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17/08/22

Mundo - Na ilha de Marambio, na Península da Antártida, onde as temperaturas máximas oscilam entre os 11 e os 40 graus negativos, um grupo de cientistas argentinos está desde maio a produzir alfaces, rúcula e salsa.


«A horta do fim do mundo. Alfaces, rúcula e salsa produzidas na Antártida

Na ilha de Marambio, na Península da Antártida, onde as temperaturas máximas oscilam entre os 11 e os 40 graus negativos, um grupo de cientistas argentinos está desde maio a produzir alfaces, rúcula e salsa.

É no Módulo Antártico de Produção Hidropónica – idealizado em 2017 e criado em 2018 – que a equipa do Instituto Nacional de Tecnologia Agro-pecuária e da Universidade Nacional da Patagónia Austral têm produzidos as hortícolas, através de um sistema hidropónico – sem terra, só com água e soluções nutritivas que compensam a ausência dos nutrientes naturalmente presentes no solo.

“A Antártida é um pouco como Marte”, disse ao En Estos Días Jorge Birgi, o investigador que lidera o projeto, indicando a comunidade científica internacional está de olhos postos em Marambio precisamente pelas possibilidades que abre.

O módulo é um contentor marítimo, anteriormente usado como armazém, forrado com uma capa isoladora e que incorpora estantes, luzes, bombas de água, sensores, câmaras de alta resolução, instrumentos telemétricos que permitem controlar as condições de segurança, a humidade e a água.

A primeira colheita da produção hidropónica decorreu em maio. Num jantar foi servida pizza de presunto e mozarela com rúcula, uma novidade na Antártida. No dia seguinte, houve folhas de alface disponíveis para pôr no meio de sandes.

“Comemos muitos hidratos de carbono, coisas congeladas que têm muito sódio”, comentou ao Meteored o diretor de assuntos antárticos da Força Aérea argentina, Enrique Videla. Entre abril e novembro a Antártida torna-se praticamente intransitável, impedindo os reabastecimentos. A grande maioria dos legumes que se consome naquela e noutras bases é congelada ou enlatada.

“O que queremos na base Marambio é ser mais sustentáveis em tudo: energias renováveis, menos consumo de combustíveis fósseis e com o cultivo hidropónico conseguimos melhorar a qualidade de vida”, disse ainda Videla.

A ilha de Marambio foi descoberta em 1843, no Mar de Weddell. Cerca de um século depois, a Argentina começou a procurar um local no continente em que pudessem aterrar aviões e encontrou um planalto, cerca de 200 metros acima do nível do mar. A construção da pista de aterragem começou em 1969.

A ilha deve o seu nome a Gustavo Marambio, oficial da Força Aérea argentina que realizou alguns dos primeiros voos sobre a Antártida. É uma das seis bases permanentes da Argentina na Antártida e é usada para lançar operações de busca e salvamento e para transporte de pessoas e cargas. No inverno conta com 70 a 80 pessoas, sobretudo militares e meteorologistas, e no verão cerca de 200.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/horta-alface-rucula-salsa-antartida-493601

(Vicecomodoro Marambio Station | Wikipedia audio article)

#mundo    #antártida    #ilhademarambio    #agricultura    #ciência

26/07/22

Mundo - A Ilha dos Faisões, uma faixa de terra com 200 metros de comprimento e que se situa entre Espanha e França, é governada pelas duas nações vizinhas, de forma alternada, a cada seis meses.


«Há uma ilha que ‘muda de país’ duas vezes por ano. E está mais próxima do que imagina

A Ilha dos Faisões, uma faixa de terra com 200 metros de comprimento e que se situa entre Espanha e França, é governada pelas duas nações vizinhas, de forma alternada, a cada seis meses.

Localizada perto da foz do Rio Bidasoa, no Golfo de Biscaia, entre as cidades fronteiriças de Hendaye, na França, e Irun, em Espanha, a sua governação resulta de uma rivalidade histórica entre os dois países, segundo a BBC. De acordo com Mike MacEacheran, jornalista de viagem, poucas pessoas conhecem a ilha.

O repórter ficou a conhecê-la durante uma viagem pela região, liderada pela arqueóloga Pía Alkain Sorondo. A Ilha dos Faisões, com formato elíptico e coberta de árvores, fica a 10 metros do lado espanhol do rio e a 20 do lado francês.

No centro, um enorme monumento – parecido com uma lápide – celebra a reunião onde foi negociado o Tratado dos Pirenéus, que selou a paz entre os países, em 1659. “Aprender a história por trás deste local é como uma descoberta”, contou Sorondo, citada por MacEacheran. “É quase uma ilha-fantasma”, afirmou.

