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22/09/23

História e Arqueologia - Arqueólogos fizeram uma descoberta notável na Gruta de La Pasiega, situada no norte de Espanha, revelando pinturas de animais do Paleolítico que remontam a dezenas de milhares de anos.



«Cientistas transformaram arte rupestre em 3D e descobriram algo inesperado

Arqueólogos fizeram uma descoberta notável na Gruta de La Pasiega, situada no norte de Espanha, revelando pinturas de animais do Paleolítico que remontam a dezenas de milhares de anos.

Anteriormente consideradas bidimensionais, estas obras de arte antigas foram agora reveladas em toda a sua glória tridimensional, utilizando uma técnica fotográfica inovadora.

A Caverna de La Pasiega tem mais de 700 pinturas nas suas paredes, originalmente descobertas por antropólogos em 1911. No entanto, só recentemente é que os cientistas se aperceberam que os artistas tinham incorporado os contornos naturais, as saliências, as depressões e as fendas das paredes da gruta nas suas criações, que são praticamente impossíveis de apreciar em duas dimensões.

Para tal, a equipa de investigadores utilizou uma técnica chamada fotografia estereoscópica, que utiliza duas imagens separadas para criar um efeito 3D.

“Os artistas jogavam com as luzes e sombras produzidas pelos volumes das paredes das grutas”, explicou Raquel Asiain, autora principal do estudo, citada pela Insider. Por exemplo, a formação natural de uma rocha pode definir o peito de um cavalo, um pormenor que passaria despercebido pelos desenhos ou esboços tradicionais em 2D.

Quando os cientistas viram os desenhos antigos em 3D, descobriram três novas figuras nas paredes das grutas que tinham escapado a observações anteriores. Entre estas figuras recém-descobertas estavam representações de dois cavalos e de uma espécie de gado extinta conhecida como auroque.

“Estas figuras estiveram sempre lá, mas possivelmente a forma de as estudar manteve-as escondidas”, sublinhou Asiain.

A revelação mais surpreendente desta descoberta foi a evolução das técnicas dos artistas ao longo do tempo. Os desenhos mais recentes incorporaram as características naturais da rocha de forma mais extensiva, exigindo apenas algumas linhas adicionais pintadas para capturar os contornos dos animais.

Embora as mensagens ou os objetivos exatos destes desenhos permaneçam um mistério, Asiain acredita que os artistas eram movidos por uma busca de beleza nas suas criações. Os resultados do estudo foram publicados em agosto na revista científica Antiquity.» in https://zap.aeiou.pt/arte-rupestre-3d-algo-inesperado-556600

(Arte rupestre paleolítico en la Región - Cantábrica -La Cueva de La Pasiega, Cantabria)

#história    #arqueologia    #paleolítico    #espanha    #grutadelapasiega

#arte    #pintura    #raquelasiain

13/06/23

História e Arqueologia - Um instrumento medieval fálico, construído em pedra, foi encontrado nas ruínas medievais espanholas da Torre de Meira, localizada em Moanha, município em Pontevedra, Galiza.



«Pénis de pedra medieval encontrado na Galiza tinha violentas intenções

Com 15,24 centímetros, o objeto encontrado entre outros artefactos de olaria levantou a curiosidade dos arqueólogos por uma singularidade especial — a sua forma é, claramente, fálica.

Um instrumento medieval fálico, construído em pedra, foi encontrado nas ruínas medievais espanholas da Torre de Meira, localizada em Moanha, município em Pontevedra, Galiza.

A descoberta é especialmente interessante, uma vez que o simbolismo fálico, apesar de ser constante entre os artefactos pré-históricos, é muito menos frequente na época medieval.

Depois de repararem num padrão distinto de desgaste num dos lados da pedra fálica, os arqueólogos perceberam que a mesma seria usada durante as Guerras Irmandinhas para… afiar as armas.

As escavações, lideradas pelo grupo Árbore Arqueoloxía e Restauración S. Coop. Galega, começaram há três anos e já restauraram a Torre de Meira — uma entre 130 fortalezas medievais destruídas durante as Guerras Irmandinhas, que viram os camponeses revoltarem-se contra a nobreza galega.

Apesar de suporem o propósito do pénis de pedra, os investigadores não percebem ainda o seu significado simbólico, mas dizem que pode ter uma relação com a guerra, dada a sua proximidade da Torre de Meira.

“Materializa a associação simbólica entre a violência, as armas e a masculinidade. Uma associação que sabemos que existia na Idade Média e que está atualmente presente na nossa cultura”, afima o arqueólogo da Árbore Arqueoloxía, Darío Peña, à Hyperallergic.

Tomás Guimarães, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/penis-de-pedra-medieval-encontrado-na-galiza-tinha-violentas-intencoes-540703


#história    #arqueologia    #espanha    #moanha    #pontevedra    #galiza

20/03/23

História - As pedras de Carnac são a maior coleção de megálitos antigos do mundo, estando espalhadas por uma área de cerca de 3 quilómetros.


«As pedras de Carnac, em França, são maiores, mais velhas e mais estranhas que Stonehenge

As pedras de Carnac são a maior coleção de megálitos antigos do mundo, estando espalhadas por uma área de cerca de 3 quilómetros.

As pedras de Carnac têm servido de inspiração para histórias e mitos durante milhares de anos. Ao longo da costa sul da Bretanha, no noroeste de França, um campo despretensioso está repleto de cerca de 3.000 antigos megálitos. No entanto, o seu propósito permanece desconhecido.

As pedras de Carnac foram provavelmente colocadas durante a era Neolítica, antes do advento da agricultura na região. Estima-se que datem de 4500 a.C., mas que foram movidas para o campo na região de Carnac por volta de 3300 a.C. As duas datas tornam-nas mais antigas que Stonehenge, no sul de Inglaterra, que se pensa ter sido construído entre 3000 a.C. e 2000 a.C, em múltiplas fases.

As pedras de Carnac são a maior coleção de megalíticos antigos do mundo, estando espalhadas por uma área de cerca de 3 quilómetros.

De acordo com o IFL Science maioria é esculpida em granito retirado do local, mas algumas parecem ter sido obtidas em pedreiras no leste de Le Manio, a cerca de 40 quilómetros de distância. A confirmar-se a teoria, trata-se de um feito notável, já que tal transporte teve de ocorrer há mais de 6.000 anos.

Embora muitas das pedras tenham sido colocadas de forma repetitiva e ordenada, não são uniformes e podem ser divididas em várias categorias diferentes com base na sua forma e alinhamento, conhecidas como Le Ménec, Kermario, e Kerlescan.

Desde o início do século XIX, as pedras de Carnac têm sido descritas como um “templo” que provavelmente teve algum significado espiritual. Houve até tentativas de provar que as pedras são colocadas para se alinharem com as estrelas e planetas, mas estas hipóteses caíram por terra. Ainda hoje, não existe uma teoria amplamente aceite sobre o seu propósito.

Ao longo dos séculos, vários mitos rodearam as pedras: um conto dizia que as pedras eram soldados pagãos que tinham sido transformadas em pedra pelo Papa Cornelius, enquanto uma outra lenda dizia que eram uma legião romana que Merlin, o feiticeiro, lançou em pedra.

