficaram surpreendidos com a presença deste fenómeno na praia de Fountainstown.

O momento ficou registado pela fotógrafa Joleen Cronin, que junto com outros habitantes, presenciou o momento raro. “Fiquei completamente hipnotizada com a situação, foi incrível” afirma à BBC, comparando o fenómeno a uma “discoteca no mar”.

A bioluminescência ocorre quando os organismos produzem uma luz fria, azulada, devido a uma reação química derivada da sua energia, podendo ocorrer em espécies do fundo e da superfície do mar.» in https://greensavers.sapo.pt/espetaculo-de-luminescencia-surpreende-habitantes-da-cidade-de-cork-na-irlanda/

(Plâncton bioluminescente cria espetáculo de luz no mar)

11/05/20

Plantas - Em Cascalhos, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, existe uma oliveira que tem mais 3350 anos de existência.



«Sabe quantos anos tem a árvore mais antiga do país?

Em Cascalhos, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, existe uma oliveira que tem mais 3350 anos de existência. A Oliveira do Mouchão tem um perímetro base de 11,2 metros, um perímetro à altura do peito de 6,5 metros e uma altura de tronco até às primeiras pernadas de 3,2 metros.

Um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) usou um método científico inovador capaz de datar árvores com milhares de anos. Assim foi com a oliveira de Mouchão. Baseia-se no estudo dos padrões de crescimento das árvores a partir dos troncos ocos, usando a metáfora das ‘matrioskas’ – as bonecas russas, que vão saindo umas de dentro das outras”.

O cálculo é feito através de um modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco, como seja o raio, diâmetro, a altura ou perímetro do tronco. Esta árvore não revela sintomas de doença e está com uma vitalidade mais que evidente – tornou-se uma atração local e merecedora de milhares de visitas por ano.

A oliveira é uma árvore de fruto originária do Mediterrâneo Oriental, (atuais Palestina e Síria) e também do Norte do Irão, tendo-se daí espalhado por toda a bacia do Mediterrâneo e um pouco mais além.

É uma árvore de grande simbolismo e de cultivo muito antigo. Possui uma baixa estatura e tronco retorcido, com uma madeira rija, utilizada para lenha pelo seu poder calorífero e queima lenta, ao contrário das lenhas resinosas.

Resistente ao frio do inverno, a oliveira dá-se bem em solos relativamente pobres graças às suas raízes profundas. Em Portugal, os maiores olivais concentram-se a sul do Tejo.

Oliveira do Mouchão
Espécie: Oliveira (Olea europea L. var. europaea)
Idade: 3350 anos
Altura: altura de tronco até ás primeiras pernadas de 3,2m
Perímetro do tronco: 6,5 metros
Localidade: Mouriscas, Abrantes» in https://greensavers.sapo.pt/sabe-quantos-anos-tem-a-arvore-mais-antiga-do-pais/

17/01/19

Plantas - O freixo Duarte d’Armas, exemplar com cerca de 500 anos plantado em Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, será a partir de sexta-feira Árvore de Interesse Público, na categoria de “exemplar isolado”.



«Fica em Freixo de Espada à Cinta e tem cerca de 500 anos. Freixo Duarte d’Armas foi classificado como Árvore de Interesse Público

O freixo Duarte d’Armas, exemplar com cerca de 500 anos plantado em Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, será a partir de sexta-feira Árvore de Interesse Público, na categoria de “exemplar isolado”.

De acordo com um despacho publicado hoje em Diário da República, esta classificação produz efeitos na sexta-feira, data a partir da qual serão “proibidas quaisquer intervenções que possam destruir ou danificar o exemplar arbóreo classificado”, como o corte de ramos ou raízes, escavações no local ou o depósito de materiais.

Na publicação, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) refere que o exemplar isolado da espécie “Fraxinus angustifolia Vahl”, vulgarmente conhecido por freixo, está situado no passeio pedestre próximo da Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta e foi objeto de um pedido de classificação apresentado pela Câmara Municipal.

