07/06/11

Amarante - Há um museu em Amarante, terra natal do pintor modernista, onde se encontra o maior núcleo de trabalhos expostos de Amadeo!

'Fuga' com Amadeo de Souza Cardoso«'Fuga' com Amadeo de Souza Cardoso


Há um museu em Amarante, terra natal do pintor modernista, onde se encontra o maior núcleo de trabalhos expostos de Amadeo

No meio da confusão das festas de Junho, em Amarante, encontrei um oásis. O museu Amadeo de Souza Cardoso fica num edifício 'entalado' entre a Câmara e a Igreja de São Gonçalo, mesmo no centro da cidade. Desde que a entrada deixou de ser gratuita (paga-se um euro), em 1996, as romarias acabaram - os visitantes das festas desistiram de ir para os claustros fazer piqueniques ou abrigar-se do calor.
"Hoje só vem quem quer, o que durante estes dias significa muito pouca gente", diz Carlos Teixeira, chefe de divisão da cultura, turismo e património do município. Até à exposição que a Fundação Gulbenkian organizou, em Lisboa, em 2006, apareciam, essencialmente, estrangeiros conhecedores da obra deste pintor modernista. Hoje, dos 14 mil visitantes anuais, muitos já são portugueses. Afinal, aqui está o maior núcleo de trabalhos expostos em Portugal.
Não admira, o pintor era amarantino, apesar de ter morrido em Espinho, vítima da Pneumónica, em 1918. Hoje, Amadeo é uma referência incontornável. Mas quando cá viveu, depois de ter estudado pintura em Paris, ninguém aceitava o seu estilo modernista, inspirado nas correntes com que contatou em França.
O museu está organizado para que essa rutura, por ele provocada, seja evidente. Numa das extremidades da exposição permanente, há obras de António Carneiro, também natural de Amarante, e contemporâneo de Amadeo. São quadros que correspondem aos estereótipos da época e do País. Pelo corredor, de um lado e de outro, faz-se uma viagem pelo século XX através dos traços dos artistas portugueses mais conhecidos, de Vieira da Silva a José de Guimarães.
Ao fundo, numa parede, surge uma enorme tela assinada pelo pintor que dá nome ao museu. E nela se nota, imediatamente, a inovação. Na sala dedicada, em exclusivo, à sua obra também é notória a diversidade de técnicas que empregou ao longo da vida. "Amadeo foi, nas palavras de Almada Negreiros, a primeira descoberta do Portugal moderno", refere Carlos Teixeira. Uma feliz descoberta.» in http://aeiou.visao.pt/fuga-com-amadeo-de-souza-cardoso=f606701

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