08/04/11

Política Educativa - Muito Bom e Óptimo... oh Doutor Miguel, estude bem as coisas antes de falar!

 

«M(entiroso) S(ousa) T(avares)


Não se percebe se é ignorância, preguiça ou má-fé pura e dura o que leva Sousa Tavares a, de forma recorrente, mentir sem pudor acerca de diversos assuntos, com particular tom acintoso para com os professores. Há um par de teorias. Não as vou comentar.
Apenas transcrevo parte da sua crónica de hoje no Expresso:


“Você sabia que os professores recebiam 25 euros por cada exame corrigido? Eu não, vejam lá a minha ingenuidade: estava convencido de que isso fazia parte das tarefas normais de um professor, as quais ele desempenharia com o brio de quem quer saber o resultado do seu trabalho ao longo de um ano.”


Este curto excerto contém dois erros factuais de palmatória, qualquer deles de fácil verificação, se MST não fosse um cronista que engravida pelos ouvidos com qualquer coisa que lhe forneçam (foi ele que confessou a semana passada que ofendera os promotores da manifestação à rasca porque não verificara os factos que lhe forneceram, não estou a difamar ninguém!), não se preocupando com o modo como lesa terceiros.

Vou destacar os erros pela ordem inversa por que aparecem nestas linhas, dando de barato que MST não distingue corrigir de classificar.

Os professores não corrigem os exames dos seus alunos, mas sim exames de alunos que não conhecem e que lhes são fornecidos em situação de anonimato. 

Para isso, os professores deslocam-se, por regra, a escolas que não a sua para recolherem e entregarem os exames em causa, fazendo um número variável de quilómetros, não raro várias dezenas. 

Este ano, isso agravou-se com uma pseudo-formação obrigatória que chega a ser “dada” a centenas de quilómetros. 

MST mente, portanto, nesta matéria. Não há meias palavras: mente. Os professores não vão, ao classificar exames, saber o resultado do seu trabalho.

Vão saber o resultado do trabalho de alunos de outros professores. Isto é assim há décadas. Por mero acaso, soube que os meus exames de 12º ano tinham, há quase 30 anos, ido para a norte do Douro paraclassificar.

Mais o mais grave é atribuir um pagamento que nunca existiu: 25 euros por exame! MST volta a mentir, pois o diploma em vigor e que foi revogado (despacho 8043/2010 de) determinava que: Os professores que asseguram a classificação das provas de exames nacionais do ensino secundário referentes ao ano lectivo de 2009 -2010 têm direito à importância ilíquida de €5 pela classificação de cada prova.

Claro que aquela cabecinha deve ter ouvido 5 euros, mas baralhou-se todo e pensou que eram 5 contos. Não é difícil reconstituir certos percursos mentais simplistas. Nem mesmo ele terá achado que 5 euros seria pagamento apresentável. Logo passou para 25 euros (=5 contos) e escreveu a asneira que o Expresso publicou sem dramas nenhuns, pois fact-checking é coisa que cá não existe. Nem no semanário de referência do regime.

Perante isto, pensava eu que, vejam lá a minha ingenuidade, estava convencido de que isso [verificar factos que se usam para acusar terceiros] fazia parte das tarefas de um articulista, as quais ele desempenharia com o brio de quem quer saber que o resultado do seu trabalho ao longo de umas horas não passa de uma deturpação da verdade.

Não sou classificador de exames – tenho sido de provas de aferição, sempre sem remuneração – mas acho que quem o tem sido deveria escrever para o Expresso e exigir um desmentido claro e inequívoco de mais esta barbaridade do muito bem remunerado MST.

Quanto ao próprio, o desprezo intelectual pela baixeza de processos chega!» 

Miguel Sousa Tavares - (SIC, 27/Setembro/2010)
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Gostaria de conhecer as coisas que este senhor faz de graça... é que as pagas nem sempre lhe saem muito bem, principalmente porque fala de cor, cometendo erros de palmatória... se calhar teve maus professores e foi no que deu!

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