O exemplar arbóreo “não apresenta sinais de pouca resistência estrutural, de mau estado vegetativo e sanitário ou risco sério para a segurança de pessoas e de bens, nem se encontra sujeito ao cumprimento de medidas fitossanitárias que recomendem a sua eliminação ou destruição obrigatórias”.

O freixo de Duarte d’Armas, como é conhecido, apresenta grandes dimensões, com 4,10 metros de perímetro do tronco na base e 3,90 metros de perímetro do tronco à altura do peito.

Os investigadores calculam que a árvore tenha mais de 500 anos.

O freixo tem o seu nome associado a Duarte d' Armas, que foi quem representou, a mando do rei Manuel I, a cartografia de 56 castelos fronteiriços de Portugal, entre 1509 e 1510.

A recuperação do freixo de Duarte d'Armas contou com a colaboração de técnicos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do ICNF e da Universidade do Algarve, que teve a seu cargo a pesquisa histórica sobre a árvore, que inclui lendas associadas ao exemplar, em bibliotecas nacionais como a Torre do Tombo.

Os investigadores da UTAD, liderados por Luís Martins, fizeram mais de 900 tentativas nos últimos anos para assegurar os primeiros 22 clones do freixo de Duarte d’Armas, através da utilização de raízes novas que nasceram após o início do processo de recuperação.

"Não foi um processo simples devido à própria idade da árvore. Estimamos que o freixo de Duarte d'Armas tenha 540 a 550 anos", disse anteriormente o investigador coordenador à Lusa.

Do trabalho de investigação foram retirados 22 clones que foram plantados em todas as capitais de distrito e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

O primeiro clone ‘mora’ há cerca de dois anos nos jardins do Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se à plantação do clone como "um momento simbólico” para o país, “num ato que retrata um momento de resistência e resiliência para o país, tal como acontece com o freixo e outros freixos".

A classificação desta árvore, que estabelece, “excecionalmente, uma zona geral de proteção, com um raio de oito metros a contar da base do tronco”, obriga também a que “todas as operações de beneficiação no exemplar”, como a poda, sejam autorizadas previamente pelo ICNF.

Será ainda obrigatório solicitar uma autorização prévia ao instituto para reparar ou alterar os pavimentos, sistemas de drenagem de águas pluviais e esgotos, bem como para reparar ou instalar pontos de iluminação que impliquem obras subterrâneas e para reparar ou alterar muros e muretes, entre outras situações.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/fica-em-braganca-e-tem-cerca-de-500-anos-este-freixo-foi-classificado-como-arvore-de-interesse-publico

28/12/18

Política de Investimento - Uma empresa de capitais canadianos e israelitas prevê investir 16 milhões de euros em Campo Maior, no Alto Alentejo, numa exploração de canábis para fins medicinais, revelou hoje à agência Lusa o presidente do município.



«Campo Maior. Farmacêutica prevê investir 16 milhões de euros em produção de canábis medicinal
28 dez 2018 12:27

Uma empresa de capitais canadianos e israelitas prevê investir 16 milhões de euros em Campo Maior, no Alto Alentejo, numa exploração de canábis para fins medicinais, revelou hoje à agência Lusa o presidente do município.

“O projeto nasceu há nove meses e a empresa fez testes agrícolas nos terrenos e foram superados", disse Ricardo Pinheiro, indicando que "já foram realizadas várias reuniões com o Governo e que se aguarda o licenciamento" da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).

Segundo o autarca, o projeto da empresa Sababa Portugal vai arrancar numa área de quatro hectares e prevê, nos próximos cinco anos, um investimento de 16 milhões de euros, devendo criar, numa primeira fase, 50 postos de trabalho.

Ricardo Pinheiro adiantou que o projeto será depois completado com a instalação de um centro de extração de óleo de canábis naquela vila do distrito de Portalegre, não estando ainda definido o montante que deverá implicar.

“Estamos a falar de uma transformação agroindustrial, embora o fabrico do medicamento possa não ficar em Campo Maior”, frisou.