“Há muitas teorias interessantes, algumas com exemplos que parecem encaixar em certas circunstâncias, mas há sempre mais para as refutar do que para as provar“, disse Olivier Agogué, o administrador do local, à BBC em Setembro de 2022.

“Os alinhamentos de Carnac não são rectos, vagueiam e seguem uma crista que separa a planície costeira do mundo interior, terrestre, provavelmente fazendo um papel de fronteira simbólica entre os dois ambientes. Evidentemente, não impediu que as pessoas passassem entre eles, mas marca uma separação geográfica entre a terra e o mar que não é aleatória. Mas, o seu significado cerimonial ou religioso está livre para interpretação“, acrescentou ele.

ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/as-pedras-de-carnac-em-franca-sao-maiores-mais-velhas-e-mais-estranhas-que-stonehenge-526846

(Ancient Aliens: Carnac Stones Baffle Archaeologists (Season 9) | History)

#frança   #carnac     #história    #pedrasdecarnac    #mégalito

28/11/22

História e Arqueologia - Ao que contrário do que muitos pensam, a mumificação dos antigos egípcios não servia para conservar os corpos, mas sim para encaminhá-los para o divino.


«Afinal, mumificação não servia para conservar os corpos

Ao que contrário do que muitos pensam, a mumificação dos antigos egípcios não servia para conservar os corpos, mas sim para encaminhá-los para o divino.

Se pensa que o processo de mumificação servia para conservar os corpos, não se surpreenda. Este também era o entendimento de vários egiptólogos coloniais. No entanto, novas evidências sugerem que este não era o objetivo da mumificação, mas sim direcionar o corpo rumo à divindade.

Investigadores do Manchester Museum, em Inglaterra, destacam este equívoco comum como parte dos preparativos para uma exposição que será inaugurada no próximo ano.

Segundo o The Guardian, os especialistas argumentam que a técnica era usada para transformar os mortos para uma forma que os deuses aceitassem.

“A ideia que herdamos dos vitorianos, de que tudo foi feito para manter um cadáver como era em vida, não está certa”, disse o conceituado egiptólogo Campbell Price, citado pelo jornal inglês. “É errado, e agora acreditamos que foi destinado a orientá-los para a divindade”.

“É um grande 180”, acrescenta Price, em declarações à Live Science. O próprio explica que os investigadores vitorianos ficaram com esta ideia porque os antigos egípcios preservavam os mortos de forma semelhante à forma como preservavam peixe — usando um ingrediente em comum: o sal.

No entanto, a substância salgada usada na altura diferia do sal usado para preservar o peixe fresco. Os antigos egípcios usavam natrão, um mineral que era abundante nos leitos dos lagos perto do Nilo.

“Também sabemos que o natrão era usado em rituais de templos” e em “estátuas de deuses”, disse Price. “Era usado para limpeza”.

“Veja o incenso e a mirra — eles estão na história cristã de Jesus e foram presentes dos três reis magos”, disse Price. “Na história egípcia antiga, descobrimos que eles também eram presentes apropriados para um deus”, acrescentou.

ZAP//» in https://zap.aeiou.pt/mumificacao-nao-servia-conservar-509616

#história    #arqueologia    #egipto    #mumificação

10/11/22

História Arqueologia - “Que esta presa arranque os piolhos do cabelo e da barba.” - é esta a frase que foi encontrada num pente de marfim, na cidade de Laquis.




«A frase mais antiga de sempre, num pente para piolhos, no alfabeto mais antigo do Mundo

“Que esta presa arranque os piolhos do cabelo e da barba.” É esta a frase que foi encontrada num pente de marfim, na cidade de Laquis. As análises concluíram que a escrita gravada no pente era de origem cananeia, o alfabeto mais antigo, inventado há cerca de 3800 anos.

Acredita-se que esta seja a frase mais antiga do mundo. Desenterrado em Laquis, a segunda cidade mais importante do Reino de Judá, localizada a 40 quilómetros a sudoeste de Jerusalém, o pente sugere que os humanos já sofriam com os piolhos há milhares de anos e mesmo as pessoas mais ricas não escapavam ao problema.

“A inscrição é muito humana”, disse ao Guardian Yosef Garfinkel, arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém, que ajudou nas escavações em Laquis. “Com o pente temos o desejo de destruir os piolhos no cabelo e na barba. Hoje em dia temos os ‘sprays’, remédios e venenos modernos. Antigamente eles não tinham isso”.

O jornal britânico conta que o pente, que tem 3,5 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de largura, foi descoberto no local, em 2017, mas as gravuras na superfície só foram encontradas em dezembro do ano passado. A análise confirmou que a escrita é de origem cananeia.

Os investigadores não conseguiram identificar a idade do pente, mas acreditam que tenha sido produzido por volta de 1700 a.C.. Aquilo que resta do pente mostra que o objeto já teve, de um dos lados, seis dentes amplamente espaçados para remover emaranhados de cabelo e, do outro lado, 14 dentes para remover piolhos.

As análises ao microscópio permitiram ainda descobrir meio milímetro de piolhos, algo que ajudou os cientistas a perceber para que servia o pente. Os pentes antigos eram feitos de madeira, osso e marfim, sendo este último considerado um material caro, que apenas pertencia aos mais ricos.

Segundo o Guardian, os primeiros sistemas de escrita do mundo tiveram origem na Mesopotâmia e no Egito, por volta de 3200 a.C., e baseavam-se em centenas de sinais diferentes para representar palavras ou sílabas.

Já o alfabeto mais antigo foi inventado em 1800 a.C. por pessoas de língua semítica, que estavam familiarizadas com o sistema de escrita egípcia. Conhecido como cananeu ou alfabeto primitivo, foi usado durante centenas de anos, particularmente no Levante, e padronizado pelos fenícios no Líbano antigo. Mais tarde, tornou-se a base do grego antigo, do latim e da maioria das línguas modernas na Europa atual.

“O facto de esta inscrição ser sobre a vida comum é especialmente fascinante”, disse Christopher Rollston, professor de línguas semíticas do noroeste da Universidade George Washington, nos Estados Unidos (EUA).» in https://zap.aeiou.pt/frase-antiga-sempre-alfabeto-mundo-507096

#história    #arqueologia    #jerusálem    #laquis    #cananeia

03/08/22

História Arqueologia - Durante o mês de julho foram realizadas escavações arqueológicas no Monte de São Cornélio, que confirmaram a ocupação humana deste elevado relevo durante a Proto-história, tendo os resultados excedido as expectativas, uma vez que se identificaram e escavaram três núcleos habitacionais em distintos socalcos do monte.


«Sabugal: Escavações Arqueológicas no Monte de São Cornélio revelam núcleos habitacionais 
3 de Agosto de 2022      

Durante o mês de julho foram realizadas escavações arqueológicas no Monte de São Cornélio, que confirmaram a ocupação humana deste elevado relevo durante a Proto-história, tendo os resultados excedido as expectativas, uma vez que se identificaram e escavaram três núcleos habitacionais em distintos socalcos do monte.

Prospeções desenvolvidas em simultâneo permitiram a identificação de mais núcleos habitacionais que só trabalhos arqueológicos futuros permitirão conhecer melhor.

Os materiais escolhidos vão agora ser catalogados, analisados e estudados, destacando-se um vaso muito completo que exigirá restauro em laboratório de conservação e restauro adequado.

