05/04/09

Religião - Hoje é Dia de Ramos, um Dia Importante para os Cristãos!

«Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor, no dia de Ramos, Evangelho de São Lucas.


Neste dia, entrecruzam as duas tradições litúrgicas que deram origem a esta celebração: a alegre, grandiosa , festiva litrugia da Igreja mãe da cidade santa, que se converte em mímesis, imitação do que Jesus fez em Jerusalém, e a austera memória - anamnese - da paixão que marcava a liturgia de Roma. Liturgia de Jerusalém e de Roma, juntas em nossa celebração. Com uma evocação que não pode deixar de ser atualizada.


Vamos com o pensamento a Jesuralém, subimos ao Monte das Oliveiras para recalar na capela de Betfagé, que nos lembra o gesto de Jesus, gesto profético, que entra como Rei pacífico, Messías aclamado primeiro e depois condenado, para cumprir em tudo as profecias.


Por um momento as pessoas reviveram a esperança de ter já consigo, de forma aberta e sem subterfúgios aquele que vinha em nome do Senhor. Ao menos assim o entenderam os mais simples, os discípulos e as pessoas que acompanharam ao Senhor Jesus, como um Rei.


São Lucas não falava de oliveiras nem de palmas, mas de pessoas que iam acarpetando o caminho com suas roupas, como se recebe a um Rei, gente que gritava: "Bendito o que vem como Rei em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas".


Palavras com uma estranha evocação das mesmas que anunciaram o nascimento do Senhor em Belém aos mais humildes. Jerusalém, desde o século IV, no esplendor de sua vida litúrgica celebrada neste momento com uma numerosa procissão. E isto agradou tanto aos peregrinos que o oriente deixou marcada nesta procissão de ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa.


Com a litiurgia de Roma, ao contrário, entramos na Paixão e antecipamos a proclamação do mistério, com um grande contraste entre o caminho triunfante do Cristo do Domingo de Ramos e o "via crucis" dos dias santos.


Entretanto, são as últimas palavras de Jesus no madeiro a nova semente que deve empurrar o remo evangelizador da Igreja no mundo.


"Pai, em tuas mão eu entrego o meu espírito". Este é o evangelho, esta a nova notícia, o conteúdo da nova evangelização. Desde um paradoxo este mundo que parece tão autônomo, necessita que lhe seja anunciado o mistério da debilidade de nosso Deus em que se demonstra o cume de seu amor. Como o anunciaram os primeiros cristãos com estas narrações longas e detalhistas da paixão de Jesus.


Era o anúncio do amor de um Deus que desce connosco até o abismo do que não tem sentido, do pecado e da morte, do absurdo grito de Jesus em seu abandono e em sua confiança extrema. Era um anúncio ao mundo pagão tanto mais realista quanto mais com ele se poderia medir a força de sua Ressurreição.


A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.» in http://mundodacultura.com/festividades/diaderamos.htm


(Evangelo Domingo de Ramos)

(Domingo de Ramos - Salmo)

(Domingo de Ramos)


3 comentários:

  1. Sim, Helder Amigo, celebramos a Entrada Triunfal e Aclamada de Cristo em Jerusálem! Montado num jumentinho pacífico, filho de uma jumentinha, ouviu o clamor colectivo: HOSSANA, HOSSANA AO FILHO DE DAVID! E advertiu quem se ressentiu de o aclamarem: «SE ELES SE CALAREM, GRITARÃO AS PEDRAS!» ( Eram sobretudo os meninos que gritavam a aclamação ao Rei do Universo! Ensor, numa pintura célebre tratou da «Entrada Triunfal do Cristo em Bruxelas...» E entre nós Raul Brandão e Teixeira de Pascoaes escreveram de parceria a «Entrada do Cristo em Lisboa...» Bruxelas, Jerusalém, Lisboa, Fátima, Porto, Amarante, Setúbal, Medjugorge... O fundamental é que Ele entre libertador e triunfante em nossos corações... E como escrevi uma Ode em que o tema aflora não resisto a aqui a transcrever -- para os teus e para ti e para tuti quanti Helder Amigo:
    ‘Se O omitirem,
    as pedras e os menino O gritarão,
    loucura para o mundo,
    sabedoria para os simples,
    única medida…’
    Ser-vos-á servida quantidade acubulada, a transbordar:
    Fará com que vos senteis à mesa, preparará refeição,
    e vos atenderá, caso estejais vigilantes, dias, noites, cingidos
    rins, vestidos com rigorosíssimo traje, e compunção.
    ‘O sol se deu resplendendo,
    as boas e as más horas,
    igual pra justos e injustos.’
    Não criastes, artistas, filósofos, economistas,
    estudiosos da praxis, sociólogos, um mundo ao avesso,
    sufocados p’la vossa absoluta cultura,
    com o Sim e o Não a equivalerem-se?
    Que é daqueles que tratastes de somenos?
    ‘Um Brot, um Brot, um Brot!’ ‘De profundis clamavi!’
    Donde esse vosso estranhamento perante a morte,
    outro tempo, natural como respirar.
    Pedi que a Hora não vos interrompa em meia viagem.
    Alcance-se do Amigo Único A Antiga Palavra:
    ‘Venenos, espancamentos, pestes, serpentes não temereis…’
    -
    Com o meu voto de Santa Páscoa. Depois da morte, a Vida!

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  2. Santa Páscoa, Amigo Ôchoa e Família!

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  3. Depois da escura noite, o claro dia, e, depois da negra morte, a alegria da luz da ressureiçao e da vida, que se nos dá por Ele, O Senhor Jesus!!!
    Como escreveu Paulo, se não vivermos a Páscoa, será vã nossa fé.
    Vivamos, Helder, com todos os nossos mais queridos, e, se possível, com todos os menos queridos nossos, esta Santa Páscoa, à porta, e todas as Santas Páscoas da Vida!

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