Ricardo Pinheiro sublinhou que a empresa tem desenvolvido uma “intensa investigação”, ao longo dos últimos anos, e que conta com uma “grande experiência” no estudo e aplicação de canábis medicinal.

Com o avanço deste projeto em terras alentejanas, autarca considerou que o solo da região poderá ser no futuro “rentabilizado de uma forma totalmente diferente” do habitual, tornando-se numa "janela de oportunidade".

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base de canábis foi aprovada pelo parlamento em 15 de junho, na sequência da apresentação de projetos de lei do Bloco de Esquerda e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

A lei foi depois promulgada pelo Presidente da República em 10 de julho.

O quadro legal para utilização de canábis na preparação de medicamentos foi aprovado no dia 13 deste mês em Conselho de Ministros.

O documento explica que a regulamentação teve por base os programas já existentes em países como Dinamarca, Holanda e Itália.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o Governo aprovou um decreto-lei que “estabelece o quadro legal para a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia”.

A regulamentação, acrescenta, foi baseada numa “análise pormenorizada dos Programas de Canábis Medicinal já existentes em outros Estados-membros da União Europeia, nomeadamente na Dinamarca, Holanda e Itália, bem como a avaliação da sua exequibilidade na realidade nacional”.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/campo-maior-farmaceutica-preve-investir-16-milhoes-de-euros-em-producao-de-canabis-medicinal

22/03/18

Plantas - O sobreiro "assobiador", proveniente da região de Águas de Moura (Alentejo) foi sempre um dos grandes favoritos e acabou por ser o vencedor.



«SOBREIRO PORTUGUÊS É ÁRVORE EUROPEIA DO ANO

O concurso "Árvore Europeia do Ano 2018" pretende premiar as árvores que contam histórias em vários países europeus e o vencedor foi anunciado hoje. O sobreiro "assobiador", proveniente da região de Águas de Moura (Alentejo) foi sempre um dos grandes favoritos e acabou por ser o vencedor.

Concorreram a "Árvore Europeia do Ano 2018" 13 árvores oriundas de diversos países como Bélgica, Hungria, Roménia, Eslováquia, Espanha e Portugal (entre outros).

O grande vencedor foi o Sobreiro (Quercus Suber) da região de Águas de Moura (Alentejo). O anúncio foi feito hoje, 21 de março, durante a Cerimónia de Entrega de Prémios, em Bruxelas.

Conhecido como o "Assobiador", deve o nome ao som originado pelas inúmeras aves que pousam nos seus ramos. Com 234 anos, o Assobiador está classificado como “Árvore de Interesse Público” desde 1988 e inscrito no Livro de Recordes do Guinness como "o maior sobreiro do mundo".

Em segundo lugar, ficou Ulmeiros ancestrais de Cabeza Buey, Espanha, com 22,323 votos. E o terceiro lugar foi para um carvalho chamado "o Ancião das Florestas de Belgorod", da Federação Russa com 21,884 votos.

O concurso da Árvore Europeia do Ano surgiu no ano de 2011 e foi inspirado no popular concurso checo Árvore do Ano, organizado pela Czech Environmental Partnership Foundation. A ronda europeia é uma final constituída pelos vencedores das rondas nacionais.

Para consultar as histórias de cada árvore, visite o site oficial da Árvore Europeia do Ano 2018.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/sobreiro-assobiador-e-arvore-europeia-do-ano


(O assobiador é o sobreiro mais velho do mundo)


(O Sobreiro Assobiador de Palmela)


(O Sobreiro Assobiador, Águas de Moura, Palmela)

14/02/18

Plantas - O maior sobreiro do mundo é português, já faz parte do Guinness e agora está nomeado para o concurso da Árvore Europeia do Ano.



«Maior sobreiro do mundo é português e está nomeado para Árvore Europeia do Ano

Resultado do concurso será revelado em março.

O maior sobreiro do mundo é português, já faz parte do Guinness e agora está nomeado para o concurso da Árvore Europeia do Ano.

