20/11/12

Política Internacional - O Estado português cessou hoje ligações com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, barragem construída nos anos 1960, com o pagamento por Moçambique de 42 milhões de dólares pela compra de 7,5% que Lisboa ainda detinha na empresa!



«Estado português cessou hoje relação com Cahora Bassa

O Estado português cessou hoje ligações com  a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, barragem construída nos anos 1960, com  o pagamento por Moçambique de 42 milhões de dólares pela compra de 7,5%  que Lisboa ainda detinha na empresa. 

O ato foi assinalado em Maputo pelos ministros moçambicano da Energia  e português da Economia, que foram unânimes em declarar que se trata de  "um dia feliz para Moçambique e para Portugal". 

Salvador Namburete, ministro da Energia de Moçambique, admitiu que este  pagamento deveria ter ocorrido durante o mês de setembro, o que não aconteceu  "por condicionalismos técnicos". 

Namburete revelou ainda que o financiamento da operação foi totalmente  assegurado por bancos moçambicanos, mas não os nomeou. 

"Todos este processo correu bastante bem, houve sintonia entre os dois  governos", declarou Álvaro Santos Pereira. 

"Com a sua conclusão, estamos a viver uma nova era nas relações entre  os dois países", acrescentou o ministro, que expressou o desejo de ver aumentadas  "as parcerias estratégicas que unem o dois povos". 

Recordando que Moçambique "tem tido um crescimento assinalável nos últimos  20 anos", o ministro português disse haver "todo o interesse em fomentar  as relações comerciais entre os dois países e as parecerias entre as empresas",  em qualquer lugar do mundo. 

Com este pagamento, o Estado português desaparece dos acionistas da  HCB mas na sua estrutura continua a portuguesa REN que, com 7,5%, é a única  'intrusa' no capital da empresa que, no restante, pertence ao Estado de  Moçambique. 

O acordo entre os dois países, assinado no início deste ano, prevê que  a REN venda essa parte à HCB e, em contrapartida, participe na futura empresa  Cesul, um dos maiores projetos africanos de eletrificação. 

Salvador Namburete não quis adiantar quando ficará concluído o processo  de criação desta empresa nem a sua futura estrutura acionista. 

Segundo informações recolhidas pela Lusa, mas não confirmadas oficialmente,  o Estado moçambicano deverá ser o principal acionista da Cesul, seguido  da sul-africana Eskom, e, com menos participação, da REN. 

Na empresa, conhecida também como "espinha dorsal", deverão participar  ainda a brasileira Electrobrás e a francesa EDF, segundo as mesmas fontes.

Desde que este acordo foi assinado, a REN passou, entretanto, para a  gestão da empresa chinesa State Grid of China, que detém 25% do capital,  enquanto Parpública, EDP e CGD têm, no total, 16%. 

Em declarações à Lusa, Álvaro Santos Pereira disse que continua a fazer  sentido falar numa "presença portuguesa" na HCB e, no futuro, na Cesul:  "A REN é uma empresa portuguesa com uma composição variada. As empresas  internacionais são mesmo assim, com capital de variada origem", disse o  ministro da Economia. 

Lusa» in http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/11/20/estado-portugues-cessou-hoje-relacao-com-cahora-bassa1


Portuguese version of image clip for Hidroelectrico Cahora Bassa (HCB)


(Guerra Colonial - Construção Cabora Bassa)


Hidroeléctrica Cahora Bassa - ( Songo)

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