A Ilha dos Faisões foi mudando de nome ao longo dos anos: o atual – Isla de los Faisanes (espanhol), Faisai Uhartea (basco) ou Île des Faisans (francês) – deriva de um erro. “Não existem faisões na Ilha dos Faisões”, reclamou o romancista francês Victor Hugo ao visitar o local, em 1843. Só há patos-reais e aves migratórias.

No tempo dos romanos, a ilha era conhecida como “Pausoa” – palavra basca que significa “passagem” ou “passo”. Os franceses traduziram para “Paysans” (camponeses), que depois virou “Faisans” (faisões). Com o passar do tempo, o nome Ilha dos Faisões permaneceu.

A ilha ganhou importância em 1648, após um cessar-fogo no final da Guerra dos Trinta Anos, tendo sido escolhida como um espaço neutro para demarcar as novas fronteiras entre Espanha e França. Após 11 anos, foi celebrado o acordo de paz, denominado Tratado dos Pirenéus.

Um casamento real foi marcado para assinalar a ocasião: em 1660, o rei francês Luís XIV se casou com Maria Teresa, filha do rei espanhol Filipe IV. Pontes foram construídas e a realeza chegou em carruagens e barcos do Estado. Diego Velázquez, autor de “As Meninas”, organizou boa parte das festividades.

Os dois países decidiram então que a governação do território seria conjunta. Espanha ficaria responsável entre 01 de fevereiro e 31 de julho e França assumiria o comando nos seis restantes meses do ano. Surgia, assim, o menor condomínio do mundo, apontou o artigo da BBC.

Por definição, os condomínios são locais determinados pela existência de mais de um Estado soberano. O termo é derivado do latim condominium: “com” significa “conjunto”, e “dominium” quer dizer “direito de propriedade”. Tratam-se, normalmente, de anexos geopolíticos.

Atualmente, há outros condomínios: o Lago de Constança, governado pela Áustria, Alemanha e Suíça; o distrito de Brčko e o território em disputa da República Sérvia, ambos na Bósnia-Herzegovina; a Área de Regime Comum, partilhada pela Colômbia e pela Jamaica; e a região de Abyei, reivindicada pelo Sudão e pelo Sudão do Sul.

O Rio Mosel e os seus afluentes Sauer e Our formam um condomínio fluvial partilhado entre a Alemanha e Luxemburgo. Já o Golfo de Fonseca é um condomínio das Honduras, de El Salvador e do Nicarágua. Por fim, a Antártida é governada pelos 29 signatários do Tratado da Antártida.

Entre as tarefas dos governantes na Ilha dos Faisões estão a administração do jardim, a manutenção do atracadouro dos barcos, os direitos de pesca e a monitorização da qualidade da água. Os visitantes são autorizados em raras ocasiões, como é o caso dos dias de transferência de poder, que deixam a ilha repleta de atividades.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/ilha-muda-pais-duas-vezes-ano-489786

(Conheça a ilha dos Faisões)

#mundo    #ilhadosfaisões     #espanha    #frança

16/04/22

Mundo - A Procuratie Vecchie na Praça de São Marcos, um dos edifícios mais famosos de um dos espaços urbanos mais famosos do mundo, abriu ao público pela primeira vez.


«Um dos mais misteriosos edifícios de Veneza abriu ao público pela primeira vez

A Procuratie Vecchie na Praça de São Marcos, um dos edifícios mais famosos de um dos espaços urbanos mais famosos do mundo, abriu ao público pela primeira vez.

A Procuratie Vecchie, localizada na Praça de São Marcos, é um dos edifícios mais famosos (e misteriosos) da cidade italiana. Pela primeira vez na sua história, abriu portas ao público.

Segundo a CNN, o edifício foi construído no início de 1500. A fachada neoclássica de 150 metros é uma das imagens mais famosas de Veneza.

As portas deste palácio renascentista estão abertas para turistas de todo o mundo desde o dia 13 de abril. Os visitantes podem agora ter acesso ao seu quarto e último andar, onde foi instalada uma exposição.

O edifício era a antiga sede da companhia de seguros italiana Generali desde 1832, mas foi submetido a uma renovação de cinco anos, liderada pelo arquiteto David Chipperfield.

A empresa manteve escritórios no segundo andar e vai arrendar o terceiro (incluindo para exposições, que serão abertas ao público). Já o quarto andar vai tornar-se a sede da The Human Safety Net, um projeto que ajuda pessoas e famílias em risco, incluindo refugiados.

