18/05/08

Sporting C.P. 2 vs F.C. do Porto 0 (a.p.) - Perdemos a Taça por linhas tortas!









«Final injusto numa Taça de amargo

A entrega e comprometimento de quem jogou 50 minutos em inferioridade numérica sem se mostrar menor do que o opositor justificava outro desfecho, um final menos amargo, justo, no mínimo, ou apenas qualquer outro que não tivesse sido conduzido por uma arbitragem ardilosa, especialmente hábil na aplicação dúbia da lei, ao jeito de dois pesos e duas medidas, para lá das dúvidas geradas pelo golo negado ao Sporting, por suposto fora-de-jogo, ainda na primeira parte, ou, em especial, depois dele. A Taça está entregue, portanto.
Preliminares não houve. Para estudo mútuo, bastavam às duas equipas os nove meses de convivência na mesma Liga, que os Dragões dominaram de forma suficientemente clara para que a final fosse encarada como um mero tira-teimas. Só uma apreciação demasiado simplista e desonesta poderia atribuir-lhe tal condição.
A análise recíproca fora, obviamente, concluída ainda antes da literal subida ao relvado, pelo que não haveria lugar a estratégias de espera e expectativa. Os primeiros minutos seriam de iniciativa assumida, repartida e, numa fase inicial, confusa, baralhada pela intenção partilhada de gerar o domínio pela imposição de um sector intermediário sobre o outro.
Depois da atenção e elasticidade terem distinguido Nuno na baliza do F.C. Porto, a melhor das respostas azuis e bancas deixou Lisandro a sós com Rui Patrício, já depois de Mariano, numa iniciativa brilhante, ter deixado para trás três adversários. Do lance não surtiu, no entanto, o golo. Nem do mais que se jogou da primeira parte, num aparente equilíbrio em que o Sporting apelava frequentemente ao efeito surpresa do contra-ataque.
O cariz do jogo, extremamente equilibrado, num género característico de encontro decisivo marcado por mais cuidado do que ousadia, não sofreu alteração profunda na segunda metade. Aparte um remate cruzado de Lucho, que falhou as medidas por pouco, o empate nas intenções, projectos e resultado prolongou-se para lá da expulsão de João Paulo, na sequência de um lance duvidoso que já havia deixado Lisandro por duas vezes no chão, no interior da área defendida pelo Sporting.

A inferioridade numérica dos Dragões perdurou no prolongamento, apesar da entrada de Abel sobre Raul Meireles ter justificado a amostragem do segundo cartão amarelo. O tempo extra disputar-se-ia sem o lateral do Sporting apenas porque Paulo Bento entendeu substituí-lo, pouco antes de Benquerença revelar, em novo equívoco, a intenção de terminar a primeira parte ao fim de seis minutos, do que foi demovido pelos próprios jogadores.
Mas mais do mesmo estava para vir. Uma falta clara, evidente (que não carecia de repetição em câmara lenta para gerar o juízo correcto), de Polga sobre Lisandro, no limite da área sportinguista, foi simplesmente ignorada pelo árbitro, lapso que penalizaria duplamente o Tricampeão. Do contra-ataque resultou o golo, que conheceria outras cambiantes de infortúnio entre uma sequência de tabelas. A sorte de quem, em inferioridade numérica, travava já uma luta desigual, estava traçada, ainda antes de Tiuí, precisamente aquele que tomara o lugar do sobrevivente Abel, voltar a marcar.

FICHA DE JOGO

Final da Taça de Portugal
Estádio Nacional, em Lisboa
18 de Maio de 2008

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Assistentes: Valter Ferreira e Luís Salgado
4º Árbitro: Hugo Miguel

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Tonel, Polga e Grimi; João Moutinho «cap», Miguel Veloso, Iazmailov e Romagnoli; Derlei e Yannick
Substituições: Izmailov por Pereirinha (76m), Abel por Tiuí (91m), Derlei por Gladstone (116m)
Não utilizados: Tiago, Ronny, Vukcevic e Farnerud
Treinador: Paulo Bento

F.C. PORTO: Nuno; Fucile, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e João Paulo; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles; Mariano, Lisandro e Quaresma
Substituições: Mariano por Lino (79m), Raul Meireles por Kazmierczak (104m), Paulo Assunção por Tarik (112m)
Não utilizados: Ventura, Stepanov, Bolatti e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-0
Final dos 90 minutos: 0-0
Marcador: Tiuí (111m e 117m)
Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (36m), Abel (54m), Raul Meireles (96m), Derlei (101m) e Lucho (113m); cartão vermelho a João Paulo (71m)» in site F.C. do Porto.
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A final da Taça de Portugal teve uma arbitragem vergonhosa no pós Apito Final e os portistas podem agora confirmar o alcance de tal processo: trata-se de voltar ao antigamente, onde os clubes da capital eram sempre beneficiados à forma calabotiana, no Estádio do Dr. Salazar! Foi um roubo de Igreja o que se passou no Jamor! Senão vejamos, logo no início do jogo entrada violenta sobre Ricardo Quaresma, o senhor do apito, nem amarelo mostrou... mas com João Paulo foi implacável, dois pesos e duas medidas! Três grandes penalidades por marcar sobre Lisandro, duas na mesma jogada e a última que precedeu o primeiro golo do Sporting dava lugar à expulsão de Anderson Polga. Isto por entre muitas diatribes! Se fosse o F.C. do Porto a vencer assim, o que não se diria! Contudo, não quero retirar o mérito do Sporting, sei ver futebol e a vitória da equipa leonina é inteiramente justa, o que está em causa é que quando é o F.C. do Porto a ganhar é sempre com o favor dos árbitros, pelo menos para a imprensa da capital capitalista. Grande jogo de Raul Meireles, de Nuno, de Lisandro, de Mariano, de Lino, numa equipa que ficou aquém das suas possibilidades. Viva o F.C. do Porto!

Imagens dos golos desta partida, obtidos já em tempos de descontos.

2 comentários:

  1. A vida é feita de derrotas e de vitórias, quer de nós, quer dos amigos, quer dos nossos clubes, etc. Mas é na derrota que se aferem as fidelidades e lealdades! Thanks Blue Scorpion!

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