23/06/08

Educação em Portugal - Facilitísmo chegou aos Exames Nacionais!

«Exames Nacionais

Prova de Matemática A com ‘grande número de questões elementares’
A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considerou hoje que o exame nacional de 12.º ano de Matemática A foi «mais fácil» que o de 2007, alegando que a prova contém «um grande número» de questões de resposta «imediata e elementar»
«A prova comporta um grande número de questões de resposta imediata e elementar, não aferindo conhecimentos matemáticos importantes, o que perfaz um total de cinco valores. Confirma-se a tendência já patente no exame nacional do 9.º ano [...]» , afirma a SPM, num parecer sobre a prova realizada hoje por mais de 38 mil alunos.
Por exemplo, aponta a sociedade, uma questão do grupo III «poderia ser abordada numa aula do 9.º ano e resolvida por considerações de simples bom senso», enquanto outra do grupo II «pouco ou nada avalia em termos matemáticos, testando apenas a destreza no uso da calculadora».
«O grau de dificuldade deste exame é inferior ao do ano passado. O padrão utilizado pelo Gabinete de Avaliação Educacional para avaliar o desempenho dos alunos não permite distinguir aqueles que efectivamente trabalham e não ajuda os professores a incentivarem os alunos a aprofundar os seus conhecimentos» , acrescenta.
No entanto, a SPM reconhece que a prova cobre o programa no essencial, sem qualquer erro científico ou de formulação, sendo a linguagem adequada e clara, «o que denota um progresso relativamente às questões demasiado palavrosas e de interpretação dúbia, habituais em anos transactos».
Acrescenta ainda que o exame contempla questões sobre temas importantes do programa do 12.º ano, como continuidade, cálculo diferencial e estudo de limites, «tópicos em que professores e alunos investem bastante ao longo do ano lectivo e que não têm sido suficientemente avaliados».
Quanto à prova de Matemática B, realizada também hoje mas por quase sete mil estudantes, a SPM considera-a «excessivamente fácil», omitindo por completo conteúdos programáticos importantes, como estatística, geometria analítica ou programação linear.
«Nos anos anteriores, os exames de Matemática B tinham um grau de dificuldade relativamente elevado, talvez até mesmo excessivo se atendermos às características dos alunos que frequentam a disciplina. Este ano, passou-se para o extremo oposto, fazendo-se uma prova demasiado fácil, que não premeia o esforço desenvolvido ao longo do ano por professores e alunos» , lê-se no parecer.
Por outro lado, a SPM sublinha que o grupo IV da prova, cotado em 20 pontos numa escala de 0 a 200, está «perfeitamente ao alcance» de um aluno do 7.º ano e o VI pode ser «facilmente» resolvido por um estudante do 9.º ano.
Sobre o exame do 9.º ano, a sociedade qualificou-o como um dos mais fáceis, «senão o mais elementar», dos últimos anos, sublinhando que «a nivelação por baixo» poderá ter custos futuros «muito graves». Lusa / SOL» in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=99103&dossier=Exames%202008
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Os nossos governantes perderam, definitivamente, a cabeça. Assinam um acordo ortográfico que nos obrigará a todos a falar Brasileiro. Resolveram agora acabar com o bicho papão da matemática e conceberam exames risíveis, estes ano todos com mais meia hora de tolerância, de forma a que os alunos digam ironicamente que os testes realizados são mais difíceis que os Exames.
Tantas gerações de alunos injustiçados, mas é a vida, o que importa são os números e os ciclos eleitorais... temos uma geração diplomada, mas iletrada, com muita estatística que nunca entenderemos e para que a União Europeia fique mais forte na ilusão! Para aumentar a eficiência, numa espécie de Simplex, a Senhora Ministra poderia propor a realização de Exames aos Domingos, comodamente em casa dos estudantes que, posteriormente, remeteriam para os Professores Correctores, via Fax ou email...

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