No último andar, haverá também espaços de coworking e de reunião que serão utilizados por empresas e ONGs.» in https://zap.aeiou.pt/um-misteriosos-edificios-veneza-abriu-473693

(PRAÇA SÃO MARCOS, A MAIS LINDA DA EUROPA | Viagens e Beleza)

#veneza

01/03/22

Mundo - O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional Norte Americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho.


«Yellowstone celebra hoje 150 anos. Conheça o lugar onde as montanhas são de cristal e as lagoas fumegantes

O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional Norte Americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo, e um marco na história das áreas protegidas: são quase nove mil quilómetros quadrados, uma variedade de vida selvagem (alberga cerca de 67 espécies e 285 tipos de aves, na qual se incluem ursos, lobos, bisontes, alces, e outros animais) e atrações como geisers e fontes termais. A alpinista Jim Bridger descreveu Yellowstone como o lugar onde as montanhas são de cristal e as lagoas fumegantes.

O parque encontra-se em cima de um supervulcão. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 mil anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações de clima nos períodos posteriores à sua ocorrência. Um novo evento eruptivo poderia provocar uma grande mudança na paisagem e no clima, com consequências globais.

Os prados, as montanhas e as florestas cobrem quase dois terços do parque. Esta era também terra das nações indígenas. Durante mai de 10 mil anos, os nativos americanos viveram, caçavam, pescavam, apanhavam plantas e usavam fontes termais para fins religiosos e medicinais.

De acordo com uma equipa de cientistas das Universidade Técnica de Munique, a regeneração da floresta na região está ameaçada por vários motivos: Se os incêndios aumentarem e as distâncias entre as árvores sobreviventes também aumentarem, muito poucas sementes chegarão ao solo. Se o clima ficar mais quente e seco no futuro, as árvores jovens e vulneráveis ​​não sobreviverão e, se houver muitos incêndios, as árvores não atingirão a idade em que produzem sementes.

“Em 2100, espera-se que o Grande Ecossistema de Yellowstone tenha mudado mais do que nos últimos 10.000 anos e, portanto, terá uma aparência significativamente diferente do que é hoje”, explica o cientista Werner Rammer. “A perda da vegetação da floresta atual está a levar a uma redução do carbono que é armazenado no ecossistema e também terá um impacto profundo na biodiversidade e no valor recreativo desta paisagem icónica”.» in https://greensavers.sapo.pt/yellowstone-celebra-hoje-150-anos/

(Mundo Visto de Cima - Parque Nacional de Yellowsrone)

07/01/22

Mundo - A estátua, que tem mais de dois metros e é um símbolo antigo de fertilidade, foi colocada Trujillo, no norte do Peru, e tem atraído muitos turistas dado o tamanho do falo representado.


«Um grande problema. Estátua com pénis de largas dimensões tem atraído tantos turistas quanto vândalos no Peru. 

A estátua, que tem mais de dois metros e é um símbolo antigo de fertilidade, foi colocada Trujillo, no norte do Peru, e tem atraído muitos turistas dado o tamanho do falo representado. No entanto, as suas características também têm despertado a fúria de alguns e já foi vandalizada.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a estátua foi colocada em Trujillo, na região norte do Peru, no início do ano. Apesar das suas dimensões poderem provocar espanto, risos ou indignação, o monumento é uma representação fidedigna da cultura Moche pré-colombiana que nesta zona existiu entre 150 e 700 d.C.

Criada a partir de fibra de vidro vermelha, e simbolizando um totem de fertilidade desses tempos idos, a estátua, apesar do seu pendor cultural, já foi atacada por vândalos, que fizeram um buraco na zona do pénis e, alegadamente, dispararam tiros para o ar quando fugiram.

Esta mácula no monumento é o desenlace da tensa relação que tem causado: colocada junto de um sítio arqueológico, tem atraído muitos turistas, mas tem também provocado indignação junto de alguns membros da comunidade local, que a consideram ofensiva ou inapropriada para crianças.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a estátua foi colocada em Trujillo, na região norte do Peru, no início do ano. Apesar das suas dimensões poderem provocar espanto, risos ou indignação, o monumento é uma representação fidedigna da cultura Moche pré-colombiana que nesta zona existiu entre 150 e 700 d.C.

Criada a partir de fibra de vidro vermelha, e simbolizando um totem de fertilidade desses tempos idos, a estátua, apesar do seu pendor cultural, já foi atacada por vândalos, que fizeram um buraco na zona do pénis e, alegadamente, dispararam tiros para o ar quando fugiram.

Esta mácula no monumento é o desenlace da tensa relação que tem causado: colocada junto de um sítio arqueológico, tem atraído muitos turistas, mas tem também provocado indignação junto de alguns membros da comunidade local, que a consideram ofensiva ou inapropriada para crianças.

