22/09/14

Primeira Liga - F.C. do Porto 0 vs F.C. Boavista 0 - ​Dragões não foram além de um nulo frente ao Boavista, no regresso do dérbi da cidade do Porto.



«ERAM DEZ, PARECIAM 12, MAS BATERAM NO MURO

​Dragões não foram além de um nulo frente ao Boavista, no regresso do dérbi da cidade do Porto.
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As nuvens negras que se adensavam nos céus do Porto antes do início do jogo com o Boavista, e que depois deram origem a um verdadeiro dilúvio, pareciam ser um presságio: devido a uma série de circunstâncias improváveis, com claro destaque para o facto de o FC Porto ter alinhado durante 65 minutos com menos um homem, o nulo foi o resultado final. Os Dragões atacaram com todas as armas e nunca pareceram estar em inferioridade númerica, mas os axadrezados defenderam o nulo desde o pontapé de saída, erguendo um autêntico muro em frente à sua baliza, que nem pensaram em desfazer quando se viram a jogar contra dez.

O dérbi, que já não se realizava há seis anos, pareceu destinado a ser adiado, face ao aguaceiro que se abateu sobre o Dragão e adiou o arranque do encontro por 45 minutos. Depois, houve só uma equipa a atacar, enquanto o Boavista ia defendo e queimando tempo. O árbitro Jorge Ferreira deu uma ajuda neste resultado final, ao expulsar Maicon aos 25 minutos, sem ter em conta o terreno molhado e o local da falta, a meio-campo. O critério apertado não pareceu depois uniforme, mas o FC Porto também se deve queixar de si próprio. Há dias de menos inspiração e os golos que pareciam cair do céu frente ao BATE Borisov não surgiram desta vez.

Julen Lopetegui promoveu seis alterações na equipa face ao jogo de quarta-feira: entraram na equipa José Ángel, Rúben Neves, Evandro, Tello e os estreantes em jogos oficiais Andrés Fernández e Marcano. O Boavista apresentou-se com um "onze" defensivo, em que a primeira função dos alas era ajudar a "tapar" os corredores e em que Zé Manuel deambulava sozinho na frente de ataque.

Claro que o estado do relvado não favoreceu a equipa que queria atacar e trocar a bola, mas o terreno até aguentou bem a violenta bátega de água e a situação só se complicava na grande área da baliza Sul. Esse facto foi suficiente para os Dragões perderem um lance de golo certo: aos 15 minutos, Tello roubou uma bola a meio-campo e avançou para baliza, servindo o isolado Brahimi, só que a bola ficou caprichosamente presa na relva. Quatro minutos depois, Rúben Neves rematou de fora da área, ao lado.

O golo, em boa verdade, parecia uma questão de tempo, porque a manta do Boavista era tão curta que mal chegava ao meio-campo contrário. Porém, o cenário alterou-se com a expulsão de Maicon, por falta sobre Anderson Correia, aos 25 minutos. Lopetegui optou por não fazer entrar um novo central em campo, até porque a atitude do Boavista não se alterou: bem fechadinhos cá atrás continuou a ser o lema. Rúben Neves foi compensando a falta de Maicon, com uma ajuda extra dos laterais e um maior esforço colectivo. Aos 35 minutos, Mika evitou um golo de cabeça de Jackson, após um canto, e Anderson Correia assustou pela única vez Andrés Fernández, num contra-ataque que terminou com um remate às malhas laterais.

Na segunda parte, Casemiro substituiu Evandro, assumindo a função híbrida de segundo central/médio defensivo, e o FC Porto encontrou um equilíbrio que lhe permitiu continuar a dominar por completo o encontro. Porém, não deixava de se notar a falta de mais uma unidade e havia que trabalhar a dobrar para causar desequilíbrios, que surgiram mesmo: aos 57 minutos, Tello, isolado por Herrera, atirou por cima; aos 64, um "tiro" de pé esquerdo de Jackson obrigou Mika a nova defesa; Herrera, aos 77, em posição frontal, rematou por cima.

O "massacre defensivo" da equipa do Bessa deu frutos, mas é impossível elogiar o futebol de uma equipa com superioridade númerica e que termina o encontro com 18 por cento de posse de bola e apenas dois remates (nenhum na segunda parte), contra 20 dos Dragões. A luta pelo título continua na sexta-feira (20h30), no terreno do Sporting.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2014%20-%202015/eram-dez-pareciam-12-mas-bateram-no-muro-9-21-2014.aspx



2014.09.21 (20h15) - FC Porto 0-0 Boavista

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