Os dados preliminares apontam para uma cronologia mais específica de meados do I milénio a.C., o período denominado como a Idade do Ferro.

Estas escavações arqueológicas surgem no decorrer do protocolo entre a Câmara Municipal do Sabugal e a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sob coordenação de Marcos Osório e Paulo Pernadas, Arqueólogos Municipais, e de Raquel Vilaça, Professora da Faculdade de Letras, tendo este campo de trabalho contado com a participação de nove estudantes de Arqueologia daquela Faculdade.

O estudo do sítio e da sua ocupação terá também expressão em estudos académicos no âmbito das licenciaturas de Arqueologia e do mestrado de Arqueologia e Território no próximo ano letivo.

Os respetivos trabalhos inscrevem-se no estudo do território do Município do Sabugal que, desde há largos anos, tem vindo a ser desenvolvido, havendo dados e materiais que permitirão proximamente ser expostos e apresentados publicamente em exposição no Museu.

Vítor Proença, Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, enalteceu a importância destes trabalhos e da parceria com a Faculdade de Letras para o conhecimento e preservação do rico e vasto património arqueológico municipal.

Também Marcos Osório e Raquel Vilaça realçaram os bons resultados que têm sido alcançados nas várias campanhas de escavações arqueológicas realizadas no concelho do Sabugal e a relevância da componente prática na formação académica dos estudantes.

Ainda neste âmbito, de destacar que no site do Município está disponível para consulta a Carta Arqueológica (https://www.cm-sabugal.pt/…/sobre-o…/carta-arqueologica/), com informações referentes aos sítios arqueológicos de cada freguesia, que se encontravam na Base de Dados Municipal.» in https://maisbeiras.sapo.pt/sabugal-escavacoes-arqueologicas-no-monte-de-sao-cornelio-revelam-nucleos-habitacionais

(ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS NO MONTE DE SÃO CORNÉLIO)

21/06/22

História e Arqueologia - Ainda há muito por descobrir sobre a histórica batalha de Waterloo, que pôs fim ao Império Francês de Napoleão e foi uma das mais sangrentas de sempre, tendo 50 mil soldados sido mortos, feridos ou capturados.



«Há uma nova hipótese que explica o desaparecimento dos corpos na batalha de Waterloo

O uso das ossadas humanas para a produção de fertilizantes era comum na época e um novo estudo sugere que as sepulturas das vítimas da batalha podem ter sido saqueadas para este efeito.

Ainda há muito por descobrir sobre a histórica batalha de Waterloo, que pôs fim ao Império Francês de Napoleão e foi uma das mais sangrentas de sempre, tendo 50 mil soldados sido mortos, feridos ou capturados.

Apesar de toda esta carnificina, apenas um esqueleto completo de um soldado que sucumbiu na batalha foi encontrado até aos dias de hoje. O que aconteceu aos restantes? Um novo estudo publicado na Journal of Conflitc Archaeology procurou responder a esta pergunta.

A pesquisa baseou-se nos registos escritos e na arte criada pelos primeiros visitantes, que indicam que os soldados mortos foram enterrados em enormes valas comuns, cada uma com milhares de corpos, revela a Discover.

“Os corpos dos mortos foram claramente depositados em várias localizações pelo campo de batalha, pelo que é um tanto surpreendente que não exista um registo credível de alguma vez ter sido encontrada uma enorme sepultura”, revela Tony Pollard, autor do estudo e diretor do Centro da Arqueologia de Batalhas da Universidade de Glasgow.

O investigador decidiu assim reunir as notícias de jornais a época para mostrar que era comum que as pessoas saqueassem os corpos e ossos humanos para criarem fertilizantes. “Os campos de batalha europeus podem ter sido uma fonte conveniente de ossos que podem ser moídos para fazer farinha de ossos, que são uma forma eficaz de fertilizante”, revela.

“Muitos iam para roubar os pertences dos mortos, alguns até roubavam os dentes para fazerem dentaduras, enquanto outros iam simplesmente para verem o que tinha acontecido. É provável que o agente de um fornecedor de ossos aparecesse no campo de batalha com expectativas altas de assegurarem o seu prémio”.

Posto isto, o especialista acredita que os corpos terão desaparecido por terem sido roubados para a criação de fertilizantes. No entanto, Pollard joga à defesa e lembra que ainda não há provas diretas nas sepulturas que indiquem isto.

“O próximo passo é voltar a Waterloo, tentar encontrar os sítios das sepulturas indicados nos testemunhos dos primeiros visitantes. Se os restos mortais humanos tiverem sido removidos na escala proposta aqui, deve existir, pelo menos em alguns casos, provas arqueológicas das covas de onde foram tirados”, remata.» in https://zap.aeiou.pt/corpos-desaparecidos-batalha-waterloo-484670

(Batalha de Waterloo 200 anos: História, dicas e polêmicas)

Batalha de Waterloo - Guerras Napoleónicas - (Animada)


#historia    #arqueologia    #batalhadewaterloo     #napoleão     #final    #império

19/04/22

História - Pressionada contra um muro num corredor da Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, estava um antigo altar que se estima ser de 1149.


«Antigo altar (re)descoberto numa Igreja do Santo Sepulcro

Pressionada contra um muro num corredor da Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, estava um antigo altar que se estima ser de 1149.

A pedra de 2,5 por 1,5 metros revelou-se muito mais preciosa quando o seu outro lado foi exposto durante recentes renovações na igreja, o local tradicional da crucificação e sepultamento de Jesus, segundo a CNN.

Os investigadores acreditam que os elaborados ornamentos que encontraram na parte escondida da laje, indicam que foi outrora a frente decorada de um altar-mor medieval, que há séculos se orgulhava do seu lugar, num dos locais mais sagrados do cristianismo.

“Não se pode vê-lo agora, mas originalmente estava incrustado com pedaços de mármore precioso e pedaços de vidro”, disse Amit Re’em, arqueólogo de Jerusalém, que trabalha para a Autoridade das Antiguidades de Israel.

“Era brilhante e era um artefacto realmente espantoso”, notou Re’em, que conduziu a investigação com Ilya Berkovich, da Academia Austríaca de Ciências.

Os especialistas identificaram o método de decoração único como “Cosmatesque”, que combina arte clássica, bizantina e islâmica primitiva, na qual são usados azulejos de mármore colorido, cortados para preencher gravuras circulares na pedra.

“Estava no ápice, no santuário da Igreja (do Santo Sepulcro)”, afirmou Re’em.

“Todos os olhos dos crentes, dos peregrinos, (foram) para este objeto”.

E mesmo acima dele e à sua volta, todos os sumos sacerdotes, os sacerdotes e os monges da igreja fizeram toda a liturgia, a liturgia principal da igreja, sobre a mesa, aqui mesmo, sobre a mesa deste altar“, acrescentou ainda.

Foram encontrados altares decorados de forma semelhante dentro das igrejas de Roma dos séculos XII e XIII, explicaram os investigadores.

A laje de pedra foi recentemente virada ao contrário durante as renovações e o seu significado foi (re)descoberto.

Os arqueólogos acreditam que a relíquia em Jerusalém corresponde a descobertas arqueológicas do passado e aos relatos dos peregrinos sobre a consagração da igreja pelos Cruzados e sobre a formação do seu altar principal em 1149.