Arturo Fernández Bazán, governante do distrito de Moche, onde se localiza Trujillo, informou os meios de comunicação locais que "às duas da manhã, três criminosos encapuzados detiveram o segurança de serviço e apontaram-lhe uma faca ao pescoço para impedi-lo de chamar ajuda e dois deles danificaram o falo".

Apesar deste episódio, Fernández Bazán garante que não só se mantém irredutível na decisão de colocar a estátua no local, como vai espalhar mais trinta ao longo do circuito arqueológico para homenagear a cultura Moche — um terço deles vai representar atos eróticos ou nascimentos.

"Na nossa cultura Moche, este tipo de objetos de cerâmica não era considerados eróticos, mas sim representações divinas", explicou o governante.

A ministra da Cultura do Peru, Gisela Ortiz, já reagiu ao caso da estátua, comentando que "a ideia de que crianças não devem vê-la ou que é demasiado ofensiva pertence à era do obscurantismo".

"Nós, como peruanos, devíamos todos ter orgulho da nossa herança diversa, incluindo a sexual ou erótica, que é inerente aos seres humanos", disse ao The Guardian, adiantando que, apesar da violência contra o segurança ser injustificada, talvez seja necessário dar mais contexto da significância cultural da estátua para evitar futuras controvérsias.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/um-grande-problema-estatua-com-penis-de-largas-dimensoes-tem-atraido-tantos-turistas-quanto-vandalos-no-peru

(Estatua con un falo de más de un metro es nueva atracción turística de un pueblo peruano)


24/12/21

Mundo - A ilha de Piel, de 20 hectares, abriu concurso público para um novo “rei” — que terá que gerir o espaço e o pub da vila local, sem se deixar incomodar pela solidão.


«Procura-se: Rei / Gerente de Bar para uma ilha isolada em Inglaterra

A ilha de Piel, de 20 hectares, abriu concurso público para um novo “rei” — que terá que gerir o espaço e o pub da vila local, sem se deixar incomodar pela solidão.

Um conselho deu início a um dos processos de recrutamento mais caricatos do Reino Unido, ao procurar alguém para administrar o Ship Inn, na ilha de Piel, na costa de Barrow-in-Furness.

De acordo com o The Guardian, quem conseguir o lugar torna-se rei ou rainha do local, com um estatuto “mais ao menos” oficial, e terá de se sentar no trono, enquanto leva com cerveja em cima, de acordo com a cerimónia de coroação.

Os aspetos negativos do trabalho são o clima incerto, ou a solidão de viver num local tão remoto. Por outro lado, podem observar-se focas e pássaros, desfrutar de um pôr do sol deslumbrante e, para alguém com problemas de auto estima, pode sempre lembra-se que é um rei ou uma rainha.

John Murphy tem liderado passeios à ilha há quase 40 anos e refere que quem conseguir o trabalho tem de ser “extremamente dedicado”.

“Não se pode simplesmente ir a Tesco comer pão, quando se está na ilha de Piel”, explica. “É preciso ter dedicação e uma paixão pela solidão, pela paz e pelo sossego. É preciso ter uma personalidade específica”.

O Ship Inn está na ilha há mais de 200 anos e é possível lá chegar através de um ferry, que funciona entre abril e setembro, ou numa caminhada guiada pela areia. Para alguns, a magia está na história do local. Para outros está no pub.

Importância histórica da ilha

Foi construído um castelo na ilha, no início de 1300, pelos monges da Abadia de Furness, com o objetivo de afastar os invasores escoceses. O edifício encontra-se agora ao cuidado da English Heritage.

Frank Cassidy, conselheiro do Barrow Labour, notou que a ilha e o castelo foram testemunhas silenciosas de um evento significativo da história inglesa.

Em junho de 1487, Lambert Simnel, pretendente ao trono inglês de 10 anos, desembarcou na ilha, com um exército de 8.000 soldados, vindos da Irlanda, a caminho da batalha.

Dizia-se que Simnel era o verdadeiro Conde de Warwick, e o legítimo herdeiro do trono de Inglaterra.

Os soldados ainda marcharam em Londres, mas foram derrotados na Batalha de Stoke Field, em Nottinghamshire, a última da Guerra das Rosas.

Segundo Frank Cassidy, “foram esmagados”. “Mas se tivessem derrotado Henry VII, o resto da história inglesa teria sido bastante diferente“.

As pessoas vão agora à ilha para celebrar festas de aniversário ou para beber uns copos, antes de acamparem durante a noite.

“Mesmo que estejam de mau humor, as vistas de Piel são deslumbrantes“, explica John Murphy. “Já devo ter dormido em cima de cada folha daquela ilha, bêbedo ou sóbrio, e adoro-a”.

