09/05/12

Política Económica - Isabel dos Santos, a "Princesa" de Angola à conquista de Portugal!

O maior accionista da Zon era a CGD, com uma participação de 10,8%. Isabel dos Santos passa agora a controlar 15% do capital da empresa.

«Isabel dos Santos passa a maior accionista da ZON

A Kento Holding passa a ser a maior accionista da operadora portuguesa, ao controlar directamente 15% do capital.

A Kento Holding, controlada por Isabel dos Santos, comprou a participação de 5% que a Telefónica detinha no capital da Zon Multimédia. A empresária angolana reforça, assim, a participação directa na operadora de telecomunicações para 15%, tornando-se a maior accionista da empresa.

O Diário Económico sabe que o negócio foi alcançado pelo valor líquido de 2,34 euros por acção, isto é, descontado o dividendo, um preço que representa um investimento global de cerca de 36,2 milhões de euros.

A Kento Holding era, até agora, o terceiro maior accionista da Zon Multimédia - apenas ultrapassada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que detém uma participação de 10,88% -, ao controlar 10% do capital social. A aquisição da posição da operadora espanhola, que estava publicamente vendedora, permite à empresa tornar-se o maior investidor da operadora portuguesa, com 15% do capital. A participação é imputável na totalidade a Isabel dos Santos, uma vez que é a única accionista da Kento.

O Diário Económico sabe que este investimento da Kento Holding no reforço da posição na Zon foi realizado sem financiamento de bancos portugueses.» in  http://economico.sapo.pt/noticias/isabel-dos-santos-passa-a-maior-accionista-da-zon_144146.html



«A mulher mais poderosa de Portugal é angolana

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas. Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos.

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas. Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana Isabel dos Santos.

Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos". É a nova accionista da Zon. E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro.

A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, com uma fortuna de 731 milhões de euros. Não tem metade do poder de Isabel dos Santos. E tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros. Fora o resto.

A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem concessões. O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos. Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas.

Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola.

Isabel dos Santos é accionista da Zon e sócia da PT. É accionista do BPI e sócia do BES. É accionista da Galp e a Sonangol é parceira da EDP. A empresária garante que não tem relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol. Identificando todos os interesses em causa, as relações de sociedades portuguesas alargam-se ainda à Caixa, Totta, BPN e Mota-Engil. Dá um índice bolsista.

O que faz com que tantas empresas portuguesas implorem para fazer negócios com Isabel dos Santos? E que Isabel "jogue" em equipas rivais, concorrentes confessos em Portugal, sem um pestanejo? Só uma coisa consegue tanto unanimismo: o dinheiro. A liquidez angolana, que desapareceu de Portugal. A contrapartida de acesso ao crescente mercado angolano. Os portugueses não abrem os braços a Isabel dos Santos, abrem-lhe as carteiras - estão vazias. 

O casamento entre angolanos e portugueses tem as prioridades do das famílias feudais: o interesse está primeiro, o amor virá depois, se vier. E o interesse é recíproco: os angolanos são entronizados em Portugal e na Europa; os portugueses são-no em Angola e em África. Não há equívocos, há dinheiro.

Os últimos dois grandes negócios de Isabel dos Santos em Portugal, no BPI em 2008 e na Zon em 2009, tiveram uma curiosidade cabalística: ambos foram fechados na terceira semana de Dezembro, ambos de 10%, ambos por 164 milhões. Na Zon, pagou um prémio de 26% sobre a cotação. Comprou caro? Comprou mais barato que os accionistas que estão na empresa. Comprou bem.

Isabel e José Eduardo construíram um poder tão ramificado em empresas portuguesas que só o Estado e Grupo Espírito Santo os ultrapassarão. Tanta concentração de poder é mais ameaçadora do que uma nacionalidade. Em Portugal, Isabel e José Eduardo não são Santos da casa mas fazem milagres.

psg@negocios.pt» in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=401945&template=SHOWNEWS_V2




«Isabel dos Santos

Família e educação

Filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos e da sua primeira esposa Tatiana Kukanova, natural Azeri, Isabel dos Santos viveu grande parte da sua vida em Londres, onde a sua mãe reside agora, e onde estudou engenharia elétrica. Foi também em Londres que ela conheceu Sindika Dokolo, nacional da República Democrática do Congo, com quem se casou em 2003 em Luanda. O casamento, uma festa de quatro milhões de dólares, com mil convidados, foi um dos maiores casamentos na história de Angola.[5] Muitos dos convidados que vieram de fora de Angola foram trazidos em aviões especialmente fretados, e entraram em Angola sem vistos.[6] O padrinho de casamento era o então ministro da Economia do Petróleo angolano, Desidério Costa.