O altar foi utilizado pelo clero católico para celebrar a missa, até os Cruzados deixarem Jerusalém, realçou Re’em.

Posteriormente, foi utilizado pela igreja ortodoxa grega até ser danificado num incêndio em 1808, posto de lado e esquecido até às recentes renovações.

O Arcebispo Aristarcos de Constantina, o secretário principal do Patriarcado Ortodoxo Grego de Jerusalém, saudou a descoberta na igreja.

“Obras de pessoas de arte, pessoas de arqueologia, contribuem para nós, contribuem para a crença da igreja, para a convicção da igreja, de que este é o lugar no qual Jesus Cristo foi crucificado, enterrado e no qual ele ressuscitou“, referiu o Arcebispo, em declarações à Reuters.

As descobertas dos investigadores deverão ser publicadas até ao final do ano, pela Sociedade de Exploração de Israel.» in https://zap.aeiou.pt/antigo-altar-redescoberto-numa-igreja-do-santo-sepulcro-473637

#historia

#religiao

18/03/22

História Arqueologia - Quando os grandes mamíferos diminuíram em número, os Neandertais tiveram dificuldades em caçar coelhos, possivelmente levando à sua extinção na Península Ibérica.


«Coelhos podem ter levado à extinção dos Neandertais na Península Ibérica

Quando os grandes mamíferos diminuíram em número, os Neandertais tiveram dificuldades em caçar coelhos, possivelmente levando à sua extinção na Península Ibérica.

Há 40 mil anos, na Europa, o Homo sapiens não era a única espécie humana. Havia pelo menos outras três, entre elas os Neandertais. Eventualmente, a espécie foi levada à extinção, havendo várias razões e teorias que podem explicar o seu desaparecimento do continente europeu.

Uma hipótese sugere que a sua incapacidade de se adaptar à caça de pequenos animais — quando os grandes mamíferos diminuíram em número — desempenhou um papel preponderante na sua extinção, escreve o Ancient-Origins.

Esta teoria foi desenvolvida num estudo publicado em 2013 na revista científica Journal of Human Evolution, que se focou no desaparecimentos dos Neandertais da Península Ibérica.

Os cientistas concluíram que o que tramou os Neandertais foi o facto de estes não conseguirem caçar coelhos com sucesso. Os humanos modernos que chegaram à Península Ibérica não tiveram os mesmos problemas, prosperando com a carne mais disponível na região.

Os Neandertais alimentavam-se maioritariamente de mamutes e rinocerontes. O problema surgiu quando as populações destes animais de grande porte começaram a diminuir significativamente em número.

Isto possivelmente aconteceu quando humanos migraram para a Ibéria e juntaram-se aos Neandertais a caçar estes animais. Alterações climáticas também podem ter justificado a diminuição das populações destas espécies.

“A alta dependência da caça e consumo de grandes mamíferos por alguns hominídeos pode ter limitado a sua sobrevivência, uma vez que a sua presa preferida tornou-se escassa ou desapareceu”, escreveram os autores do estudo de 2013. “A adaptação a presas residuais mais pequenas teria sido essencial depois de muitas espécies de grande porte diminuírem em número”.

Depósitos de ossos de animais encontrados em antigos sítios arqueológicos Neandertais na Península Ibérica mostram que, embora a caça ao coelho não fosse inédita, era muito rara, uma vez que não atendia às necessidades calóricas diárias dos Neandertais.

Eventualmente, a espécie de humanos desapareceu da Península Ibérica, entre 30.000 e 40.000 anos atrás.

Como tal, os investigadores sugerem que caso os Neandertais tivessem conseguido fazer uma transição na sua dieta, de forma a incluir o consumo de coelho, talvez tivesse sobrevivido durante mais tempo na Península Ibérica.» in https://zap.aeiou.pt/coelhos-extincao-neandertais-iberia-467510

(Por que os NEANDERTAIS DESAPARECERAM?)

01/03/22

História e Arqueologia - As calças mais antigas do mundo, com mais de 3 mil anos de idade, têm técnicas usadas ainda hoje na indústria da moda.


«As calças mais antigas do mundo usavam técnicas da moda atual

As calças mais antigas do mundo, com mais de 3 mil anos de idade, têm técnicas usadas ainda hoje na indústria da moda.

O par de calças mais antigo do mundo foi feito entre 3.000 e 3.300 anos atrás e foi descoberto na China em 2014. Desde então foram alvo de vários estudos, que procuravam entender quais técnicas têxteis e de tecelagem foram utilizadas para a sua preservação.

Agora, um novo estudo foi publicado na revista científica Archaeological Research in Asia. Os autores descobriram que foram empregados três técnicas têxteis distintas neste par de calças milenar, algumas das quais ainda são usadas nos dias de hoje.

“Uma diversidade de técnicas e padrões têxteis de diferentes origens, tradições e épocas locais fundiram-se em algo novo nesta peça”, disse o autor principal Mayke Wagner ao Science News.

“A Ásia Central Oriental foi um laboratório onde pessoas, plantas, animais, conhecimentos e experiências de diferentes direções e fontes vieram… e foram transformados”, acrescentou.

As calças foram encontradas numa múmia de um túmulo na bacia do Tarim, na China. Como homens e mulheres usavam principalmente saias e capas, sugeriu-se a possibilidade de as calças serem usadas para cavalgar, escreve o Ancient-Origins.

Os autores realçam que as calças “mostram uma diversidade sem precedentes”. Essa variedade de técnicas surgiu da mobilidade a que pastores estavam acostumados, tendo estes de se deslocar de um sítio para outro.

Uma das técnicas identificadas é a de tecido entrançado. Este é um método muito durável, usado na maioria das calças de ganga de hoje. Esta técnica permitiu que a lã mudasse de firme para elástica.

O outro método têxtil evidenciado nas calças é a tapeçaria, utilizado para criar uma peça de material mais espessa nos joelhos. Esta será uma das formas mais antigas de tecido têxtil.

A calça de ganga de hoje devem muito aos princípios de design, técnica e produção desta época. O que fica cada vez mais claro a partir do estudo de achados é que estes pastores asiáticos foram pioneiros na área da moda.» in https://zap.aeiou.pt/calcas-mais-antigas-mundo-464867

16/02/22

História e Arqueologia - Algumas evidências sugerem que pode haver, pelo menos, um pingo de verdade na história bíblica de Sansão.


«Haverá um pouco de verdade na história de Sansão? Evidências sugerem que talvez sim

Algumas evidências sugerem que pode haver, pelo menos, um pingo de verdade na história bíblica de Sansão.

Sansão foi o último dos juízes dos antigos israelitas e um dos últimos dos líderes que “julgaram” Israel antes da instituição da monarquia. Segundo reza a história bíblica, Sansão era dotado de uma força sobre-humana que foi usada para salvar Israel do poder dos filisteus.

Os filisteus tentavam sem sucesso prender Sansão e os seus governantes, sabendo da paixão de Sansão pela finisteia Dalila, aliciaram a jovem, com 1.100 moedas de prata, a descobrir a origem da força invencível de Sansão.