O que é pedido aos candidatos?

A Câmara Municipal de Barrow está a tentar recrutar um senhorio, com um contrato de arrendamento de 10 anos, a tempo da época alta, que começa em abril.

Um relatório dos membros do conselho de Barrow descreve Piel como um local único, sendo que “é preciso apreciar as limitações oferecidas pelo poder, tempo, acesso e localização, dentro de uma área de interesse científico”.

Para além de gerir o pub, o candidato selecionado terá de administrar a própria ilha. Quem estiver encarregue destas funções, é coroado “Rei de Piel”, numa cerimónia que envolve uma espada enferrujada, e termina com baldes de cerveja a serem despejados sobre a cabeça.

Ainda de acordo com a tradição, qualquer pessoa que se sente no trono voluntaria ou involuntariamente terá de pagar bebidas a todos os presentes.

A cidade de Barrow está rodeada de estaleiros navais, que constroem submarinos nucleares, e não é frequentemente considerada um destino turístico. Mas, de acordo com Murphy, isso tem vindo a mudar.

“Barrow está a registar um aumento do turismo, com visitantes que se apercebem  que estão apenas a 20 minutos da Região dos Lagos, e que o alojamento é metade do preço que pagam lá”, realça o atual Rei de Piel.

Murphy afirma que adora o seu trabalho mas que, com 73 anos, está demasiado velho para o manter. Inclusive já entregou a sua liderança nos passeios à ilha a “pernas mais jovens”, mas ainda pretende estar em Piel, a contar as suas histórias.

“Eu adoro a ilha de Piel incondicionalmente, bem como a paz da solidão. Também adoro o facto de Barrow ser uma cidade industrial e, no entanto, ter este pedaço de terra aqui ao lado, isolado, a uma distância que se faz num piscar de olhos”, conclui.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/procura-se-rei-gerente-de-bar-para-uma-ilha-isolada-em-inglaterra-452012

(Piel Island is the Tiny Kingdom with a Big Personality)

06/12/21

Mundo - Um tesouro de esmeraldas, rubis e safiras enterrado durante décadas num glaciar ao largo do Mont Blanc foi finalmente partilhado entre o montanhista que o descobriu e as autoridades locais, oito anos após terem sido encontrado, conta o The Guardian.


«Esmeraldas, rubis e safiras. Montanhista vai receber metade das pedras preciosas que encontrou em Mont Blanc

Pedras preciosas no valor de 300 mil euros foram encontradas em 2013, em Mont Blanc, por um montanhista. A descoberta foi partilhada entre o homem e as autoridades.

Um tesouro de esmeraldas, rubis e safiras enterrado durante décadas num glaciar ao largo do Mont Blanc foi finalmente partilhado entre o montanhista que o descobriu e as autoridades locais, oito anos após terem sido encontrado, conta o The Guardian.

O homem "tropeçou" nas pedras preciosas em 2013: tinham permanecido escondidas numa caixa metálica que estava a bordo de um avião indiano que se despenhou na paisagem desolada cerca de 50 anos antes. Dois aviões da Air India despenharam-se em Mont Blanc em 1950 e 1966.

"As pedras foram partilhadas esta semana" em dois lotes iguais avaliados em cerca de 150.000 euros cada, disse o presidente da câmara de Chamonix Eric Fournier.

Fournier mostrou-se "muito feliz" por os acontecimentos terem sido concluídos, em particular pelo montanhista, que elogiou pela sua "integridade" ao entregar a descoberta à polícia, como exigido por lei.

Depois de ser informado que lhe seriam dadas algumas das jóias no início deste ano, o montanhista disse ao jornal Le Parisien que não lamentava "ter sido honesto" e que usaria parte do dinheiro para renovar o seu apartamento.

As autoridades acreditam que as pedras preciosas terão provavelmente vindo do voo de 1966, que estava a caminho de Nova Iorque. O Boeing 707, voando de Bombaim, despenhou-se na face sudoeste de Mont Blanc a 24 de Janeiro. Ao longo dos anos, os alpinistas têm encontrado rotineiramente destroços, bagagem e restos humanos.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/esmeraldas-rubis-e-safiras-montanhista-vai-receber-metade-das-pedras-preciosas-que-encontrou-em-mont-blanc

(Mont Blanc | Chamonix - França)

21/08/21

Mundo - No deserto de Karakum no Turcomenistão, perto da pequena vila de Darvaza onde habitam cerca de 350 pessoas, existe um buraco com 70 metros de largura que está em chamas há mais de 50 anos.


