15/04/09

Liga dos Campeões: F.C. do Porto 0 vs Manchester United 1 - Dragões cairam com Honra e venderam cara a derrota!

«A aventura segue dentro de momentosNão terminou. A aventura para Campeões sofreu apenas uma interrupção. Abrupta, é certo, e especialmente dolorosa, sobretudo em face do que os Dragões produziram em Manchester. Severa, a soma das duas mãos desvia irremediavelmente os Dragões dos caminhos que vão dar Roma, mas não os afasta da mais dourada rota europeia, a retomar em breve. Porque, para o «ano», haverá certamente mais. E isso não é para todos.
Com os opositores determinados, seguros da exigência e dos requisitos do encontro, o preâmbulo de encaixe, iniciado em Old Trafford, foi liminarmente dispensado no Dragão. Hulk desenhou a primeira ameaça, na transformação de um livre, pouco antes de Cristiano Ronaldo fazer o golo do nada. Aos seis minutos, o jogo estava lançado. No primeiro dos dois remates do Manchester United à baliza ao longo de toda a primeira parte.
Em seis minutos, o FC Porto dava por si em desvantagem na partida e na eliminatória, que já não lhe fizera justiça em Inglaterra. Reagiu. Recompondo-se primeiro e respondendo depois. Pouco depois, com Bruno Alves a errar o alvo por uma nesga, que frustrou os cálculos de intensidade e colocação quando da cobrança de um livre directo.
Novo golpe condicionaria a abordagem inicial dos Dragões na lesão de Lucho, que, antes da substituição forçada e da consequente revisão de planos, assistiu Lisandro para o remate à meia volta, que reaproximou o campeão português do empate, resultado que se fez anunciar até ao último suspiro do encontro, sob as mais variadas formas.Sapunaru, num remate cruzado, Bruno Alves e Rolando (agarrado por O’Shea, com Van der Sar fora do lance), ambos de cabeça, Raul Meireles, de fora da área, e Lisandro, na emenda que chegara a parecer perfeita a cruzamento de Mariano, mantiveram a defesa do United em sobressalto e resumiram, então, o jogo inglês a um longo exercício de contra-ataque, sem, no entanto, reverterem a eliminatória a favor do F.C. Porto e rectificarem o resultado da primeira mão, lisonjeiro para os de Manchester e curto para a magia azul e branca, que fizera do Teatro dos Sonhos um espaço de pesadelo britânico.

FICHA DE JOGO

UEFA Champions League, quartos-de-final, 2ª mão
15 de Abril de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.010 espectadores

Árbitro: Massimo Bussacca (Suíça)
Assistentes: Matthias Arnet e Manuel Navarro
4º Árbitro: Sascha Kever

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez
Substituições: Lucho por Mariano (31m), Rodríguez por Farías (63m) e Sapunaru por Tomás Costa (80m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Guarín e Andrés Madrid
Treinador: José Gomes

MANCHESTER UNITED: Van der Sar; O’Shea, Ferdinand, Vidic e Evra; Anderson, Carrick e Giggs; Cristiano Ronaldo, Berbatov e Rooney
Substituições: Berbatov por Nani (68m) e Anderson por Scholes (77m)
Não utilizados: Foster, Neville, Evans, Tévez e Macheda
Treinador: Alex Ferguson

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Cristiano Ronaldo (6m)
Disciplina: cartão amarelo a Vidic (41m) e Evra (57m)

Golo do Manchester United apontado por Cristiano Ronaldo, num golão do meio da rua do melhor Jogador do Mundo!

2 comentários:

  1. Amigo Helder Barros, grande lástima que nosso seu Porto tenha ficado por aqui, ante os multi-milionários de Manchester, cabeça erguida embora, e nem a Senhora Nossa do Monte da Virgem lhe haja podido valer.
    Só uma pergunta, e sem resposta, e sobre o golo, me ficou a bailar comigo noite fora:
    Porque será que o madeirense ex-leãozinho Ronaldo, tão primoroso ontem, não terá soltado ultimamente nenhum semelhante rugido ao jogar por Portugal?
    Ou é que é só Sir Ferguson que o doma das rebelias falhadas em seu lídimo inglês?

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  2. Caro Amigo Ôchoa, penso tratar-se da experiência e mérito de Sir Fergunson; sem dúvida um Grande Senhor e um Grande Treinador!

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