Dalila funcionou como uma espécie de agente infiltrada, procurando ajudar o seu povo. Eventualmente, Sansão disse-lhe que, se os seus cabelos fossem cortados, a sua força abandoná-lo-ia e ele ficaria fraco.

Certo dia, Sansão adormeceu e Dalila cortou-lhe os caracóis dos cabelos. Acordado pela chegada dos filisteus, Sansão foi rapidamente dominado pelos soldados, que lhe perfuraram os olhos e o algemaram.

Esta aparenta ser uma das mais rebuscadas histórias bíblicas, mas, ultimamente, arqueólogos têm tropeçado em pistas de que Sansão poderá ter realmente existido. As evidências encontradas poderão sugerir que as bizarrices desta história podem ter um fundamento real.

Não há praticamente dúvidas de que a guerra entre israelitas e filisteus aconteceu, como escreve o portal Ancient-Origins. A crença dos filisteus nos deuses gregos era vista pelos israelitas como uma barbárie.

Provar a existência dos filisteus é uma coisa, agora provar a existência específica de Sansão é algo mais complicado. Ainda assim, há evidências que o sugerem.

Uma das maiores pistas é um pequeno selo que mostra um homem e um leão a lutar. Por si só, pode não parecer muito, mas é onde o selo foi encontrado que o torna especial. O selo foi encontrado em Bete-Semes, a cidade em que Sansão teria nascido e o local onde foi enterrado.

O homem representado no selo pode, assim, ser Sansão, já que há uma história bíblica em que Sansão mata um leão apenas com as suas mãos. Além disso, o selo é do século 12 a.C. — o século em que se acredita que terá vivido.

Antes dos filisteus matarem Sansão, reza a bíblia, os seus olhos foram arrancados e ele foi forçado a empurrar uma enorme pedra de moinho para moer milho.

A verdade é que este era uma forma de tortura criada pelos hititas, cujos registos mostram que funcionava exatamente como é descrito na história de Sansão.

Os hititas mantinham listas das pessoas que passavam por este castigo, com alguns dos nomes a terem a inscrição “cego” ao lado. Isto significa que alguns deles terão sido mesmo cegados.

Por fim, de acordo com a bíblia, Sansão derrubou dois pilares de um templo filisteu, levando o edifício a desabar. Recentemente, arqueólogos escavaram templos filisteus reais dessa época e descobriu-se que os templos eram mesmo sustentados por dois pilares. Caso alguém os conseguisse derrubar, o resto do templo cairia com eles.» in https://zap.aeiou.pt/verdade-historia-sansao-evidencias-462601

(FILME SANSÃO E DALILA -- Filme bíblico dublado em HD)

29/01/22

História e Arqueologia - Uma equipa de arqueólogos alemães e egípcios encontrou duas enormes estátuas de esfinges durante a restauração do templo funerário de Amenófis III.


«Encontradas duas esfinges colossais de Amenófis III com mais de 3.000 anos

Arqueólogos encontraram duas enormes estátuas de esfinges com cerca de oito metros. As esfinges retratam o faraó Amenófis III.

Amenófis III foi um faraó da XVIII dinastia egípcia. O seu longo reinado de cerca de quarenta anos correspondeu a uma era de paz, prosperidade e de esplendor artístico no Antigo Egito. Subiu ao poder quando tinhas apenas 10 ou 12 anos.

Agora, uma equipa de arqueólogos alemães e egípcios encontrou duas enormes estátuas de esfinges durante a restauração do templo funerário de Amenófis III.

A esfinge, criatura mitológica com corpo de leão, asas de águia e cabeça humana, é uma imagem importante para as lendas e artes egípcias. O mais famoso exemplo de aproveitamento artístico é a Esfinge de Gizé, no Egito.

As estátuas feitas de calcário medem cerca de oito metros de comprimento e representam, precisamente, o faraó Amenófis III. O anúncio da descoberta foi feito através de um comunicado divulgado pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

A limpeza das estátuas revelou a inscrição ‘o amado de Amun-Re’ numa das esfinges. Ambas as estátuas foram encontradas meio submersas na água na parte traseira do templo, escreve o Ancient-Origins.

As duas estátuas são particularmente significativas porque confirmam a celebração do Belo Festival do Vale, um antigo festival egípcio, que anualmente celebrava os mortos em Tebas (Luxor).

No sítio arqueológico também foram encontradas três estátuas quase intactas da deusa Sekhmet – a deusa guerreira e também a deusa da cura, que é retratada como uma leoa e era filha de Rá, que protegia os faraós em tempos de guerra.

Foram ainda descobertos os restos de um grande salão, feito de arenito, que tem imagens do jubilado real ou heb-sed retratado.» in https://zap.aeiou.pt/encontradas-esfinges-colossais-amenofis-459451

(Hallan dos colosales esfinges en un templo egipcio de más de 3.000 años @RT Play en Español)

28/01/22

História Arquitetura - O artefacto encontrado em Maryland, uma cruz de Caravaca, nos Estados Unidos, remete para uma lenda espanhola sobre um fragmento da cruz em que Cristo morreu.


«Lendária cruz espanhola com 370 anos encontrada em Maryland

O artefacto encontrado em Maryland, nos Estados Unidos, remete para uma lenda espanhola sobre um fragmento da cruz em que Cristo morreu.

De acordo com o The Washington Post, a pequena cruz apareceu num local de escavações de Maryland e, quando a arqueóloga Stephanie Stevens a encontrou, disse “Oh meu Deus! Oh, meu Deus! Oh, meu Deus!”

Era um objeto estranho, com duas barras transversais em vez de uma, e com as invulgares extremidades abertas das peças verticais e horizontais.

Stevens, a líder da expedição arqueológica no recém-descoberto forte colonial em St. Mary’s, não sabia exatamente o que tinha descoberto, mas sabia que era importante.

O objeto desenterrado era uma rara cruz espanhola com 370 anos, que terá sido feita na cidade de peregrinação de Caravaca, em Espanha, por volta de 1650. Depois de criada, a cruz de alguma forma percorreu 6437 quilómetros — até ser encontrada num prado no sul de Maryland.

“É um objeto fascinante“, afirmou o arqueólogo Travis Parno, diretor de pesquisa da Cidade Histórica de St. Mary.

“Habituámo-nos a encontrar artefactos católicos, porque havia uma presença católica tão poderosa e particular jesuíta”, acrescentou.

Mas a investigação revelou rapidamente que a cruz era de origem espanhola, e estava ligada a uma antiga lenda sobre o aparecimento de uma cruz milagrosa que continha uma lasca da cruz original em que Jesus morreu.

Mas St. Mary’s era uma colónia inglesa. “O que é que um artefacto espanhol está aqui a fazer”?, questionou-se Parno. “Dadas as relações tensas entre Espanha e Inglaterra, é sempre interessante encontrar um objeto espanhol”.

O artefacto apareceu a 25 de outubro, durante a escavação do forte histórico em St. Mary’s, a primeira terra inglesa em Maryland, que viria a fazer parte dos Estados Unidos, mais tarde.

Três descobertas importantes

Em março do ano passado, a Cidade Histórica de St. Mary’s anunciou que os contornos do forte, erguido pelos colonos em 1634, tinham finalmente sido descoberto. Os arqueólogos andavam à sua procura desde a década de 1930.