O sobreiro está classificado como “árvore de interesse público” e tem 234 anos, estando plantado em Águas de Moura, no concelho de Palmela, Setúbal. A árvore, chamada de assobio pelo canto das aves que vivem nos seus ramos, tem mais de 14 metros de altura.

O sobreiro foi nomeado pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC) para o concurso, que é realizado desde 2011.

Segundo afirmou à Lusa Nuno Calado, secretário-geral da UNAC, escolheram o sobreiro por ser uma árvore nacional, acrescentando que “é uma árvore muito importante para Portugal, não só pela cortiça que produz e o volume de exportações que representa, mas porque é um garante de suporte ecológico e económico para populações rurais”.

A votação vai decorrer até dia 28 de fevereiro, através do site do concurso e os resultados serão conhecidos dia 21 de março numa cerimónia no Parlamento Europeu, em Bruxelas.» in https://ionline.sapo.pt/600555

13/10/17

Plantas - Em Portugal, de acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, existem exemplares das mais diversas espécies, destacando-se três oliveiras com idades compreendidas entre os 2000 e os 3500 anos, sendo que a árvore portuguesa mais antiga está situada em Santarém e tem 3350 anos.



«Três árvores portuguesas entre as mais antigas do mundo

Conheça as árvores mais antigas do planeta e saiba onde estão localizadas há milhares de anos, sobrevivendo às mais adversas mudanças climáticas.

É nas Montanhas Brancas, na Califórnia, Estados Unidos da América, que vive a árvore mais antiga do mundo, um pinheiro da espécie "pinus", com atualmente 5067 anos de idade. A localização exata do pinheiro é mantida em segredo pelo Serviço Florestal dos EUA, para evitar atos de vandalismo.

Além da "pinus longaeva", a lista das árvores mais antigas do planeta conta também com um cipreste-da-patagónia encontrado no Chile, com 3627 anos, e uma figueira-dos-pagodes de 2222 anos, descoberta no Sri Lanka.

Em Portugal, de acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, existem exemplares das mais diversas espécies, destacando-se três oliveiras com idades compreendidas entre os 2000 e os 3500 anos. A árvore portuguesa mais antiga está situada em Santarém e tem 3350 anos.» in https://www.jn.pt/mundo/interior/tres-arvores-portuguesas-entre-as-mais-antigas-do-mundo-8834407.html


( A mãe de todas as árvores, a mais antiga árvore de Portugal tem 3350 anos)

02/10/17

Plantas - O presidente da assembleia-geral da Olivum - Associação de Olivicultores do Sul disse hoje à Lusa que não tem dúvidas de que a bactéria “xylella fastidiosa”, que destrói várias plantas e árvores, como oliveiras, vai afetar o olival português.



«Bactéria que destrói oliveiras vai afetar Portugal

o presidente da assembleia-geral da Olivum - Associação de Olivicultores do Sul disse hoje à Lusa que não tem dúvidas de que a bactéria “xylella fastidiosa”, que destrói várias plantas e árvores, como oliveiras, vai afetar o olival português.

“Não tenho dúvida de que (…), tendo-se alastrado, nos últimos quatro anos, a países da Europa, chegará, mais tarde ou mais cedo a Portugal, portanto, temos que estar preventivos, para pode travar o avanço dessa bactéria”, afirmou João Cortez de Lobão, na véspera das IV Jornadas Olivum, nas quais a associação vai debater, em Beja, as principais medidas para travar a bactéria, bem como o planeamento do olival.

João Cortez de Lobão disse também que é necessário que sejam implementadas medidas que obriguem os olivicultores a informar, assim que desconfiarem que uma árvore está infetada, de modo a que as autoridades possam controlar a zona e travar o contágio.

“A verdade é que, quando ela afeta, a árvore morre, não há solução”, vincou.

