24/02/08

Amarante Jazente - Igreja Românica de Sta. Maria de Jazente, Amarante!










Belas Imagens do magnífico Mosteiro de Jazente!


A fonte moderna e a mais importante, a antiga que ladeia o Mosteiro.

Monumento a uma figura importante que foi importante para esta terra e para a cultura Portuguesa, o Abade de Jazente!


«Igreja Românica de Jazente


Descrição


Planta longitudinal composta de nave única, capela-mor rectangular e sacristia adossada. Volumes articulados com coberturas diferenciadas a 2 e 3 águas. A fachada principal, terminada em empena truncada por sineira, tem um pórtico de duas arquivoltas de arco levemente apontado (romano-gótico). Apresenta tímpano cruciforme, vasado, assente num dintel interrompido. Na parede lateral S., outro pórtico menor. Ao longo das fachadas apresenta uma apreciável cachorrada (quatro de cada lado ao longo da nave e oito, tambem de cada lado, na cabeceira). A S. ao lado da Igreja, uma torre sineira parietal. O interior apresenta dois altares laterais postos de ângulo e arco triunfal liso de grande espessura. O altar-mor mostra um estimável frontal de azulejos hispano-arábes e uma imagem do séc. XIV, em calcário, com excelente tratamento de roupagens, conhecida por Nossa Senhora da Rosa. A iluminação é feita por estreitas frestas e a cobertura por tectos de madeira. Época: Séc. XIII.» in http://www.turismoreligioso.org/monumentos_det.asp?recursoID=tBNkTyUaG55CiBR2TxWHSCLhpi3h5lJNYKHS5Fe4cLvrXiTsiR