Os 150 colonos originais de Maryland, incluindo muitos católicos ingleses em fuga da perseguição protestante, chegaram a St. Mary’s em dois navios, o Ark e o Dove, em finais de março de 1634.

O forte começou logo a mostrar os seus segredos antigos aos arqueólogos. Peças de cerâmica, alfinetes, armas para disparar contra os pássaros e pontas de flecha.

Mais tarde, em abril do ano passado, Parno revelou que os arqueólogos tinham encontrado um xelim inglês com 380 anos, feito de prata, na casa da moeda real da Torre de Londres. Segundo o investigador, “foi uma grande revelação“.

Mas uma terceira descoberta aguardava os arqueólogos: a rara cruz de barra dupla.

“Normalmente, associamos as cruzes de barra dupla e uma barra cortada no fundo da cruz aos ortodoxos russos ou aos ortodoxos gregos“, explica Parno.

Lenda das cruzes de Caravaca

Os investigadores não conseguiam inicialmente chegar a consenso sobre a origem do artefacto, e consideram a hipótese de ser uma Cruz de Lorena francesa, por ter duas peças horizontais planas.

“Esta não correspondia bem a nenhuma dessas imagens“, notou Parno. “Tem aqueles sinalizadores nas extremidades das barras. Quase parecem sinos, com um desenho quase barroco muito ornamentado”.

“Foi então que começámos realmente a investigar, e encontrámos este exemplar de uma cruz de Caravaca”, explicou o investigador.

As cruzes de Caravaca estão ligadas a uma lenda com 700 anos sobre anjos que, milagrosamente, teriam dado uma relíquia com um fragmento da cruz de Cristo a um padre aprisionado, que estava prestes a rezar a Missa a um rei muçulmano em Caravaca.

Em algumas versões da cruz, esta é carregada por anjos na barra vertical, enquanto Jesus está pendurado crucificado na barra superior. À cruz de Santa Maria faltam os anjos e a figura de Jesus. “Esta é uma espécie de versão reduzida“, disse Parno.

O artefacto é bastante pequeno, e cabe facilmente na palma de uma mão. É feito de uma liga de cobre, segundo os investigadores.

Mas como é que chegou a Maryland?

Não existem provas de que houvesse espanhóis, na altura, em Maryland, relembra  Parno. Foi trazido para St. Mary’s por um padre católico jesuíta que tinha visitado Espanha? Também improvável, porque as datas não fazem sentido, acrescenta.

Foi levada por um católico devoto entre os colonos? Possivelmente. Talvez o cenário mais provável seja aquele em que a cruz tenha sido comprada aos nativos americanos locais, notou o investigador.

“Sabemos que a cultura espanhola, particularmente a cultura material religiosa, foi comercializada na costa oriental”, afirmou. Havia na altura centros de comércio espanhóis na Florida e na Carolina do Sul.

A cruz pode ter sido oferecida aos nativos americanos como parte do trabalho missionário espanhol e depois trocada por alguém em St. Mary.

“Se um colonizador católico estiver interessado numa cruz de Caravaca que um indígena estivesse a usar, talvez tenha sido uma troca inversa. Um objeto europeu que acabou em mãos indígenas e depois de novo em mãos coloniais”, referiu Parno.

“Todos os dias temos novos mistérios que nos deixam a abanar a cabeça. Cada vez que pensamos ter descoberto algo, surgem mais três questões“, conclui o investigador.» in https://zap.aeiou.pt/lendaria-cruz-espanhola-com-370-anos-encontrada-em-maryland-459207

(Archaeologists Find Artifacts in Maryland's First Colonial Fort)

11/01/22

Zoologia - Um tesouro composto por mais de 200 moedas do período da ocupação romana da Península Ibérica foi descoberto nas Astúrias, no noroeste da Espanha, graças, muito provavelmente, a um texugo que procurava alimento, segundo informaram os arqueólogos.


«Tesouro romano encontrado em Espanha graças a um texugo à procura de comida

Um tesouro composto por mais de 200 moedas do período da ocupação romana da Península Ibérica foi descoberto nas Astúrias, no noroeste da Espanha, graças, muito provavelmente, a um texugo que procurava alimento, segundo informaram os arqueólogos.

A descoberta foi revelada no fim de dezembro nos Cadernos de Pré-História e Arqueologia, revista científica periódica da Universidade Autónoma de Madrid.

A imprensa espanhola repercutiu a descoberta nesta semana, quando perfaz exatamente um ano desde o gigantesco nevão Filomena, que paralisou boa parte do país no início de 2021 e também causou perturbações no ecossistema, obrigando alguns animais a procurar comida em lugares diferentes dos habituais.

Segundo o artigo publicado pelos arqueólogos, as moedas foram encontradas na caverna de La Cuesta, em Berció, nas Astúrias, "entre toda a areia extraída possivelmente por um texugo, à entrada da sua toca".

Um morador da região viu as moedas e alertou as autoridades. Em abril do ano passado, um grupo de investigadores e arqueólogos foi até o local para recolher as moedas e desenterrar as que ainda estavam sob o solo.

"Trata-se de um conjunto de 209 peças de entre os séculos III e V", originárias "do norte e do Mediterrâneo oriental", de lugares como Antioquia, Constantinopla, Tessalónica, Roma, Arles, Lyon e, inclusive, Londres, segundo o artigo.

Os investigadores, que qualificaram a descoberta de "excecional", sugerem que as moedas foram depositadas no local perante "um contexto de instabilidade política", principalmente por causa da invasão dos suevos, um povo germânico, no noroeste da Península Ibérica.» in https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/tesouro-romano-encontrado-em-espanha-gracas-a-um-texugo

#astúrias    #tesouro    #moedasromanas

07/01/22

História e Arqueologia - Arqueólogos encontraram restos de ovos de vermes intestinais, com cerca de 2.700 anos, no assento de uma sanita de pedra descoberto numa antiga vila de Jerusalém.



«“Casa de banho” revela que a antiga elite de Jerusalém sofria de doenças infeciosas

Arqueólogos encontraram restos de ovos de vermes intestinais, com cerca de 2.700 anos, no assento de uma sanita de pedra descoberto numa antiga vila de Jerusalém. É uma prova de que, nessa altura, a população sofria de doenças infeciosas causadas pelas más condições de higiene.

O estudo da Universidade de Tel Aviv e da Autoridade de Antiguidades de Israel revelou que os restos de ovos pertencem a quatro tipos diferentes de parasitas intestinais: lombrigas, ténias, vermes nemátodos e oxiúros.

De acordo com o EurekAlert, esta descoberta revela que mesmo os residentes mais ricos da vila sofriam de doenças e epidemias há 2.700 anos.

“As descobertas deste estudo estão entre as primeiras observadas em Israel até à data”, disse Dafna Langgut, líder do estudo cujo artigo científico foi recentemente publicado no International Journal of Paleopathology.

Os vermes intestinais são parasitas que causam sintomas como dor abdominal, náuseas, diarreia e prurido. Alguns são especialmente perigosos para as crianças e podem causar desnutrição, atrasos de desenvolvimento, danos no sistema nervoso e, em casos extremos, a morte.

Os cientistas acreditam que, naquela altura, a doença intestinal pode ter sido causada pelas más condições sanitárias, de água potável ou pela falta de consciência higiénica.