Questionado sobre a possibilidade da chegada da bactéria poder afetar economicamente os agricultores portugueses, num ano marcado pela seca severa em algumas zonas do território, o presidente da assembleia-geral da Olivum afirmou que os terrenos atingidos com a falta de água são mais permeáveis a quaisquer doenças e acrescentou que os agricultores ficarão numa situação ainda mais fragilizada.

O representante da Olivum indicou que outro desafio que o setor enfrenta é o planeamento do olival, tendo em conta os investimentos aplicados pelos proprietários.

“Uma das preocupações é o tipo de agricultura que as autoridades e os Governos querem para Portugal”, uma vez que “é importante que os agentes económicos, neste caso os olivicultores, saibam que não têm ninguém contra as suas iniciativas”, sublinhou.

No que se refere às perspetivas do setor, para os próximos anos, João Cortez de Lobão destaca o aumento do preço do azeite e possibilidade de se verificar uma subida no consumo mundial.

“O preço do azeite está relativamente alto em relação à média dos últimos dez anos. Por outro lado, o consumo mundial tem tendência a aumentar e Portugal tem condições ímpares para poder ser um produtor de referência de azeitona para azeite”, disse à Lusa.

Porém, o presidente da assembleia-geral da Olivum alerta para que é necessário produzir a um preço muito competitivo, para que outro país não seja concorrente direto de Portugal.

A Associação de Olivicultores do Sul, que emprega mais de 1.000 funcionários, representa 30 mil hectares de olival e produz cerca de 90% da azeitona de mesa em Portugal e 70% da azeitona para azeite.

Segundo a Direcção-Geral de Veterinária (DGAV), a "xylella fastidiosa" é uma bactéria que "ataca uma vasta gama de espécies vegetais", como plantas ornamentais e árvores, como oliveiras, videiras, amendoeiras e sobreiro, e é "um dos principais problemas fitossanitários emergentes das últimas décadas".

A bactéria, que ficou "por muito tempo" confinada ao continente americano, foi detetada pela primeira vez na Europa em 2013, em oliveiras adultas, na região de Apúlia, em Itália, onde "devastou uma extensa área de olival".

Em 2015, foram detetados focos em plantas ornamentais na Córsega e no sul de França e, em 2016, em plantas de aloendro na Alemanha e em plantas de cerejeiras num viveiro nas Ilhas Baleares, em Espanha.

O mais recente caso de presença da bactéria na Europa foi confirmado em junho num pomar de amendoeiras em Alicante, na região de Valência, em Espanha, tratando-se da primeira deteção no território continental espanhol.

Nas IV Jornadas Olivum estarão presentes representantes da direção-geral de alimentação e veterinária, da Casa do Azeite e da direção-geral de saúde da produção agrária, de Espanha.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bacteria-que-destroi-oliveiras-vai-afetar-portugal


("Xylella Fastidiosa": batéria que mata oliveiras detetada perto de Paris)

30/06/17

Plantas - A orquídea mais rara da Europa, a ‘platanthera azorica’, que até agora era apenas conhecida na ilha de São Jorge, Açores, foi descoberta também no Faial, foi anunciado.



«Orquídea mais rara da Europa foi encontrada nos Açores

A orquídea mais rara da Europa, a ‘platanthera azorica’, que até agora era apenas conhecida na ilha de São Jorge, Açores, foi descoberta também no Faial, foi anunciado.

“A orquídea foi inicialmente avistada por um turista, que alertou para a possibilidade da existência desta orquídea rara na Reserva Natural da Caldeira do Faial, tendo sido mobilizada uma equipa técnica do Jardim Botânico do Faial que confirmou a sua presença naquela área protegida”, refere uma nota de imprensa do executivo regional.

Segundo a mesma nota, foi encontrado um exemplar “em floração, havendo a possibilidade de existirem mais em locais menos acessíveis ou mesmo indivíduos que, não estando em floração, não foram identificados”.

“A ‘platanthera azorica' foi redescoberta em 2013 na cordilheira central de São Jorge e, desde então, foi dada como existente apenas nesta ilha, com uma pequena população circunscrita ao Pico da Esperança”, o ponto mais alto da ilha, com 1.053 metros de altitude, adianta o Governo dos Açores.