«As terras portuguesas entre Douro e Minho tiveram um papel decisivo em realizar o seu próprio românico que vinha de Compostela por meio de Tui, diocese que teve domínios no Alto Minho e proporcionou esse estilo compostelano para convertê-lo em algo próprio e autóctone e muitas vezes independente dos culturismos artísticos santiagueses. Mas dentro da grande área geográfica Minho-Douro, encontramos pequenas áreas delimitadas por montes e rios como são o Marão e o Tâmega em terras de Amarante. Aqui encontramos linhas novas, de um românico diferenciado das formas originárias, produto do meio e dos construtores locais. Cumpre sublinhar que Amarante não era uma povoação desconexada ou marginalizada para ser receptora do próprio formato compostelano, antes pelo contrário. Por ela passavam as grandes vias romanas que partiam de Lugo e Astorga para o Porto e Coimbra, passando por Braga e Guimarães. Em Amarante podemos localizar duas áreas do românico muito bem definidas em cada uma das margens do Tâmega. A da direita encontrámo-la arqueologicamente mais rica: Travanca, Mancelos, Real, Telões, Freixo de Baixo e Gatão, onde encontramos um românico de linhas universais com certos matizes, produtos do próprio meio. Essa pequena carga de formas rurais da época enriquece o conteúdo conjuntural destas igrejas. Na margem esquerda do Tâmega encontramos um românico com certa pobreza e rasgos simplistas como é o caso de Lufrei, estruturado num formato que nos diz estar reduzido a pobres recursos, tanto económicos como materiais. Inclusive nos confunde com planificações espaciais pré-românicos ou de cenóbios de influência mozárabe, como no caso de Gondar. São da Idade Média as construções mais significativas edificadas em zonas rurais: as igrejas românicas de Gondar, Lufrei, Freixo de Baixo, do Mosteiro de Travanca, de Jazente, de Gatão..., constituindo o que de melhor aquele estilo arquitectónico legou à Península Ibérica. Se algum estilo arquitectónico domina na região de Amarante, esse é certamente o Românico. Na verdade, existe uma rede importante de monumentos românicos espalhados pela região, atestando a importância desta e a passagem por ela dos célebres caminhos de Santiago. Era em lugares desertos ou em encruzilhadas na periferia de zonas habitadas que se erguiam, servindo de lugares de reunião, acolhimento e deseja. Alguns tiveram uma vida efémera, não resistindo à passagem dos anos. Outros porém resistiram, fixando comunidades regulares de ordens monásticas.O Românico é um estilo muito "marcado", que reflecte o meio onde se edifica e a arte dos operários que lhe dão corpo. Em região granítica como esta, abunda a matéria-prima para este estilo robusto e sóbrio. Pela qualidade e quantidade de monumentos, vale a pena fazer o itinerário do Românico e admirar pórticos, arcos, tímpanos e capitéis com a sua ornamentação «pedagógica»: como o homem medieval não sabia geralmente ler, «lia» naquelas ornamentações passos edificantes, cenas bíblicas, etc, «explicadas» através de uma simbologia baseada no mundo rural envolvente. Podem distinguir-se, na região de Amarante dois núcleos de Românico bem diferenciados, um em cada margem do rio. Na margem direita, temos construções mais exuberantes, de que são bons exemplos o mosteiro de Travanca, a igreja de Mancelos, a igreja de Real, a igreja de Telões, o mosteiro de Freixo de Baixo e a igreja de Gatão. Na margem esquerda, com menos recursos económicos e de matéria-prima, os monumentos são mais modestos merecendo ainda assim visita a igreja de Jazente, a igreja de Lufrei e o mosteiro de Gondar. Note-se que os vestígios da Idade Média não se esgotam nas igrejas e mosteiros. Existem bons exemplares de arquitectura civil, sepulturas e imaginária. Note-se finalmente que os concelhos vizinhos de Amarante, ribeirinhos do Tâmega e do Sousa, são também muito ricos em Românico, constituindo na sua globalidade um conjunto de enorme importância para o estudo desse estilo em Portugal.
Se algum estilo arquitetónico domina na região de Amarante, esse é certamente o Românico. Na verdade, existe uma rede importante de monumentos românicos espalhados pela região, atestando a importância desta e a passagem por ela dos célebres caminhos de Santiago. Era em lugares desertos ou em encruzilhadas na periferia de zonas habitadas que se erguiam, servindo de lugares de reunião, acolhimento e deseja. Alguns tiveram uma vida efémera, não resistindo à passagem dos anos. Outros porém resistiram, fixando comunidades regulares de ordens monásticas.» in http://www.amarante.pt/turismo/index.php?op=cont&pid=76&cid=84&niv=n2&lang=pt
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A Igreja Românica de Jazente assim como a Freguesia são lindíssimos, pelo que merecem uma visita da parte de quem gosta do Portugal profundo, das nossas raízes. Esta freguesia encaixada entre a Serra da Aboboreira e o Rio Ovelha, tem nestes dois elementos naturais, mais dois excelentes factores de potenciação turística. Aqui vai mais um poema do famoso Abade de Jazente:


"Brutos penhascos, rústicas montanhas,


Brutos penhascos, rústicas montanhas,
Medonhos bosques, hórrida maleza,
Que me vedes, coberto de tristeza,
Saudoso habitador destas campanhas.


Para me suavizar mágoas tamanhas,
Alteremos um pouco a Natureza;
Civilize meu mal vossa dureza,
Barbarizai-me vós estas entranhas.


Meu pranto vos comova algum afecto
De branda compaixão; pois da impiedade
Encontra sempre em vós um duro objecto.


Pode ser, que com esta variedade,
Seja mais agradável vosso aspecto,
Sinta eu menos cruel minha saudade."


Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/Brutos_penhascos%2C_r%C3%BAsticas_montanhas"


Mais informações sobre a Freguesia de Jazente, no site oficial:
http://www.amarante.pt/freguesias/jazente/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=20

2 comentários:

  1. Linda, esta igreja de Jazente. Tão singela e tão bonita que a fotografei para a minha apresentação em power point sobre o Românico. Gostei de a rever.

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  2. è uma Igreja muito bonita e valiosa em termos históricos, mas necessita de obras urgentes!

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