01/12/09

Carlos Paredes - Um Génio da Guitarra Portuguesa, reconhecido a nível Internacional!



Carlos Paredes - "Cantiga de Maio"

Carlos Paredes" - "Canto do Amanhecer"

Carlos Paredes - "Canção"

Carlos Paredes - "Verdes Anos"

Carlos Paredes - "Balada de Coimbra"

Carlos Paredes - "Coimbra e o Mondego"


Carlos Paredes - "Canção de Embalar"

Carlos Paredes - "Nas Asas da Saudade"

Carlos Paredes - "Sede e Morte"

Carlos Paredes - "Porto Santo"

Carlos Paredes - "Danças Portuguesas"

Carlos Paredes - "O Fantoche"

Carlos Paredes - "Canção para Titi"

Carlos Paredes - "Variações em Ré Menor"

Carlos Paredes - "Movimento Perpétuo"

Carlos Paredes - "Em Memória de Uma Camponesa Assassinada"

Carlos Paredes - "Canção de Alcipe"

Carlos Paredes - "Rhapsody in Blue" -(part 1 of 2)

Carlos Paredes - "Rhapsody in Blue" -(part 2 of 2)

Carlos Paredes - "Guitarra com Génio I"

Carlos Paredes - "Guitarra com Génio II"

Carlos Paredes - "Guitarra com Génio III"

VJ - (tribute to Carlos Paredes)

(Carlos Paredes nos anos 70)


«Carlos Paredes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Carlos Paredes
Carlos Paredes.jpg
Carlos Paredes por Bottelho
Informação geral
Nome completo Carlos Paredes
Data de nascimento 16 de Fevereiro de 1925
Origem Coimbra
País Portugal Portugal
Data de morte 23 de Julho de 2004 (79 anos)
Gêneros Música Popular Portuguesa
Instrumentos Guitarra portuguesa
Período em atividade 1939-1993
Afiliações Artur Paredes
Adriano Correia de Oliveira
José Afonso
Carlos Paredes (Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925Lisboa, 23 de Julho de 2004) foi um compositor e guitarrista português. Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições.
Conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.

Índice

[esconder]

[editar] Vida

Filho, neto e bisneto dos famosos guitarristas Artur, Gonçalo Paredes e José Paredes, começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano; frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música. Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho".
Em 1934, muda-se para Lisboa com a família, e abandona o violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai, do meu avô, bisavô e tetratavô".
Carlos Paredes inicia em 1939 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Em 1943 faz exame de admissão ao Curso Industrial do Instituto Superior Técnico, que não chegou a concluir e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de São José.
Em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes".
Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, do qual era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»
Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.
Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".
Quando os presos políticos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.
Lapide Carlos Paredes.JPG
A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».
Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de Julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.
Cquote1.svg "Quando eu morrer, morre a guitarra também.
O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele.
Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer.”
Cquote2.svg
Carlos Paredes

[editar] Obras

[editar] Álbuns

[editar] 1967 «Guitarra portuguesa»

Variações em Ré maior
Porto Santo
Fantasia
Melodia N.2
Dança
Canção verdes anos
Divertimento
Romance N.1
Romance N.2
Pantomima (sem acompanhamento)
Melodia N.1
(Acompanhamento à viola de Fernando Alvim)

[editar] 1971 «Movimento perpétuo»

Movimento perpétuo
Variações em ré menor
Danças portuguesas N.2
Variações em mi menor
Fantasia N.2
Valsa
Variações sob uma dança popular
Mudar de vida - tema
Mudar de vida - música de fundo
António Marinheiro - tema da peça
Canção


  • 1980 – “O oiro e o trigo” (editado na RDA)

[editar] 1983 «Concerto em Frankfurt»

Canto do amanhecer
Canto de trabalho
Canto de embalar
Canto de amor
Canto de rua
Canto de rio
A montanha e a planície
Dança palaciana
Sede
Dança dos camponeses
In Memoriam
Festa da Primavera
Variações


[editar] 1987 «Espelho de Sons»

Coimbra e o Mondego: Variações
- Variações sobre o Mondego, de Gonçalo Paredes
- Variações em Ré Menor, de Artur Paredes
- Variações em Lá Menor, de Artur Paredes
Os amadores: Desenho duma melodia
- Amargura
- O discurso
A canção: Melodia para um poeta
- Canção de Alcipe
O teatro: A noite
- O fantoche
Lisboa e o Tejo: Canto do amanhecer
- Serenata
- Dança palaciana
- Canto de trabalho
- Jardins de Lisboa (Verdes anos)
- Canto de rua
- Canto do rio
A dança: Prólogo - Abertura para um bailado
- Raiz (Dança melancólica)
- Dança de camponeses
A mãe e o lar: Canto de embalar
- Canto de amor
Contrastes: Sede
- Canto da primavera

[editar] 1989 «Asas Sobre o Mundo»

Asas sobre o mundo
Nas asas da saudade
Canto do amanhecer
Canto de rua
Canto de trabalho
Canto de amor
Verdes anos
Canto de embalar
Dança dos camponeses
Marionetas
Raiz
Sede
Canto de primavera
Variações sobre o Mondego
Variações sobre o Mondego N.1
Variações sobre o Mondego N.2
Canto do Tejo
Serenata no Tejo
Fado moliceiro
Desenho duma melodia
O discurso
A noite
Amargura


  • 1994 - «O Melhor dos Melhores»
  • 1996 – “Na corrente” (compilação de material inédito)

[editar] 2000 «Canção para Titi: Os inéditos 1993»

Memórias
Valsa diabólica
Uma canção para minha mãe
Escadas do quebra costas
Canção para Titi
Mar Goês
Arcos do jardim
Arco de Almedina
Discurso

[editar] Álbuns em colaboração

[editar] 1986 «Invenções Livres», com António Vitorino d'Almeida

Improviso 1
Improviso 2


[editar] Antologias

  • 1998O Melhor de Carlos Paredes : Guitarra
  • 2002 - Uma Guitarra com Gente Dentro
  • 2003 - O Mundo segundo Carlos Paredes (obra completa)

[editar] EPs

  • 1957 – Carlos Paredes
  • 1962 – “Verdes anos” (banda sonora)

[editar] Filmes

A música de Carlos Paredes, composta com esse fim ou não, foi utilizada em diversos filmes:

[editar] Outros

"Carlos Paredes e a Guitarra Portuguesa

Carlos Paredes foi um músico ...
Sensível , calmo e lúcido !
Que deu vida à guitarra portuguesa ,
Este instrumento cheio de beleza !

Quando ele pegava esta guitarra ...
Seu espírito festivo de cigarra ...
Virava um meigo querubim ,
Tocando , no céu sem fim ,

Este doce instrumento ...
Cheio de sentimento !
Carlos Paredes foi um músico ...
Sensível , calmo e lúcido !

Que deu vida à guitarra portuguesa ,
Este instrumento cheio de beleza !
As paredes de Carlos Paredes ...
Mataram mil sedes ...

De cultura e de melodia ...
Com muita poesia !
Sua primeira parede era a sonoridade ...
Sua segunda parede era a sensibilidade !

Sua terceira parede era a harmonia ...
E sua quarta parede era a fantasia !
Carlos Paredes foi um músico ...
Sensível , calmo e lúcido !

Que deu vida à guitarra portuguesa ,
Este instrumento cheio de beleza .
Luciana do Rocio Mallon."


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