Entre outras possíveis fontes de infeção está a utilização de fezes humanas para fertilizar as culturas dos campos e o consumo de carne de vaca ou de porco mal cozinhada.

Na ausência de medicamentos, era muito difícil a população recuperar de uma doença infeciosa. Aliás, a equipa admite a possibilidade de ter existido uma patologia infeciosa de longa duração.

Estes parasitas existem ainda hoje, mas o mundo ocidental moderno desenvolveu meios de diagnóstico e fármacos eficazes para os combater, de forma a impedir que precipitassem uma epidemia.

Ya’akov Billig, diretor da escavação, revelou que a sanita foi descoberta numa propriedade luxuosa em Armon Hanatziv, que remonta a meados do século VII a.C. (final da Idade do Ferro).» in https://zap.aeiou.pt/elite-jerusalem-sofria-doencas-infecciosas-455002


#história    #arqueologia    #telaviv    #israel    #parasitasuniversais

04/01/22

História - Arqueólogos da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) descobriram centenas de moedas de prata e bronze, anéis de prata e ouro, pedras raras, figuras e sinos durante as escavações de dois naufrágios antigos ao largo da costa de Cesareia, em Israel.



«Arqueólogos descobriram anel da Era romana com imagem de Jesus como “Bom Pastor”

Arqueólogos da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) descobriram centenas de moedas de prata e bronze, anéis de prata e ouro, pedras raras, figuras e sinos durante as escavações de dois naufrágios antigos ao largo da costa de Cesareia, em Israel.

Segundo o Sci-News, um dos navios naufragou há mais de 1.700 anos, no período Romano, e o segundo há 600 anos, durante o período Mamluk, ambos ao largo da costa de Cesareia, em Israel.

As cargas das embarcações e os restos dos seus cascos naufragados foram encontrados dispersos a uma profundidade de cerca de quatro metros.

“Os navios foram provavelmente ancorados nas proximidades e naufragados por uma tempestade”, disseram os arqueólogos.

Entre os tesouros, foram encontradas centenas de moedas romanas de prata e bronze datadas de meados do século III d.C. e um grande arsenal de moedas de prata do período Mamluk.

Foram também descobertas estatuetas da época romana, com o formato de uma águia e de um ator de teatro com uma máscara cómica, além de sinos de bronze, cerâmicas, pregos, tubos de chumbo e uma âncora de ferro.

Mas a descoberta “rara e requintada” que surpreendeu os arqueólogos foi um anel de ouro, da Era romana, com uma imagem usada pelos primeiros cristãos para simbolizar Jesus.

“Outra descoberta rara e requintada é um anel de ouro espesso e octogonal com uma pedra preciosa verde com a figura de um jovem pastor vestido com uma túnica e com um carneiro ou uma ovelha sobre os ombros esculpida”, escreveram os investigadores.

“A imagem do ‘Bom Pastor’ é uma das primeiras e mais antigas imagens usadas no Cristianismo para simbolizar Jesus”, lê-se ainda no comunicado. “Representa Jesus como pastor compassivo, estendendo a sua benevolência ao seu rebanho de crentes e a toda a Humanidade.”

A equipa responsável pela descoberta acredita que o anel pertencia a um “cristão primitivo”.» in https://zap.aeiou.pt/anel-jesus-bom-pastor-453086


#história    #arqueologia    #israel    #moedasdeprata    #eraromana

03/01/22

História Arqueologia - Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Ancara, na Turquia, encontrou os restos mortais de um jovem e de um cão, vítimas do tsunami resultante da catastrófica erupção do vulcão Thera.


«Erupção do Thera causou um tsunami há 3.600 anos. Agora, foi encontrada a primeira vítima

Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Ancara, na Turquia, encontrou os restos mortais de um jovem e de um cão, vítimas do tsunami resultante da catastrófica erupção do vulcão Thera.

O jovem e o cão morreram há, aproximadamente, 3.600 anos, vítimas de um tsunami criado pela erupção do vulcão Thera, localizado na atual ilha de Santorini.

De acordo com o portal Phys, o evento foi tão poderoso que lhe foi atribuído a culpa pelo declínio da civilização Minóica na ilha de Creta.

Como os tsunamis têm a tendência de puxar os detritos e os corpos para o mar, não costumam deixar provas cobertas em terra. É por essa razão que nunca tinham sido encontrados restos mortais das vítimas do tsunami de Thera. Pelo menos, até agora.

Os esqueletos, humano e canino, foram descobertos no sítio arqueológico Çeşme-Bağlararası, perto de Çeşme Bay, na costa ocidental da Turquia. A datação por radiocarbono dos depósitos do tsunami, incluindo os restos mortais, sugere que o vulcão entrou em erupção por volta de 1612 a.C..

O artigo científico, publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela que o evento, que aconteceu no final da Idade do Bronze, foi uma das “maiores catástrofes naturais testemunhadas na História da Humanidade”.

As provas no local – desde paredes danificadas, escombros, sedimentos e cinzas – mostram que a área foi atingida por vários tsunamis relacionados com a erupção.

Os investigadores acreditam que os restos mortais da vítima foram arrastados pelo fluxo de detritos e esmagados contra uma parede danificada.

Pela forma como o esqueleto foi encontrado, a equipa especula tratar-se de um homem que morreu jovem e que, muito provavelmente, fazia parte de uma equipa comunitária que procurava as vítimas do desastre nos escombros.» in https://zap.aeiou.pt/erupcao-do-thera-tsunami-primeira-vitima-454371

26/12/21

História Arqueologia - O maior fóssil de sempre de um milípede gigante (tão grande como um carro) foi encontrado numa praia no norte de Inglaterra.


«“Tão grande como um carro”. Fóssil revela o maior animal invertebrado de sempre

O maior fóssil de sempre de um milípede gigante (tão grande como um carro) foi encontrado numa praia no norte de Inglaterra.

O fóssil pertence a um animal chamado Arthropleura e data do período Carbonífero, há cerca de 326 milhões de anos (mais de 100 milhões de anos antes da era dos dinossauros). O mesmo revela que este artrópode foi o maior animal invertebrado de todos os tempos.

O espécime, encontrado em 2018 numa praia de Northumberland, em Inglaterra, é composto por vários segmentos de um exoesqueleto articulado, muito semelhante à forma dos milípedes de hoje em dia.

Além de ser apenas o terceiro fóssil deste tipo já encontrado (os outros dois foram descobertos na Alemanha), é também o mais antigo e o maior: cerca de 75 centímetros de comprimento. Mas a criatura original teria cerca de 2,7 metros e pesava cerca de 50 quilos.

“Foi uma descoberta incrivelmente empolgante. O fóssil é tão grande que foram precisas quatro pessoas para o carregar”, recorda, em comunicado, Neil Davies, investigador da Universidade de Cambridge e autor principal do estudo.

Ao contrário do atual clima frio e húmido, Northumberland tinha um clima mais tropical durante o Carbonífero, quando esta região ainda ficava perto do Equador. Os invertebrados e os primeiros anfíbios viviam da vegetação dispersa à volta de uma série de riachos e rios. O espécime identificado pelos cientistas foi encontrado precisamente num canal fossilizado.

