09/06/09

Escola Secundária/3 de Amarante: "12 CT2 em Grande destaque no Educare, com trabalho de Área de Projecto sobre Jogos Educativos!"

«Jogar estimula o raciocínio
Sara R. Oliveira| 2009-06-08


Turma do 12.º ano da Escola Secundária/3 de Amarante recorreu a jogos matemáticos para analisar como se comportavam os neurónios. O sudoku serviu de teste e o desenvolvimento cognitivo não ficou indiferente.
Será que uma habitual dedicação a jogos matemáticos provoca um desenvolvimento cognitivo? A pergunta foi lançada e cinco alunos de uma turma do 12.º ano da Escola Secundária/3 de Amarante - Álvaro Silva, José Carlos Cerqueira, Mónica Mesquita, Paulo Pinto e Rui Moreira - trataram de testar a teoria, ou seja, dar resposta à questão, sob orientação do professor Rui Amaral. O grupo acreditava que os jogos teriam um papel benéfico para a saudável maturação das estruturas cognitivas. Havia que confirmar a hipótese. Os estudantes delinearam uma experiência com o jogo Sudoku junto de mais de 30 alunos do 9.º e 12.º anos, que tinham de realizar diariamente um exercício do jogo. Os tempos da resolução, ou melhor, da colocação dos números nos devidos quadradinhos, eram verificados quinzenalmente. Os dados foram tratados, um relatório científico foi elaborado e os resultados foram reveladores. O projecto acabou por ser apresentado no Centro de Matemática da Universidade do Porto.
"Concluímos que os jogos matemáticos provocam um desenvolvimento cognitivo, muito mais acentuado quando jogados regularmente. Tendo em conta, para o jogo Sudoku, o tempo que os alunos demoram a resolvê-lo, verifica-se que o tempo de resolução evolui aproximadamente segundo um padrão hiperbólico, à medida que as medições temporais são efectuadas no decorrer da experiência" - adiantam os alunos. "Este padrão evolutivo sugere uma optimização dos métodos de resolução, uma adaptação das nossas estruturas cerebrais às exigências do jogo, uma melhoria das capacidades específicas para a resolução do jogo, o que, inegavelmente, resulta de um processo de desenvolvimento cognitivo", acrescentam.
O tema surgiu no âmbito da Área de Projecto e os cinco alunos quiseram tratar um assunto que, por um lado, tivesse utilidade prática e, por outro, "nunca tivesse sido tratado na escola". "Actualmente, tem-se discutido a importância dos jogos matemáticos para o desenvolvimento cognitivo e para o ensino da própria Matemática, disciplina cujos resultados são consideravelmente inferiores aos das outras disciplinas. Nasceu, então, o projecto, numa tentativa de tentar provar a importância destes jogos e seguidamente os implementar na escola", explicam.
O raciocínio matemático é um bom estímulo para outras actividades? A pergunta foi colocada em determinados momentos do projecto. "Na verdade, a nossa experiência provou que, quando exercitamos o raciocínio, tornamo-nos mais rápidos e eficazes. Uma vez que alguns raciocínios matemáticos podem ser utilizados noutras áreas exactas ou mesmo naturais - por exemplo, a capacidade de articular e compreender informação -, a prática habitual levará a uma melhoria da agilidade mental, podendo, depois, interferir com outras actividades", conclui o grupo.
Antes de avançar para o terreno foi necessário definir o principal conceito, ou seja, jogo matemático. "É todo aquele que exige dos jogadores um tipo de raciocínio e, portanto, não depende essencialmente da sorte. Podem abordar diversas áreas da Matemática e de alguns podem, inclusive, deduzir-se factos bastante interessantes e que estão na base de importantes teorias matemáticas." E de acordo com as capacidades que desenvolvem, podem ser classificados em jogos de motricidade, memória, compreensão, análise, resolução de problemas. "Estes parâmetros de classificação estão, também, ordenados de acordo com a complexidade, pelo que os jogos de estratégia e resolução de problemas exigem um nível cognitivo superior aos restantes".
O trabalho já terminou, no entanto, os alunos que estão a concluir o 12.º ano gostariam que o projecto tivesse continuidade. Esse foi, aliás, um dos objectivos definidos no início do ano lectivo. Fica a vontade dos cinco estudantes. "Desejamos que nos próximos anos lectivos seja possível introduzir a componente dos jogos matemáticos em áreas não curriculares do Ensino Básico como Estudo Acompanhado ou Área de Projecto, ou até mesmo em aulas de Matemática. Através dos nossos produtos finais, pretendemos dar a conhecer aos alunos diversos tipos de jogos e cativá-los para esta realidade, o que, sem dúvida, é um grande passo para a introdução destes jogos nas aulas". O grupo pretende ainda que o Clube de Xadrez e o Campeonato do Jogo do 24, actividades criadas por si, continuem a ter espaço na escola.» in http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=6BA685C90C271FACE0400A0AB8002118&opsel=1&channelid=0

Jovens brilhantes da Escola Secundária/3 de Amarante!


2 comentários:

  1. É necessário estimular e reconhecer o mérito dos alunos!

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  2. Elsa, claro que é!
    Os alunos que se destacam positivamente são por vezes esquecidos, na ânsia de atendermos muito aos alunos com mais dificuldades!
    mas os alunos que vão mais além merecem mais a nossa atenção do que por vezes se pensa!
    Afinal, todos precisamos de feed-back, para evoluirmos...
    Este grupo de alunos em particular, muito bem conduzidos por uma jovem brilhante de seu nome Mónica, merece todo este destaque!
    Na ESA fez-se Educação!

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