30/04/08

Educação em Portugal - O preço dos chumbos, ou a obsessão orçamental!

«Insucesso escolar sai caro ao Estado

Chumbar de ano não traz benefícios aos alunos. O alerta é feito pela Ministra da Educação, que chama a atenção para os elevados custos que cada retenção significa para o país.
Sem apresentar números globais, Maria de Lurdes Rodrigues afirma que cada aluno custa ao Estado cerca de três mil euros por ano.
No último ano lectivo reprovaram 170 mil alunos, situação que coloca Portugal como um dos países da União Europeia com mais chumbos na escola . O impacto económico ultrapassou os 500 milhões de euros.
"Se o Estado gasta por ano três mil euros com um aluno, quando ele repete vai custar seis mil no ano seguinte", se repete duas vezes custa nove mil”, contabilizou a governante. “Por isso é que o esforço tem de ser na recuperação em cada ano”, sublinha.
Para contrariar esta situação, a ministra quer investir mais nas escolas através da diversidade de recursos e de estratégias diferenciadas para melhorar os resultados. “Depois temos de ter paciência de aguardar, mas também a exigência de aguardar resultados. Acho que é natural, não basta proporcionar meios e mais recurso e não esperar nada de retorno. Os resultados têm de melhorar, se não acontecer no primeiro ano, será no segundo ou no terceiro”.
Declarações feitas aos jornalistas a propósito da Conferência Internacional sobre o ensino da Matemática , que vai decorrer na próxima semana em Lisboa.» in http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?ContentId=245423&AreaId=23&SubAreaId=39&SubSubAreaId=79
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Bastou que a plataforma sindical assinasse o entendimento de rendição com o Ministério da Educação, para que a Senhora Ministra saísse do colete de forças a que estava acometida e começasse a disparar em todas as direcções a sua arrogância e putativa sabedoria no domínio dos assuntos relativos à Educação, mormente no entendimento que tem das consequências futuras das suas acções. E ficamos então a saber que é tudo uma questão de dinheiro: afinal não está em causa o aluno enquanto ser humano, mas o ónus monetário do estado na sua educação. Senhora Ministra, desculpe que lhe diga, na sua actividade enquanto docente quantos alunos terá já chumbado... E mais outra coisa, muitas vezes o chumbo é pedagógico, quer a Senhora queira, quer não! A Senhora até já anda toda ufanosa a dizer que o Modelo de avaliação será para aplicar, tal como estava previsto inicialmente, está eufórica, novamente. Olhe Senhora Ministra, o problema resolve-se bem, passam-se os alunos todos e ficará tudo contente. Os docentes porque deixam de sofrer tanto com os desvarios da Senhora, os alunos porque ficam todos diplomados, os pais então nem se fala, as estatísticas serão as melhores da Europa; a iliteracia, essa aumentará, mas isso para a Senhora, pouco importa, são números, apenas números... Aliás o seu Governo é assim em tudo: na Justiça solta os presos para poupar; na Administração Interna, as esquadras não têm guardas; na Saúde, fecham-se hospitais, para os doentes morrerem mais depressa, o INEM atrasa-se frequentemente; na Economia, sobe o gasolina todos os dias e o Governo a arrecadar imposto, calmamente; na Agricultura, acaba-se com todas as culturas em nome dos interesses Europeus; na Economia, investe-se fortemente, mas só na capital; no trabalho e emprego, nunca a precarização foi tão grande, com o estado a dar um péssimo exemplo; mas lá está o que conta são as cifras, as pessoas, que morram! Eu cá por mim não votarei na Senhora, esteja descansada, é o meu único consolo!

2 comentários:

  1. Boa análise, Helder! É assim mesmo como dizes. E eu também não votarei na senhora... aliás, já nem tinha votado!
    Estou cheia de números até às pontas dos cabelos... e a porra dos números que não melhoram!!!! Ele há governantes estúpidos e incompetentes!!!

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  2. Anabela, se cada professor, junto dos seus familiares e amigos fizer esta aposta de convencer as pessoas a votar à direita ou à esquerda, mas nunca, neste PS, será a nossa grande e maior vitória. Não votar é que não é solução, isso é o que eles querem! Já provamos à saciedade que juntos somos muitos!

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