«“Porta do Inferno”, a cratera gigante que arde há 50 anos no deserto

No deserto de Karakum no Turcomenistão, perto da pequena vila de Darvaza onde habitam cerca de 350 pessoas, existe um buraco com 70 metros de largura que está em chamas há mais de 50 anos.

Embora seja tecnicamente chamado Cratera Darvaza, os habitantes locais conhecem-no como “Porta do Inferno”. O seu brilho ardente pode ser visto a quilómetros de distância.

A cratera Darvaza foi criada em 1971 quando uma plataforma de perfuração soviética acidentalmente perfurou uma enorme caverna subterrânea de gás natural, causando o colapso do solo e a queda de toda a plataforma de perfuração. Tendo perfurado uma bolsa de gás, gases venenosos começaram a ser libertados em uma taxa alarmante.

Para evitar uma potencial catástrofe ambiental, os soviéticos incendiaram o buraco, imaginando que pararia de arder em algumas semanas. Décadas depois, o poço de fogo ainda está em chamas, contrariando as expectativas dos soviéticos.

Surpreendentemente, apesar do nome da cratera e das chamas sempre presentes, as pessoas vão ao deserto para visitar o local que se tornou turístico.» in https://greensavers.sapo.pt/porta-do-inferno-a-cratera-que-arde-ha-50-anos-no-deserto/

14/06/21

Mundo - Os navegadores polinésios podem ter sido os primeiros a chegar à Antártida, séculos antes dos exploradores ocidentais, que costumam ser considerados os descobridores do continente congelado - revela um novo estudo.


«QUEM DESCOBRIU A ANTÁRTIDA? TALVEZ NÃO TENHA SIDO O OCIDENTE

Os navegadores polinésios podem ter sido os primeiros a chegar à Antártida, séculos antes dos exploradores ocidentais, que costumam ser considerados os descobridores do continente congelado - revela um novo estudo.

Investigadores da Nova Zelândia avaliaram a chamada "literatura cinzenta", incluindo registos orais, peças de arte indígenas e fontes não académicas, à procura de ligações entre o povo maori e a Antártida.

"Quando se junta tudo, fica claro: há uma longa história de contato com a Antártida", afirmou Priscilla Wehi, do instituto governamental de investigação Manaaki Whenua.

"Descobrimos que os contatos com a Antártida e com as suas águas ocorreram há séculos, desde as primeiras viagens tradicionais e, depois, pela participação em viagens e explorações lideradas por europeus", explicou.

Os navegantes polinésios foram considerados entre os grandes velejadores da história, percorrendo grandes distâncias entre as ilhas do Pacífico com grande precisão.

Publicada na semana passada no Journal of the Royal Society of New Zealand, a investigação determinou que os polinésios chegaram à Antártida antes dos ocidentais, cujo registo é da década de 1820.

Segundo os investigadores, as primeiras viagens à Antártida são anteriores à chegada dos maori à Nova Zelândia, no século XIV.

"Encontramos narrativas polinésias de trajetos entre as ilhas que incluem viagens às águas da Antártida do (navegador maori) Hui Te Rangiora e a sua tripulação no navio 'Te Ivi' ou 'Atea', possivelmente no século VII", relatou Wehi.

O estudo acrescenta que gravuras e tecidos dos maori neozelandeses também indicam as primeiras explorações na Antártida.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/noticias-viajar/artigos/quem-descobriu-a-antartida-talvez-nao-tenha-sido-o-ocidente

(Fauna, história e ocupação do continente - Viagem à Antártica - EP08)

24/01/21

Mundo - No deserto do Saara, no noroeste da Argélia, nos arredores da cidade de Ain Sefra, as dunas de areia foram raiadas com cristais de gelo.


«Pela quarta vez em quase 50 anos, gelo cobriu o deserto do Saara

Na terça-feira passada, um dos lugares mais secos do mundo acordou com uma geada sobrenatural. Foi apenas a quarta vez em quase 50 anos.

No deserto do Saara, no noroeste da Argélia, nos arredores da cidade de Ain Sefra, as dunas de areia foram raiadas com cristais de gelo. O fotógrafo local Karim Bouchetata registou o clima incomum em fotografias e vídeos que, desde então, chegaram às manchetes em todo o mundo.

Ain Sefra fica cerca de 1.000 metros acima do nível do mar e é cercada pelas Montanhas Atlas, perto da fronteira entre a Argélia e o Marrocos. Enquanto as temperaturas do verão na região regularmente sobem acima de 38 graus Celsius, a média dos dias de janeiro é de 14ºC, de acordo com a Sky News.

A exibição de geada na terça-feira passada seguiu-se a uma rara noite de temperaturas de -3°C.