A Direção Regional do Ambiente está a realizar trabalhos para a eventual identificação de mais exemplares no Faial e vai “promover trabalhos de campo para despistar a eventual ocorrência da espécie” noutras ilhas do grupo central do arquipélago, que inclui ainda as ilhas do Pico, Terceira e Graciosa.

“Nos Açores existem três espécies de orquídeas endémicas, todas elas pertencentes ao género botânico 'platanthera' (conchelo-do-mato), concretamente a 'platanthera azorica', a 'platanthera micrantha' e a 'platanthera pollostantha’”, acrescenta o executivo açoriano.

À agência Lusa, o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, explicou que “a população de ‘platanthera azorica’ está estimada entre 200 a 300 exemplares na ilha de São Jorge”.

“A espécie estava referenciada, mas até havia dúvidas se existia ou não, porque nos últimos 200 anos não tinha sido identificada”, afirmou Hernâni Jorge, adiantando que o título de orquídea mais rara da Europa foi dado quando, em 2013, a equipa de um biólogo britânico e uma investigadora da Universidade dos Açores a descobriu.

O diretor regional do Ambiente refere ainda que “no arquipélago dos Açores estão identificadas cerca de 80 espécies endémicas de flora”.» in http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/orquidea-mais-rara-da-europa-foi-encontrada-nos-acores


03/10/16

Plantas - Com uma idade estimada de 2850 anos, a árvore - uma oliveira - encontra-se ao lado de uma rotunda em Santa Iria da Azóia, Loures, e passa praticamente despercebida a quem não for com o propósito de a encontrar ou saiba de antemão da sua existência.



«Árvore mais velha do país tem 2.850 anos

Conquistas e reconquistas. Guerras e períodos de paz. Relatos de amor e até da industrialização - se esta oliveira falasse, tinha quase três mil anos de histórias para contar. Mas há mais «árvores notáveis» espalhadas pelo país.

«Esqueça as imagens de uma floresta encantada: um restaurante japonês, um centro de estudos, uma lavandaria, um café e uma loja de acessórios para automóveis são os inusitados vizinhos da árvore mais antiga do país. Com uma idade estimada de 2850 anos, a árvore - uma oliveira - encontra-se ao lado de uma rotunda em Santa Iria da Azóia, Loures, e passa praticamente despercebida a quem não for com o propósito de a encontrar ou saiba de antemão da sua existência. 

Localizada num terreno privado que rodeia uma pequena vivenda, há uma tabuleta a indicar a «árvore milenar» que é bem conhecida dos moradores do bairro da Covina. Mas mesmo esses, só souberam da proveta idade da velhinha oliveira há - comparando com a idade da mesma - um piscar de olhos. «Só há quatro ou cinco anos é que a oliveira foi sinalizada e soubemos que era uma árvore com quase 3 mil anos», diz Isabel Benzido que mora na rotunda há mais de uma década. «Até tem lá uma placa, entre e leia», insta-nos o senhor Ventura, 72 anos, que morou toda a vida no bairro. 

A idade impressiona, é um facto. Mas ser vizinho da árvore mais antiga do país - que remonta ao tempo de Viriato e da invasão dos romanos à Lusitânia - acaba por a tornar num cromo tão repetido que faz, literalmente, parte da paisagem. «Olhe, confesso que já nem reparo nem penso nisso: É banal», diz Isabel. Se para os moradores esta é, basicamente, só mais uma oliveira, para os curiosos é um motivo de interesse que justifica a deslocação. «De vez em quando vejo aqui gente a tirar fotos», afiança o senhor Ventura. 

A oliveira da Azóia pode ser a árvore (certificada) mais velha, do país, mas há pelos menos mais seis com uma idade superior ou igual à de... Jesus Cristo. E, além de milénios de existência, estas árvores têm outra característica singular: são todas oliveiras. Facto que num país de produção de azeite e onde os olivais fazem parte da paisagem, do imaginário popular e até dos cancioneiros - quem não conhece a ‘Oliveirinha da Serra’? - só nos pode parecer natural. 

