08/03/09

Leixões S.C. 1 vs F.C. do Porto 4 - Dragões goleiam e continam na frente da Liga principal do Futebol Português!

«Classe transbordanteDesfecho expressivo, condizente em absoluto com as acções desenvolvidas dentro do terreno de jogo, o sétimo triunfo consecutivo do Dragão fora de portas para a Liga teve bases consolidadas ao longo da primeira metade, e ornamentação luxuriosa durante a segunda. Indiscutivelmente superior, mais pragmático e, paradoxalmente, mais elementar, o F.C. Porto foi categórico na hora de reclamar a sua supremacia na partida. Vivo e intenso nos instantes iniciais, o duelo entre o Tricampeão e o Leixões simulou, ao longo do primeiro quarto de hora, um equilíbrio que, a partir de então, se percebeu não pertencer à contenda, nem tão pouco se adequar ao jogo de forças implementado por ambas as equipas. À exuberância infrutífera dos anfitriões, fruto em larga medida da excitação inicial de um recinto bem composto, a equipa de Jesualdo Ferreira respondeu com inúmeras iniciativas ameaçadoras e autoritárias na mesma medida, que anteciparam aquilo que, posteriormente, ficaria para a história do encontro.Lucho liderou as hostes azuis e brancas e foi o primeiro a colocar em sentido a defesa do Leixões, logo seguido por Hulk, que, aos 17 minutos, deixou dois opositores pelo caminho, numa arrancada imagem de marca, travada apenas pela primeira das várias intervenções decisivas, com os pés, do guarda-redes da casa. Antevia-se, por esta altura, aquilo que Hugo Morais acelerou: o médio anfitrião cortou com o braço uma jogada de perigo azul e branco na área leixonense e Lucho não hesitou na conversão do castigo máximo, abrindo caminho à predominância que não mais cessou até ao apito final. O golo foi o mote para o Dragão assumir em pleno a condição de superioridade que a actual classificação do campeonato evidencia e tomou controlo total do rumo dos acontecimentos no Estádio do Mar. Não surpreenderam, portanto, as oportunidades primorosas que Farias, primeiro, e Hulk, depois, não lograram converter, rematando ligeiramente ao lado, no caso do argentino, e para defesa apertada de Beto, no do brasileiro.Com facilidade aparente, largamente baseada na simplicidade de processos do Tricampeão, sempre mais acutilante, perigoso e pragmático no momento de encarar o adversário, a formação portista sobrepunha-se gradualmente ao seu opositor, construindo pelo meio uma nova exibição categórica da sua classe. O descanso não quebrou o ritmo do F.C. Porto, que surgiu no reatamento disposto a resolver em definitivo as contas do marcador, atribuindo-lhe contornos mais ajustados com o duelo em campo. Um minuto bastou para que Hulk, Mariano e Lucho se entendessem na perfeição, construindo a três uma oportunidade que o remate espontâneo do capitão portista desaproveitou por centímetros. Hulk, logo depois, deu outro seguimento a um erro de Laranjeiro, aproveitando a oferta do defesa contrário para se isolar e, na cara de Beto, escolher o lado em que colocaria o segundo capítulo do crescente triunfo portista.Incansável, sem cedências apesar do domínio, foi de novo o Tricampeão a posicionar-se em plano de destaque na partida, criando várias outras ocasiões soberanas para fazer avolumar o resultado, que, inevitavelmente, acabaria por registar novas ocorrências nos minutos subsequentes.
O golo de Raul Meireles, aos 65 minutos, após entendimento com Farias e Mariano, foi apenas a confirmação das evidências, que sairiam reforçadas onze minutos depois, quando Farias cabeceou para golo o canto cobrado por Mariano. A alargada diferença no resultado era o espelho da conjugação de esforços de um Dragão seguro a defender e inapelável a atacar, devolvendo sem indulgência, e com requintes de goleada, a desfeita protagonizada pelo anfitrião desta noite quinze jornadas da Liga antes.A redenção caseira, de resto, não chegou pelo lance feliz de Diogo Valente, a queimar o minuto 90, nem tal poderia acontecer, perante tão expressivo domínio azul e branco. Tarik, ainda antes do apito final, poderia até ter selado o encontro com mais um golo portista, mas o remate do marroquino foi travado pelos pés de Beto. O vencedor da partida, esse, estava há muito encontrado e jamais viu colocada em causa a sua completa autoridade em jogo. Categórico, portanto.

FICHA DE JOGO

Liga Portuguesa 2008/09 – 21ª jornada
7 de Março 2009
Estádio do Mar, em MatosinhosÁrbitro: Rui Costa (AF Porto)
Árbitros Assistentes: Serafim Nogueira e Fernando Pereira
4º Árbitro: Augusto Costa

LEIXÕES: Beto; Laranjeiro, Elvis, Nuno Silva e Angulo; Roberto Sousa, Bruno China «cap.», Hugo Morais e Ruben; Diogo Valente e Rodrigo Silva
Substituições: Ruben por Chumbinho (37 min), Elvis por Joel (46 min) e Hugo Morais por Zé Manuel (58 min)
Não utilizados: Berger, Braga, Castanheira e Jean Sony
Treinador: José Mota

F.C. PORTO: Helton; Tomás Costa, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Fernando, Raul Meireles e Lucho «cap.»; Mariano, Farias e Hulk
Substituições: Raul Meireles por Andrés Madrid (68 min), Hulk por Tarik (75 min) e Lucho por Lisandro (79 min)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Rabiola e Ivo Pinto
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Lucho (23 min, g.p.), Hulk (49 min), Raul Meireles (65 min), Farias (76 min) e Diogo Valente (89 min)
Disciplina: cartão amarelo para Hugo Morais (22 min), Hulk (57 min), Farias (76 min) e Fernando (90 min)» in site F.C. do Porto.

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Imagens de um jogo de sentido único em que o F.C. do Porto venceu com toda a justiça!
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Mais um preciosismo dos locutores sulistas da RTP: "grande penalidade oferecida pelo central do Leixões"; esta é inédita, grande imaginação a dos jornalistas encarnado-dependentes! E porque não dizer também: "golo da vitória do benfica na sequência de um livre oferecido pelo árbitro"; já sei não dá jeito à 2.ª circular!

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