A acumulação de neve e gelo no norte do Saara é incomum, mas não sem precedentes. O gela desta terça-feira marca a quarta vez em 42 anos que Ain Sefra viu neve, com ocorrências anteriores em 1979, 2016 e 2018.

As quedas de neve anteriores foram muito mais pesadas do que a exibição desta semana. Em 2018, algumas áreas do noroeste da Argélia viram até 40 centímetros de neve, enquanto a nevão de 2016 despejou mais de um metro em determinadas regiões, segundo o LiveScience.

O Saara é o maior deserto quente do mundo, estendendo-se por mais de 8,6 milhões de quilómetros quadrados através do norte da África entre o Oceano Atlântico e o Mar Vermelho.

O Saara tem muito mais probabilidade de ver nevões em altitudes mais elevadas, como nas montanhas do Atlas, segundo explica um comunicado da NASA após a queda de neve de 2018, que foi visível do Espaço. O lado marroquino das Montanhas Atlas também viu nevões substanciais em 2005 e 2012, de acordo com a NASA.

Maria Campos, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/pela-quarta-vez-50-anos-gelo-cobriu-deserto-do-saara-374889

(Ice blankets the Sahara desert while snow falls in Saudi Arabia where temperature has dropped to -2C)

17/08/20

Meteorologia - Informações preliminares registam 54,4ºC em Death Valley [Vale da Morte], na Califórnia.

 «Temperaturas em Death Valley ultrapassam os 54ºC. Investigadores dizem que pode ser o valor mais alto de sempre

Informações preliminares registam 54,4ºC em Death Valley [Vale da Morte], na Califórnia. Esta será a temperatura mais alta registada no mês de agosto, sendo apenas superada pelas temperaturas no mesmo local em julho de 1913. Contudo, os investigadores referem que a atual medição é a mais confiável, podendo portanto ficar com o recorde.

Segundo o The Guardian, alguns observadores acreditam que esta possa ser a leitura mais quente já registada de forma confiável em todo o planeta. Em 1913 foi registada uma leitura no Vale da Morte de 56,7ºC e os investigadores têm vindo a descartar vários recordes ao longo dos anos, como a temperatura de 58ºC registada na Líbia, em setembro de 1922, ou os 55ºC  em Kebili, na Tunísia, em 1931.

Até agora, as dúvidas apontadas dizem respeito a erro humano, problemas com o tipo de termómetro utilizado e inconsistências com outras temperaturas na região. Christopher Burt, do serviço meteorológico privado dos Estados Unidos e que levou à investigação dos registos da Líbia, também contestou a legitimidade das leituras do Vale da Morte de 1913, dizendo que estas eram "essencialmente impossíveis de uma perspectiva meteorológica".

Agora, um comunicado divulgado pela Iowa State University explica que foi utilizado um sistema de observação automatizado para esta medição no Vale da Morte, sendo ainda necessário confirmar os dados — recorrendo a várias informações cruzadas para garantir o melhor resultado.

Nesta leitura preliminar, foram registados 54,4ºC, de acordo com a estação meteorológica do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, situada em Furnace Creek, perto da fronteira com Nevada. O pico da temperatura foi atingido às 15h41 de domingo, 16 de agosto.

Randy Cerveny, da Universidade do Arizona, refere que até agora tudo indica que os dados sejam confiáveis. "Tudo o que vi até agora indica que é uma observação legítima", frisou.

Bob Henson, um meteorologista americano, defende também os novos dados. "É bem possível que o pico do Vale da Morte tenha estabelecido um novo recorde global de calor. A natureza extrema do padrão climático circundante torna esta leitura plausível, portanto o caso merece uma análise sólida", explicou.

"Existem questões incómodas sobre a validade de relatórios ainda mais quentes do Vale da Morte em 1913 e também da Tunísia em 1931. O que podemos dizer, com grande confiança é que, se confirmado, esta é a temperatura mais alta observada na Terra em quase um século".» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/temperaturas-em-death-valley-ultrapassam-os-54oc-investigadores-dizem-que-pode-ser-o-valor-mais-alto-de-sempre

(Do céu ao inferno no Vale da Morte - Califórnia)

05/06/20

Mundo - Aiuruoca, um município pequeno com pouco mais de seis mil habitantes, está localizado na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais.





«AIURUOCA, UM "PEDAÇO" DO PARAÍSO NA TERRA

É uma pequena cidade, do Estado de Minas Gerais, com cascatas, rios, vales e muitos trilhos para percorrer. São muitas as belezas naturais que ainda não foram descobertas pelo turismo de massas.

Aiuruoca, um município pequeno com pouco mais de seis mil habitantes, está localizado na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais. Deve o seu nome a uma palavra de origem Tupi (Ajuruoka) que traduz Ajuru como ”papagaio” e Oka como “casa”, ou seja, “Casa de Papagaio”.

