25/01/09

A Amnésia Socrástica começa a ser reveladora de algo mais...
























«ÍNDICE DO SITUACIONISMO (13):
A QUESTÃO FREEPORT NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
(7)



Os mecanismos comunicacionais vivem da "novidade". A lógica do seu desenvolvimento depende de haver novas informações todos os dias. Se não for assim, o caso Freeport (como qualquer outro) conhecerá um pico e depois cairá progressivamente no esquecimento, até ao dia em que as mesmas informações já esquecidas aparecerão como nova "novidade", ou quando haja mesmo "novidades". Este mecanismo pouco tem a ver com a substância da questão, quando esta existe fora da sua mediatização, como é o caso Freeport. O seu relançamento não se deveu a qualquer fuga processual para os jornais (como sugeriu falsamente o Primeiro-ministro), mas sim a um dia de buscas da PJ e às informações relevantes (declarações de familiares de José Sócrates) que se lhe seguiram. Agora, manter ou não a questão na agenda dos media, cada vez mais depende da orientação editorial desses mesmos media. O situacionismo ou a independência vão ser mais nítidos agora do que nos dias de brasa destes fins de semana, em que era impossível ocultar que havia um "caso" em curso (e mesmo assim a RTP nalguns noticiários e o Jornal de Notícias procederam assim). O que se sabe, informações, contradições, declarações, são de uma gravidade que não pode ser ignorada nem esquecida. No passado, em relação a muitos outros casos de menor importância, a comunicação social manteve-os como "escândalos", dando-lhe sequência investigativa e persistência editorial, fazendo exigências de clarificação e não deixando que haja esquecimento. Este caso, talvez o que mais gravemente afecta o centro do poder (o único precedente idêntico foi o "caso Emáudio" e houve aí uma deliberada desvalorização para não atingir Mário Soares), não pode ser escondido debaixo de um tapete. Já se sabem coisas a mais para perceber que ele não cabe debaixo de um tapete.

Digo isto porque sou seu adversário político ou o acho mau governante? Não. Digo isto porque desde a história do diploma e dos projectos das casas, não acredito na sua palavra. E já o escrevi antes, não precisei do caso Freeport. Significa isto que o acho culpado, sem apelo, pelo julgamento insidioso das suspeitas? Também não. Digo-o apenas porque, como afirmou um jornalista do Expresso, Filipe Santos Costa, na SICN, não deixo de pensar. Há pessoas cuja palavra me faz deixar de "pensar" de imediato, porque tenho nelas confiança, esse valor intangível muito menos precário do que se pensa. Outras não. Fica pois aqui esta declaração de confiança ou de falta dela.» in abrupto.
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Muito pertinente esta análise do Dr. Pacheco Pereira, em que em duas penadas revela o que muita gente pensa, mas não quer, ou não pode dizer em Portugal... é que começam a ser muitas coisas: a trapalhada do diploma, a assinatura de projectos de casas de qualidade pífia, de conformidade técnica dúbia e de mau gosto evidente, com a amnésia do caso Freeport, com familiares e off-shores à mistura, o tom arrogante e estilo pidesco, tudo isso deveria merecer muito mais escrutínio dos média portugueses. Aliás num país onde a linha editorial dos jornais não fosse marcadamente de esquerda, o Primeiro Ministro seria fustigado por todos os lados; mas não, o Engenheiro Sócrates é um protegido e os Portugueses terão que levar com ele... o Engenheiro que sofre de amnésia também já se esqueceria que foi Ministro de um Governo que tinha como paixão a Educação e cujo Primeiro Ministro abandonou o barco, depois de o enterrar num pântano... coisas da falta selectiva de memória!

4 comentários:

  1. escreveu alguém: vox populi, vox dei.
    q diz o povo?
    n~ há fumo sem fogo.
    q mais?
    q quem semeia ventos colhe tempestade.
    ainda:
    n~ há mal q dure sempre nem bem q n~ se acabe.
    cá por mim direi:
    tudo remédio terá exceptto a morte q quando vem remediada está...
    vale, helder, e quer q mais lhe diga?
    confiemos na hora do voto na sabedoria das gentes.
    um abraço.
    ochoa

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  2. Vale, Amigo Ângelo Ôchoa!
    Esperemos que apesar de toda a protecção que o Engenheiro recebe de uma Comunicação Social de Esquerda, o Povo o saiba mandar dar uma volta... num qualquer Freeport!

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  3. ... Mas quanto a Free Port e quejandas trapalhadas a que, apesar de nós, nos vão habituando ...
    Pra tudo dizer numa palavra:
    SUJEIRA

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  4. É verdade Amigo, Poeta, Ângelo Ôchoa: Sócrates = Sujeira!

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