Segundo uma lista enviada ao SOL pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a segunda oliveira mais velha do país - com uma idade estimada de 2010 anos - está no aldeamento turístico de Pedras d’El Rey em Tavira. Há ainda três oliveiras com dois mil anos em Azeitão (Setúbal) e outras duas com a mesma idade em Serpa (Beja).

Pelas razões óbvias, todas estas oliveiras estão classificadas como árvores de interesse público. Mas há mais «árvores monumentais» em Portugal.

Árvores notáveis para todos os gostos

Se em idade nada bate as oliveiras, o tamanho fica para os castanheiros. A árvore mais larga do país é efetivamente um castanheiro e está em lugar de Vales, no Concelho de Vila Pouca de Aguiar (Vila Real) e tem «um diâmetro à altura do peito de 4,61 metros», explica o ICNF.

É ao ICNF quem cabe, efetivamente, a classificação dos exemplares mais especiais do país. Além do tamanho e idade, há outras características a ter em conta na hora de entregar o estatuto de «monumental» a uma árvore. «Os critérios necessários à classificação de interesse público aludem, de forma genérica, ao porte, ao desenho, à idade; à raridade, ao relevante interesse público da classificação, à necessidade de cuidadosa conservação de exemplares ou conjuntos de exemplares arbóreos ou vegetais de particular importância ou significado natural, histórico, cultural ou paisagístico», explica a autoridade. 

Por exemplo, da lista de «árvores notáveis» do país - e que podem ser consultadas na página do ICNF - fazem parte exemplares contemporâneos «da nossa nacionalidade», como é o caso do chamado ‘carvalho do presépio’, localizado no Mosteiro, concelho de Castro Daire, distrito de Viseu.

«Há ainda exemplares contemporâneos de tempos áureos da nossa História como os descobrimentos marítimos e as conquistas de Portugal no mundo», exemplifica o ICNF. Neste caso, falamos de uma alfarrobeira com 600 anos que se encontra na Quinta da Parra, concelho de Olhão (Faro) ou de um sobreiro quinhentista na freguesia de Ançã, Coimbra.

Os mistérios costumam servir, de forma geral, para tornar tudo mais apetecível e neste caso não é exceção visto que há árvores que têm interesse público por serem «testemunhos diretos de lendas, mitos e de factos históricos relevantes e curiosidades». Desta lista faz parte, por exemplo, a tão famosa azinheira da Cova da Iria, em Fátima,  ou o ‘carvalho da forca’ da Praça do Município em Montalegre, Vila Real.

A lista integra ainda espécimes que, simplesmente, têm formas bizarras - da próxima vez que for ao jardim França Borges, no  Príncipe Real, repare na forma cipreste-do-bucaço que ali existe. Asseguramos que, mesmo que não conheça a espécie, vai ser difícil não perceber do que estamos a falar.

Leis que remontam ao tempo dos... visigodos

Proteger e classificar as árvores mais especiais não é, no entanto, uma invenção do nosso século ou sequer do século passado.

Segundo as investigadoras Graça Saraiva e Ana Ferreira de Almeida que escreveram um roteiro sobre as árvores classificadas em Lisboa (‘Árvores na Cidade’, ed. By The Book) já durante a ocupação visigótica (século VIII) existia a ideia de que era necessário proteger as árvores, «constando então no Código Visigótico medidas de proteção aos sobreiros e pinheiros», lê-se no livro. 

Muito mais tarde, em 1914, foi publicada a primeira «legislação para a preservação de árvores notáveis». É, no entanto, desde 1938 - quando surge o  regime jurídico ainda hoje seguido - que se começam a «inventariar e classificar o arvoredo de interesse público», disse ao SOL o ICNF.» in http://sol.sapo.pt/artigo/525489/arvore-mais-velha-do-pais-tem-2-850-anos
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