A Pracinha é o local de encontro da população, sempre animada pela música dos diversos bares e restaurantes da cidade.  Também é aqui que celebra o Carnaval, o aniversário da cidade ou festas religiosas.

A produção de queijos de qualidade é tradição na cidade, principalmente com a chegada de imigrantes dinamarqueses no início do século XX, que introduziram os seus conhecimentos sobre laticínios na cultura local. Pelas mãos dos dinamarqueses, surgiu o queijo Prato, um tipo de queijo macio, de massa prensada, com coloração amarela, sabor suave e textura semelhante à do queijo Danbo, tradicional da Dinamarca.

Onde dormir?

Fazenda São Pedro, Bairro Do Capão Redondo, s/nº - Capão Redondo

Mandala das Águas, Estrada Para Matutu - Km.16 - Vale do Matutu

Pousada Pe Da Pedra, Rua Cel Osvaldo, 2-62, Aiuruoca

Pousada Alquimia, Rodovia Aiuruoca – Angay Pequeno, Aiuruoca

Pousada Nave da Esperança, Rua Felipe Senador, 704, Aiuruoca

Pousada Dois Irmãos, Rua Coronel Oswaldo, 204 – Centro, Aiuruoca

Hotel Carmo, Centro, Aiuruoca

Onde comer?

Lanchonete Aiuruoca, Av. Cel. José Justiniano

Lanchonete Capri, Praca Monsenhor Nagel

Restaurante Central, Praca Dom Senhor Nagel

Bar do Norato, Rua 21 De Abril

Como chegar?

De avião

O aeroporto mais próximo é o de Juiz de Fora, a 191 quilômetros (acesso pela BR-040 e BR-267)

De carro

Vindo de Belo Horizonte (416 km) - acesso pela BR-040 e BR-267

Rio de Janeiro (329 km) - acesso pela BR-040 e BR-267

São Paulo (368 km) - acesso pela BR-381 e BR-267

Caxambu (43 km) - acesso pela BR-267

5 locais que tem mesmo de visitar

Vale do Matutu. Aqui há uma placa que convida à reflexão. "Existem locais no planeta que merecem ser reverenciados por sua beleza, quietude e acolhimento natural". De facto, a comunidade local  é praticamente auto-sustentável e produz mel, verduras, frutas, queijo e pães. Situado a 17 quilómetros do centro da cidade, encontram-se cascatas, pequenos rios e muitos trilhos para percorrer.

Pico do Papagaio

Caminhada com 7 horas de duração (Ida e Volta) dentro do Parque Estadual da Serra do Papagaio. Aconselhável levar água, lanche, e uma peça de vestuário para o frio. Chegando ao cume o visitante tem uma visão de 360 graus da região e está a uma altitude de 2100 metros. O Pico do Papagaio é a principal atração turística de Aiuruoca.

Vale dos Garcias

Aqui pode conhecer lindas cascatas, poços e piscinas naturais. Caminhar pelo vale dos Garcias é desfrutar de uma paisagem de cortar a respiração. Encontram-se vários miradouros para apreciar a vista da região.

Lage e Bananal

Este é um roteiro rápido e fácil para qualquer pessoa, ideal para meio dia de visita, que passa por cascatas e fazendas antigas.

Cachoeira Deus me Livre

Uma caminhada de 20 minutos leva-o a três quedas de água com 15 metros de altura. O nome da cascata vem da temperatura da água, que é extremamente baixa. É cercada por mata por ambos os lados e existem inúmeras espécies vegetais. As três quedas de águas são propícias para nadar e mergulhar.» in https://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-mundo/artigos/aiuruoca-um-pedaco-do-paraiso-na-terra

(O QUE FAZER EM AIURUOCA MG - CACHOEIRA DOS GARCIAS - VLOG)

09/05/20

Mundo - Imagens fabulosas do Sul de Inglaterra que os meus queridos amigos, Beth e Peter, amavelmente me enviaram, nesta Primavera.


(A Primavera cada vez melhor a norte, mais um reflexo do aquecimento global, ou talvez não... créditos das fotografias e vídeo, Peter Broad e Elisabeth Coelho Broad)

«Este casal meu amigo, Peter Broad e Elisabete Coelho Broad (Filha do Sr. Pinto Coelho, de Gatão, Amarante), vivem em Faversham (cidade medieval e com mercado aberto desde esses tempos), no condado de Kent. Situa-se a 15 minutos de carro de Canterbury, onde está a famosa catedral e sede do arcebispado da Igreja Anglicana.)


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