13/10/14

Arte Literatura - LX 70 – Lisboa, do sonho à realidade”, editado pela D. Quixote e que é lançado na terça-feira, é um livro que “vive da escolha.



«LISBOA DA DÉCADA DE 1970 CONDENSADA EM LIVRO QUE É UMA "CÁPSULA DO TEMPO"

“LX 70 – Lisboa, do sonho à realidade”, editado pela D. Quixote e que é lançado na terça-feira, é um livro que “vive da escolha”. “É o conceito da cápsula do tempo, de se proporcionar às pessoas uma viagem a uma era com base em pequenas pistas que, esperamos nós, tudo junto dê uma imagem, um gosto, do que foi aquela época”, disse a autora, Joana Stichini Vilela, à agência Lusa.

Foi na pesquisa para um outro livro, “LX60 – A vida em Lisboa nunca mais foi a mesma”, editado em 2012, que a jornalista freelancer foi ‘esbarrando’ com temas e ideias para a nova publicação.

Parte das histórias incluídas em LX 70, “são coisas que tinham que estar lá e que até fazem parte dos currículos escolares”. Para encontrar as outras, a autora começou por consultar “todos os números das revistas Século Ilustrado e Flama”.

“É o meu começo de trabalho, para conseguir a sensação da onda daqueles tempos”, revelou a jornalista, que nasceu em 1980.

Foi no Século Ilustrado que encontrou, por exemplo, a história da ‘jam session’ na Rádio Renascença a 24 de maio de 1970 que, “sem nada planeado”, juntou o músico Gilberto Gil e o Modern Jazz Quartet. “Não conto apenas o que está lá . Vou investigar, procuro protagonistas e informações noutros sítios. Acaba por ser um processo de fazer um puzzle”, referiu. Os ‘puzzles’ surgem no livro em formatos muito diferentes.

O “LX 70”, tal como o “LX 60”, “tem a particularidade de cada história ser tratada de uma maneira diferente, não só em termos visuais, mas também em termos editoriais”. “Umas são em texto corrido, outras em entrevista ou em relato na primeira pessoa. Depois há aquelas brincadeiras mais extravagantes das bonecas de papel, do jogo dos cabelos e barbas ou dos bonequinhos do cerco ao quartel do Carmo”, disse.

A autoria do livro é dividida com dois designers gráficos, o norte-americano Nick Mrozowki, nascido em 1984, e o português Pedro Fernandes, nascido em 1976.

Numa década tão “única e cheia de estreias e últimas cenas”, é “impossível não ficarem histórias de fora”. “Acaba por ser uma escolha pessoal. Em termos de arquitetura tive pena de deixar de fora o edifício Castil, porque tinha uma história interessante de bastidores. Mas era da mesma altura da igreja e havia o Apolo 70, que era um centro comercial, e não podia repetir”, disse, a título de exemplo.

Depois de muito pesquisar a década, Joana concluiu que “não são comparáveis a Lisboa de 1970 e a Lisboa de 1979”, no sentido que “são completamente diferentes”. “Foi um desafio por causa disso. Teve uma revolução, quase no meio, e que muda por completo a vida na cidade. É uma década de transição”, disse. A possibilidade de a autora explorar agora a década em que nasceu (1980) fica em aberto. “Não sabemos. São livros que dão muito trabalho e exigem muita disponibilidade”, afirmou.» in http://lifestyle.sapo.pt/casa-e-lazer/noticias-casa-e-lazer/artigos/lisboa-da-decada-de-1970-condensada-em-livro-que-e-uma-capsula-do-tempo


(Lisboa antiga a cores)


(Documentário Habitação em Lisboa nos anos 70 RTP [1975] ESTRADA CIRCUNVALAÇÃO Algés)


(Diapositivo dos Estúdios de Lisboa da RTP dos anos 70)

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