Anteriormente, o grande tamanho deste animal tinha sido explicado por um pico no oxigénio durante o fim do Carbonífero e no período Permiano. Mas como este novo fóssil veio de rochas depositadas antes desse pico, o oxigénio não pode ser a única explicação. Os investigadores acreditam que para atingir um tamanho tão grande, o Arthropleura deve ter tido uma dieta rica em nutrientes.

“Embora não possamos saber com certeza o que comiam, havia muitas nozes e sementes nutritivas disponíveis naquela época. E podem até ter sido predadores que se alimentavam de outros invertebrados e até mesmo de pequenos vertebrados, como anfíbios”, disse Davies.

Os resultados foram publicados, esta terça-feira, na revista científica Journal of the Geological Society.

Recorde-se que, na semana passada, também foi descoberto na Austrália um milípede com 1306 patas, tendo batido o recorde de animal com mais patas.» in https://zap.aeiou.pt/fossil-maior-animal-invertebrado-451766

25/12/21

História Arqueologia - Esqueletos encontrados em condições "quase perfeitas" estão a maravilhar arqueólogos e vão ser incluídos num documentário de David Attenborough.


«Restos mortais de cinco mamutes com 220 mil anos encontrados em Inglaterra

Esqueletos encontrados em condições "quase perfeitas" estão a maravilhar arqueólogos e vão ser incluídos num documentário de David Attenborough.

Arqueólogos e paleontólogos estão entusiasmados com a descoberta dos restos mortais de cinco mamutes em ótimo estado de conservação, nos Cotswolds, no Reino Unido. Os esqueletos foram identificados como pertencentes a dois adultos, dois juvenis e uma cria pequena, que viveram na zona de Swindon, no sul de Inglaterra, há cerca de 220 mil anos. Foram encontrados juntamente com os restos mortais ferramentas e armas provavelmente utilizadas por homens Neandertais para caçar estes animais.

Os arqueólogos envolvidos na escavação estimam que os animais tenham vivido há cerca de 220 mil anos, durante um período interglacial em que o Reino Unido foi ocupado por Neandertais. O local onde os mamutes foram encontrados representava um ponto de abrigo fértil e ameno onde estes parentes do Homo sapiens se refugiaram para escapar às temperaturas cada vez mais baixas a norte do território que hoje pertence à Grã-Bretanha.

A equipa espera fazer ainda mais descobertas, pois apenas uma pequena fração do vasto local de escavação já foi explorada. No local, que está a ser descrito como uma mina de ouro para arqueólogos, foram encontrados todo o tipo de criaturas, das maiores às mais pequenas: alces duas vezes maiores do que os atuais, cujas hastes chegavam aos 3 metros de amplitude, escaravelhos de estrume, caracóis ou mesmo plantas e sementes fossilizadas.

O local de escavação poderá vir a ser uma fonte de informação sobre como viviam os nossos antepassados, e as descobertas serão incluídas num documentário da BBC apresentado pelo naturalista David Attenborough: Attenborough e o Cemitério dos Mamutes, a ser exibido no Reino Unido a 30 de dezembro.

Um gigante do passado

Para Lisa Westcott Wilkins, da DigVentures, a empresa de arqueologia envolvida na escavação, “excitante não chega para descrever” as descobertas. “Outros mamutes foram encontrados no Reino Unido, mas não neste estado de preservação. Eles estão em estado quase perfeito”, continua, acrescentando que os sítios arqueológicos deste período, embora raros, são críticos para compreender o comportamento e estilo de vida dos Homens de Neandertal no Reino Unido e na Europa.

De acordo com Ben Garrod, biólogo evolucionário e professor na Universidade de East Anglia, encontrar um esqueleto de mamute completo é extremamente raro. Os mamutes em questão são mamutes-da-estepe, a maior espécie já registada. Podiam chegar a pesar 15 toneladas, quase o dobro ou mesmo o triplo de um elefante africano. Mas, na época que antecedeu a sua extinção, diminuíram para “apenas” 10 toneladas, diz Garrod.

“Pensamos que isso foi uma adaptação à mudança no ambiente, clima e disponibilidade de recursos. Estava a tornar-se mais frio nessa altura, os recursos estavam a ficar mais escassos, e isso levou a que a espécie encolhesse. Além disso, teria havido sem dúvida uma pressão local por parte da caça e da concorrência de outras espécies”, explica.

O professor explica ainda que a descoberta pode ajudar a perceber a forma como estes animais morreram. Podem ter sido caçados por grupos de Neandertais – o que explicaria a presença de ferramentas de caça no local de escavação e marcas nos ossos que podem advir de facas ou machados para arranjar carne – ou ter ficado presos em deslizamentos de terra ou cheias que tornaram o solo lamacento, impossibilitando-os de se movimentarem.

A maioria dos achados foram enviados para o Museu de Bristol, mas a equipa espera que um dia possa ser construído um centro para visitantes no local da escavação.» in https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2021-12-25-restos-mortais-de-cinco-mamutes-com-220-mil-anos-encontrados-em-inglaterra/

02/12/21

História - Uma equipa de arqueólogos na Polónia descobriu um pendente feito de marfim de mamute e decorado com marcas de furos.


«Com 41 500 anos e de marfim de mamute, foi descoberta a joia decorada por humanos mais antiga da Eurásia

Os padrões no pendente podem representar caçadas bem-sucedidas ou os ciclos do Sol e da Lua. A descoberta foi feita na Polónia em 2010 e um estudo recente detalha as conclusões.

Os nossos antepassados também gostavam de se adornar com bijuterias. Uma equipa de arqueólogos na Polónia descobriu um pendente feito de marfim de mamute e decorado com marcas de furos. Esta é a joia decorada por humanos modernos mais antiga descoberta na Eurásia até agora.

O pendente está agora em dois bocados e foi descoberto durante escavações em Stajnia Cave, em 2010. As avaliações radiocarbónicas feitas recentemente datam a peça de há 41 500 anos, escreve o Live Science.

A descoberta foi detalhada num estudo publicado em Novembro na Scientific Reports. “A decoração no pendente inclui padrões de mais de 50 marcas de furos numa curva irregular enlaçada e dois buracos completos”, escreveu a equipa, que especula que cada furo representa uma caçada com sucesso ou os ciclos do Sol e da Lua.

“É a joia deste género que conhecemos mais antiga da Eurásia e estabelece uma nova data de início da tradição diretamente ligada à propagação do homo sapiens moderno na Europa”, sublinham os investigadores.

O mais provável é que o pendente fosse usado à volta do pescoço, mas ainda não há certezas sobre isso, afirma a investigadora Sahra Talamo, que é também professora de química na Universidade de Bolonha, na Itália.

A joia foi criada numa altura em que os humanos modernos ainda estavam a começar a usar objetos de adorno. A razão para essa mudança nesta fase continua a ser um mistério sem resposta.

“Essa é uma questão interessante, mas de momento, ainda não podemos dizer muito. Não sabemos que tipo de mudança os homo sapiens enfrentaram que os levou a criar um objeto tão incrível”, explica Sahra Talamo ao Live Science.

Além do pendente, foi também encontrada um furador feito de osso perto do local das escavações, que data da mesma altura.» in https://zap.aeiou.pt/joia-humanos-mais-antiga-eurasia-447829

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