05/06/09

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«AMARANTE: “Como S. Gonçalo tornem-se construtores de pontes entre os homens”
(05-06-2009)





AMARANTE: “Como S. Gonçalo tornem-se construtores de pontes entre os homens”


Miguel Carvalho
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Entrevista com o novo pároco de S. Gonçalo, padre José Manuel Ferreira, em véspera das Festas de Junho, em Amarante


Miguel Carvalho




Em fim-de-semana das Festas do Junho, entrevistamos o padre José Manuel Miranda Ferreira, o novo pároco de S. Gonçalo, em Amarante, desde Setembro do ano passado. Natural de Santa Eulália, Barrosas, foi ordenado sacerdote em Julho de 2006. Foi secretário particular de D. Armindo Lopes Coelho, antigo bispo do Porto, e do actual, D. Manuel Clemente, até ser nomeado para a paróquia de S. Gonçalo e S. Veríssimo.
Tâmega Jornal (TJ) - Como surgiu a oportunidade de vir para esta paróquia e como encarou esta sua nova tarefa?
Pe. José Manuel Ferreira (JM) - Havendo necessidade de se fazer algumas nomeações de párocos, o prelado da nossa Diocese houve por bem nomear-me pároco. Das alterações efectuadas ficou liberta Amarante, que havia necessidade prover de pároco. Foi com grande sentido de missão, colaboração e corresponsabilidade que encarei este desafio, mas também com muita humildade.
TJ - Que avaliação faz destes primeiros meses na paróquia? Qual é a sua opinião sobre a realidade e o quotidiano desta comunidade?
JM - Desde que cheguei a Amarante, tenho a ressaltar o acolhimento de todos quantos de coração aberto depressa me fizeram sentir em casa. Depressa também percebi o quanto o trabalho pastoral está muito evoluído e a qualidade de todos os colaboradores. Todos temos a consciência de sermos uma comunidade muito visitada tanto pelo património arquitectónico, como pela devoção a S. Gonçalo, o que nos dá uma responsabilidade maior, quer no acolhimento que fazemos, quer na autenticidade da comunidade que somos.
TJ - O pároco anterior deixou uma marca forte na cidade. Sente que foi uma transição natural, as pessoas facilmente se adaptaram à nova realidade?
JM - O Pe Amaro Gonçalo esteve à frente desta comunidade durante 16 anos, tendo cá chegado após a sua ordenação, imprimindo de imediato toda uma vivacidade, criatividade e empreendedorismo, do qual todos nos orgulhamos e agradecemos. É muito natural a saudade deixada pelo meu antecessor, em todos quantos de perto com ele se relacionaram. No entanto, a transição foi muito natural.
As pessoas em Amarante já se foram habituando a ter um pároco jovem: comigo, o meu antecessor e, recorde-se, o Pe. Pacheco, bem como muitos coadjutores que por aqui passaram.
TJ - O que podemos esperar do novo pároco? Que ideias e dinâmicas tem para esta paróquia?
JM - Meu caro, a esperança é uma atitude muito cristã. Contudo ainda estou a chegar e a pouco e pouco as ideias, que trago, vão-se tornando realidade, e muitas outras que surgirão com o tempo.
TJ - Como tem vivido a paróquia este ano Gonçalino em que se celebram os 750 anos da morte de S. Gonçalo?
JM - A nossa comunidade não quis passar sem celebrar esta efeméride, já estão publicados dois livros e outras coisas se seguem. Tudo faremos com muita sobriedade e com a dignidade que o nosso padroeiro merece. Fico muito contente de ver as instituições da cidade que abraçaram também esta ideia.
TJ - A propósito da realização das Festas do Junho, que evocam S. Gonçalo, como pretende despertar a atenção das pessoas para a celebração do Ano Gonçalino?
JM - Pelo que me é dado a conhecer o número de pessoas que traz a esta terra por ocasião das Festas do Junho movidas pela devoção a S. Gonçalo fala por si. Por certo, terei oportunidade de falar deste evento, não o fazendo esquecer, mas actualizando algum tema que creio ser oportuno: que é o facto de S. Gonçalo ser construtor de pontes.
TJ - É o seu primeiro ano como pároco nesta comunidade. Como explica a devoção das pessoas a S. Gonçalo?
