15/11/11

O Meu Amigo Poeta, Ângelo Ochôa, supera-se novamente, com o Poema: ‘Um dia, pra Deus, mil anos.’



"‘Um dia, pra Deus, mil anos.’
111333 milénios volvidos,
o sobejamente conhecido poeta,
humano dentre os muitos filhos de Abraham,
sic dixit: Já decorreu o lapso de tempo
que demorou a extinguir-se a débil luzinha
provinda da mais longínqua das estrelas;
tenhamos agora revivida consciência do nosso último destino.
Os menininhos aprendizes das letras confundiam na cartilha
o nome impresso do vate, em tudo igual aos muitos mais nomes,
com o do avô lá de casa ou o da andorinha gémea ou o do fiel canídeo,
facto que não constituía, para as superiores instâncias, real preocupação:
Em qualquer parte dos conhecidos planetas
não escasseava a bambinos
tempo e tempo pra brincar.
Hoje em dia pouco ou nada sabemos
quanto aos pormenores relevantes
das vidas sumidas dos artistas;
no respeitante àquele com quem nos ocupávamos
há a anotar ter passado por banais constrangimentos:
Por não ter escrito nenhum soneto,
ou por não haver abraçado a sério a carreira diplomática."


(Ângelo Ochôa, Poeta)



Manuel Ângelo Ochôa - 'Um dia pra Deus mil anos'

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