[editar]Negócios

Isabel dos Santos é descrita pelo jornal português Público como "uma boa mulher de negócios, extremamente dinâmica e inteligente, que também é profissional e amigável".[7]
Aos 24 anos, ela entrou para o negócio e, desde então, tem habilmente utilizado a influência de seu pai. Ela iniciou as suas actividades na capital, Luanda, onde fundou a empresa Urbana 2000 que ganhou o contrato para a limpeza e desinfestação da cidade. Na bem conhecida Ilha de Luanda, abriu em 2006 o Miami Beach Club,[8] um dos primeiros clubes da noite na capital. Mais tarde, ela trabalhou para a Ascorp, uma empresa de comércio de diamantes em Angola. Lá, ela foi uma parceira do comerciante de diamantes israelita Lev Leviev.[9] A associação de Isabel dos Santos ao negócio dos diamantes, em Angola, é bem conhecida. Em parceria com a sua mãe, com nome mais recente Tatiana Cergueevna Regan, Isabel dos Santos constitui a 2 de Abril de 1997, em Gibraltar, a empresa Tais Ltd., na qual detinha 75 porcento das acções, cabendo o resto à sua mãe.[10]
Ela tornou-se rapidamente uma figura chave para a gestão dos bens da família e participou em várias holdings[11] para adquirir a propriedade e a participação de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal.

[editar]Investimentos em Portugal

A partir de 2008 ela ficou mais interessada em outras áreas de negócio, tais como as da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Em Portugal, detém importantes participações no Millenium BCP, através do Santoro Finance no Banco Português de Investimento[12][13][14] e Banco BIC Português,[15] bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia[16] e a ZON Multimédia,[17][18] através da Kento Holding[19] e Esperanza Holding.[20] No dia 14 de Abril 2011 a Sonae assinou um acordo de parceria com a empresa angolana Condis, detida por Isabel dos Santos e Sindika Dokolo sobre a introdução de actividades em retalho sob a insígnia Continente,[21] e sobre a participação numa sociedade imobiliária de grande envergadura.[22]
Juntamente com o seu pai, ela estabeleceu a Holding Geni,[23][24] que serve como "guarda-chuva" para os seus investimentos em Portugal. A holding está activa nos domínios da banca, do petróleo, dos diamantes e da construção. O ponto de partida foi, no entanto, a criação da Unitel em parceria com a Portugal Telecom. Para além de Isabel dos Santos, fazem parte da fundação, desde o início, Leopoldino Fragoso Nascimento (chefe das Comunicações da Presidência), Anthony Van-Dúnem (ex-secretário do Conselho de Ministros), Manuel Augusto da Fonseca, elemento do gabinete jurídico da Sonangol. A este grupo juntou-se ainda o empresário franco-brasileiro, Pierre Falcone, mais conhecido pelo chamado Angolagate.[25][26][27]

[editar]Investimentos em Angola

Com a própria empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da actividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente.[28]» in http://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_dos_Santos


Isabel dos Santos no tapete vermelho
 (Isabel dos Santos no tapete vermelho) 
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O Dr. Mário Soares nada tem a dizer sobre isto... claro que não... está virado para a Troika...

2 comentários:

  1. Sou perto de Fátima e de origem remediada, conhecendo várias pessoas com dinheiro, mas nunca soube que a "Nossa Senhora ajudava a criar fortunas desta natureza", apesar de sermos vizinhos...
    Milagres! Milagres como este!...
    Talvez seja do zinco da Congo, além dos diamantes e de outras origens angolanas em que determinados circuitos permitem arranjar muito dinheiro em poucos anos, mas a protecção do Papá andará por lá muito perto, pelo menos é o que é de deduzir com toda a lógica das coisas, não é?...
    Bom, eu por acaso cheguei a ter uma garrafa de cerveja "cuca" cheia de diamantes ou de quartzo, porque a olho nu não é fácil distingui-los...más tive de a entregar à Pide, conforme era preceito nos tempos da guerrilha em Angola, até porque não queria qualquer espécie de problemas, mas direi que se soubesse que a evolução do 25 de Abril e toda a tendência da política europeia foram e são como realmente se passou e passa, talvez fosse tentado em guardar algumas pedras e procurar vendê-las em Antuérpia...
    Mas é assim a vida..."Quando se morre é que se devia nascer..."

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  2. Tem toda a razão, caro amigo!
    Muito obrigado pelo seu contributo vivo e de grande interesse, para os que não têem memória...

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