JM - A devoção das pessoas a S. Gonçalo inscreve-se dentro da religiosidade popular, na procura de uma protecção e de um intercessor. Trata-se de uma devoção que ultrapassa os limites do concelho, bem como do país e que até ultrapassou o Atlântico, onde quer que os amarantinos ou pessoas destas terras vizinhas chegaram, levaram consigo também toda a sua cultura, onde se inscreve a devoção a S. Gonçalo.
TJ - A paróquia é central, vem gente de todos os lados. Mas não sente que a prática religiosa das pessoas, nomeadamente a participação na eucaristia, tem diminuído. Como pode a Igreja contrariar esta tendência?
JM - Como estamos numa Igreja central, como diz, não se sente tanto a diminuição da prática religiosa, e não se tem sentido de facto. Posso admitir, contudo, embora que hipoteticamente, uma vez que não tenho elementos para fazer esse juízo, que dos paroquianos tenha havido uma diminuição. No entanto, esse é um problema com o qual se debate toda a Igreja, tanto em Portugal como no mundo ocidental. O Sr. D. Manuel Clemente está para inaugurar a Missão 2010, no sentido de encetar caminhos para a nova evangelização na nossa Diocese, paróquia a paróquia, para que pela autenticidade do cristianismo consigamos com uma nova linguagem, novos métodos e novo ardor fazer chegar o Evangelho a todos.
TJ - O Bispo do Porto apresentou recentemente um conjunto de acções para desenvolver na diocese durante o próximo ano. Chama-lhe Missão 2010. O que se pretende com esta iniciativa?
JM - O que se pretende é que em cada comunidade se olhe a realidade circundante e se vá preenchendo com anúncio, alegria, (com)paixão, (com)vida, com Maria, com festa, acolhimento, missão, esperança e luz. Isto de forma plástica pelos meses do ano. E vivendo a nível de cada paróquia, movimento, congregação religiosa se possa depois alargar ao âmbito diocesano de forma celebrativa e de partilha das experiências. Com esta dinâmica a Igreja do Porto quer assim fazer chegar a sua mensagem a todos os homens e mulheres.
TJ - Este foi um ano em que a pastoral da Igreja evocou S. Paulo. O que mais marca ou deve marcar as pessoas neste Ano Paulino?
JM - Neste ano, muito se falou de S. Paulo, em quase todos os Domingos do ano ouvíamos as suas cartas ou feitos. Mas creio que a novidade que o encontro com Cristo ressuscitado trouxe à sua vida, bem como a transformação nele operada, fazendo dele Apóstolo dos Gentios seria em suma o que deveríamos reter.
TJ - O próximo ano pastoral será dedicado ao sacerdócio. Cada vez há menos vocações sacerdotais, há um grande número de padres já em idade muito avançada. Como poderá ser o futuro da Igreja perante esta realidade?
JM - “Os trabalhadores são poucos, pedi ao dono da seara que mande operários”, estas palavras constatam uma realidade salvadora, que nos compromete a todos e nos liberta também. Creio que o grande desafio da nossa sociedade actual será cuidar da família, e porque não da vocação matrimonial e mais da perpetuação e consolidação da estrutura familiar, para o qual estamos todos chamados a cuidar. Pois é num bom ambiente familiar que tudo começa a desabrochar, nomeadamente os projectos com futuro. E se queremos todos muito olhar para o futuro devemos muito também cuidar do presente que nos está colocado nas mãos para cuidarmos bem dele.
TJ - Em tempo de festa que mensagem deixa às pessoas que durante estes dias passarão pela cidade evocando S. Gonçalo?
JM - A primeira palavra é de acolhimento a todos quantos passarem por Amarante, nestes dias, que encontrem aqui um local de alegria e de festa, mas também um local de recolhimento e oração junto de S. Gonçalo. Antes de virem às festas não esqueçam o direito concedido pela cidadania que a todos une.
Como S. Gonçalo tornem-se construtores de pontes entre os homens. Todos são precisos para esta construção, onde possam circular a amizade, a verdade, a solidariedade, a justiça e a paz.
Que S. Gonçalo vos cumule a todos com a sua graça.» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=2124







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