03/02/11

Educação em Portugal - Para quem não quer ver que a Política Educativa deste governo, não é mais do que desorçamentação...

 «Educação em Portugal:

Aqui ficam algumas notas sobre o que consta do Orçamento de Estado.

Que ninguém diga que não sabia … !

Para além do que tem sido largamente noticiado [roubo no salário, congelamento da carreira, roubo no tempo de serviço, mais impostos …], o Orçamento de Estado, apresentado na Assembleia da República, contém um outro conjunto de tenebrosas medidas na área da educação [ clicar aqui e ir à página 65 do documento, pesquisar página 75 no PDF ] ou ver no final deste mail:

- redução do número de docentes [+ desemprego]

- acabar com a área de projecto [+ 5.000 docentes sem trabalho]

- continuar o encerramento de escolas do 1º CEB e jardins de infância [ + docentes sem trabalho ]

- redução de horas para profs bibliotecários [+ desemprego]

- reorganização curricular com redução da carga horária dos alunos [ + professores sem trabalho ]

- redução de horas para os programas Educação para a Saúde e Escolhas [ menos horários nas escolas]

- imposição de mais mega-agrupamentos [ menos turmas, menos horários …]

- redução dos órgãos de gestão e assessorias [ menos horários nas escolas … quem pensar que é apenas um problema dos directores engana-se ]

- redução drástica do crédito global de horas [ muito menos horários ]

- considerar trabalho nocturno só depois das 22.00 h [ menos horários e + desemprego ]

- redução no orçamento de funcionamento das escolas [ piores condições de trabalho ]

- profs dos TEIP’s, CEFA’s e Cursos Profissionais pagos através de fundos comunitários [ perda de direitos e instabilidade profissional ]

- redução das situações de mobilidade [ pior colocação para os professores e + desemprego ]

É sempre possível acreditar que estas medidas só vão bater à porta de outros … outros sectores de ensino, os mais novos, …os mais velhos.

Enfim… “ a mim não me vai afectar”.

Pode sempre encontrar-se uma desculpa conveniente do tipo “os Sindicatos são alarmistas…” etc

Mas, melhor será ter os “pés na terra” e perceber

que este conjunto de medidas vai afectar [todos] os professores e educadores do QE, QA, QZP e Contratados …. TODOS.

Não será melhor lutar antes que seja tarde de mais ?

Será que ganhamos esta luta ? – Não sabemos !

Sabemos apenas que … quem luta nem sempre ganha … mas quem não luta perde sempre!»  

«Fenprof: Vão ser eliminados mais de 30 mil postos de trabalho no próximo ano lectivo
03 de Fevereiro de 2011, 17:53
Mais de 30 mil postos de trabalho vão ser eliminados nas escolas no próximo ano lectivo, com os mega-agrupamentos, as alterações curriculares e a organização do ano escolar, afirmou hoje o secretário-geral da Fenprof.
  No final de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Mário Nogueira afirmou que as contas da Fenprof e que “o Ministério da Educação não conseguiu negar” apontam para uma redução de 30 a 40 mil horários, o que significa que “quase o mesmo número de postos de trabalho vão ser eliminados”.
“Nós calculamos que os mega-agrupamentos dêem uma redução na ordem dos 10 a 12 mil lugares, que as alteações curriculares dêem uma redução de 12 mil, sendo que 7 mil são horários de EVT [Educação Visual e Tecnológica], e que com a organização do ano escolar e o novo despacho sejam mais cerca de 10 mil. Isto dá qualquer coisa como 34 mil horários”, disse.
O secretário de Estado Alexandre Ventura confirmou que as alterações curriculares “vão implicar alterações nas escolas”, mas negou que correspondam aos números avançados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Contudo, quando questionado quanto ao número de horários previstos serem reduzidos, o governante respondeu que o “Ministério da Educação não está de maneira nenhuma envolvido na abordagem de quantos [professores] serão necessários”.
“O Ministério da Educação está envolvido na prestação do seu serviço educativo com máxima qualidade, portanto mobilizará todos os recursos necessários para a satisfação dessa necessidade da sociedade portuguesa”, afirmou.
Caberá às escolas escolher os professores em função dos seus recursos, disse Alexandre Ventura.
Mário Nogueira afirmou, por sua vez, que “as escolas só podem pedir pessoas em função dos critérios que o Ministério da Educação impõe”, ou seja, menos 30 a 40 mil horários.
Um decreto-lei publicado na quarta-feira em Diário da República veio alterar o desenho curricular do ensino básico e secundário a partir de setembro de 2011.
O diploma decreta a extinção da disciplina de Área de Projecto, o fim da obrigatoriedade de frequência de Estudo Acompanhado, passando a ser apenas para alunos com dificuldades a língua portuguesa e matemática, e o fim do par pedagógico na lecionação da disciplina de EVT, que passa a ter apenas um professor.
@Lusa» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1126953.html
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Qual foi Governo mais nefasto para a Escola Portuguesa, desde o 25 de Abril????

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