25/11/11

Educação - Os professores de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) defenderam hoje, no Parlamento, que a disciplina devia ser leccionada no início de cada ciclo, ou seja, no 5.º, 7.º e 10º anos!




«Professores das TIC querem disciplina leccionada no início de cada ciclo


Ministro da Educação quer acabar com aulas de informática no 9.º ano


Os professores de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) defenderam hoje, no Parlamento, que a disciplina devia ser leccionada no início de cada ciclo, ou seja, no 5.º, 7.º e 10º anos.


Durante uma audiência na Comissão de Educação, representantes da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) manifestaram receio pelos postos de trabalho docente, por ainda não se saber o que vai acontecer à disciplina. O ministro da Educação, Nuno Crato, admitiu em entrevista a um diário, no fim de Outubro, acabar com a disciplina no 9.º ano por considerar que os alunos naquela faixa etária já dominam os computadores.
Posteriormente foi “aventada”, em reunião do Conselho de Escolas, a possibilidade de passar TIC para o 6.º ano, o que merece a discordância destes professores, disse hoje o presidente da associação, António Ramos. “É um erro porque é em fim de ciclo, tal como no 9.º ano”, afirmou.


Os professores temem que a reforma curricular, que o ministro prometeu apresentar “oportunamente”, coloque na “lista de dispensáveis” da Função Pública a grande maioria dos docentes.


Actualmente, existem 4.500 professores de informática no ensino, um dos maiores grupos, de acordo com os números que apresentaram aos deputados. Alegaram também que o ministro está “mal informado” quando diz que os adolescentes dominam os computadores: “A maioria dos jovens está mais habituado a lidar com aplicações que não são as mais adequadas para crianças e jovens”.


O perigo das redes sociais


Os professores manifestaram-se muito preocupados com a utilização que os alunos fazem das redes sociais. “Colocam tudo no Facebook, até as horas a que saem da escola. Ficam facilmente à mercê de predadores sexuais”, alertou António Ramos, sublinhando que os jovens “não têm consciência” alguma do que estão a colocar na Internet.


Garantiram também que o “ciberbullying” tem aumentado, “desde ameaças a alunos e professores" a alunos que se apoderam de “passwords” de colegas, facilmente detectáveis e usurpam contas para ofensas a familiares e colegas. Os professores atestaram que esclarecem os alunos também sobre estes perigos. Os representantes da associação aproveitaram ainda a audiência para defenderem uma maior flexibilidade na escolha e vigência dos manuais escolares.


“Independentemente da qualidade, temos de adoptar um manual com seis anos e na área da informática, um manual com seis anos é uma relíquia”, denunciou António Ramos.» in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51948&op=all

(José Pacheco - TIC's e Educação)
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Mas o Ministério quer é poupar, não nos esqueçamos disso... a preocupação não é pedagógica, mas orçamental... motivo para estarmos muito preocupados!

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